12. editado

864 43 8
                                    


JASON POV

Sentia-me irritado, frustrado, triste. Não estava a fazer o que prometi, o que raio ando a fazer? Eu vou conseguir esta merda! A raiva estava a consumir-me e não conseguia controlar mais. Comecei por pontapear o grande vaso de pedra que estava mesmo em frente descontando toda a raiva que estava a sentir. " Vida de merda." pensei. Dei um, dois, três socos no vaso mas a raiva não passava, já sentia as mãos dementes e a sangrar , o que me fez parar e ver as feridas que estava a fazer a mim próprio. Eu tinha de para ou ainda teria de ir ao Hospital levar pontos. Olhei para a confusão que tinha feito, alguém iria vir limpar se não eu viria outro dia e tratava disto. Peguei no meu caderno e caneta e desci as escadas. Os corredores ainda estavam vazios apenas se encontravam algumas pessoas em grupo a conversar. Quando sai da faculdade dirigi-me ao carro abrindo a porta jogando o caderno e caneta para cima do banco do condutor entrando logo. Dei um murro no volante ainda sentindo um pouco de raiva a circular pelo meu corpo.

"Eu não vou desistir! Não agora." Murmurei dando mais um soco no volante pousando a cabeça no mesmo. Mantive-me mais uns minutos dentro do carro, mas decidi sair dali mal fez-se ouvir a campainha de saída da faculdade. Dirigi com uma certa velocidade, mas não me importei, precisava de um pouco de adrenalina. Em poucos minutos já estava em frente a fraternidade. Sai do carro batendo com a porta e entrando na minha casa enquanto estou na faculdade. Subi para o meu quarto sem dirigir uma palavra que fosse ao que tivessem na sala. Quando cheguei ao cimo das escadas ouvi a voz do Max, mas ignorei-o. O que mais queria agora era ter de ouvir o questionário do Max. pensei. Entrei no quarto fechando a porta para que ninguém me viesse incomodar. Mas obviamente que isso não aconteceu pois segundos depois ouvi a porta do quarto abrir-se .

"Que queres Max?" perguntei-lhe sentando-me na ponta da cama tirando as minhas botas pretas e jogando-as para um canto no quarto.

"Porquê que tens as mãos feridas?" perguntou olhando para as minhas mãos.

"Isto não é nada Max. Esquece isso." Despachei-o, não me querendo alongar mais com o assunto. Embora soubesse que ele não iria descansar até me arrancar a verdade.

"Passou-se alguma coisa Jason?" olhei-o e podia perceber com clareza que ele não ia esquecer isto até eu lhe dizer.

"Não se passou nada caralho! Estava irritado e decidi descontar a raiva num vaso! Foi só isso! Agora sai do meu quarto." gritei apontando para a porta para que ele percebesse

que era para sair. Mas novamente não o fez, como esperava. Ficou a analisar-me de cima a baixo e isso estava-me a enervar.

"caralho para de olhar meu!" resmunguei levantando-me pretendendo ir para a casa de banho que ficava no meu quarto.

"Caralho jason, mas porque merda tu andaste a descontar a raiva num vaso meu?" perguntou visivelmente impaciente. o que me fez parar e revirar os olhos.

"Nada! Apeteceu-me." tentei não dar muita importância para que ele esquecesse o assunto

Levantou a sobrancelha desconfiado. "Porque raio estavas com tanta raiva? Não estavas em aula?"

"Por nada meu! Esquece isso. Ok?" passei a mão no cabelo perdendo a cabeça. "Jason?"
"Que foi caralho?" disse irritado o que o fez revirar os olhos.
"Desististe daquela porcaria?" desta fez ele olhava-me sério.

"Já te disse para não te meteres nesse assunto. Nunca te devia ter contado nada." bufei

"Meu, tu vais te arrepender. Sabes que ela não tem nada a haver. Eu não vou deixar tu fazeres isso contigo. Tu só te vais meter com quem não deves." O Max andava agora de um lado para o outro a minha frente e isso estava a meter-me mais raiva do que já tinha e estou aponto de o espancar só para ele se calar e ficar quieto.

"Meu vais fazer um buraco no meu chão!" resmunguei

"ahn?" olhou-me confuso.

"bem, parece que resultou!" disse vendo-o parado a olhar para mim.

"Agora sai e deixa-me sozinho." Expulsei-o do quarto

"Pareces uma gaja agora a falar." Gozou-me

"Vai a merda Max!" mandei-lhe uma bota. Viu correr para a porta rindo-se e fechando a porta em seguida.

Levantei-me da cama até a prateleira de toalhas pegando em uma de rosto e entrei na casa de banho. Molhei o pano na água passando depois no meu dedos sangrentos.
Como aquela merda ardia... Quando limpei todo o sangue voltei para o quarto jogando-me para cima da cama. Agora sem raiva estava a sentir-me cansado, fechei os olhos deixando-me dormir mesmo por cima da roupa.

THE PAST  that brought us togetherWhere stories live. Discover now