Jason pov

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POV Jason

A Indiana permanecia quieta nos meus braços, olhava o horizonte com uma intensidade indecifrável. Olhei também para o horizonte sorrindo de leve. Senti os seus olhos verdes postos em mim. Olhei-a e esta sorria intensamente, dei-lhe um leve beijo na testa.

"Obrigada, por me teres trazido cá!" agradeceu-me. Puxei-a ainda mais para perto de mim. Talvez a estivesse a esmagar, mas gostava de a ter encostada a mim e sentir a sua pele na minha.

"Vou tentar lembrar-me de fazer isto mais vezes..." respondi-lhe enquanto me passava pela cabeça os seus lábios colados aos meus. Acariciei-lhe o braço e sentia arrepiar fazendo-me dar um sorriso sem ela se aperceber. Perguntei-lhe se tinha frio e ela ficou atrapalhada, mas acabou por me dizer que estava com frio. Então fui ao carro buscar uma manta que lá tinha posto caso estivesse frio. Sentei-me e aconcheguei-a e esta tapou-se até ao pescoço. Puxei-a para mim e acariciei os seus braços para que eles aquecessem mais depressa. A sua voz suou baixa enquanto me agradecia e respondi-lhe também do mesmo modo acabando por lhe dar um leve beijo no topo da cabeça permitindo-me cheirar o perfume que saia dos seus longos cabelos morenos. Tirei o meu telemóvel do bolso vendo as horas. Eram onze da noite. Olhei para a Indiana e esta tinha adormecido. A sua cara estava tão serena, parecia uma bela adormecida, respirava calmamente. Dei- lhe um beijo na bochecha na tentativa de a acordar, teríamos de partir, a viagem ainda era longa e ela iria chegar tarde. Dei-lhe mais um beijo na bochecha e ela mantinha os seus olhos fechados. Dei-lhe outro beijo, mas este na ponta do nariz e ai sentia a acordar. Os seus olhos abriram-se e pareciam duas estrelas brilhantes. Sorri-lhe e pedi que ela se levantasse para irmos embora avisando-a que teríamos uma longa viagem. Levantamo- nos em silencio. Guardei as coisas todas no saco e dirigimo-nos ao carro. Quando ambos estávamos no carro liguei-o.

"Podes dormir enquanto voltamos. Ainda vai levar algum tempo a chegarmos." Disse-lhe vendo-a abrir a boca. Ela assentiu pondo o sinto e deitando a cabeça no vidro. Um ato que a via fazer muito. O caminho de volta a casa foi em silêncio. Estacionei em frente da entrada do apartamento da Indiana. Olhei e ela continuava a dormir. Sussurrei o seu nome para não a assustar. Ela foi abrindo os olhos aos poucos e avisei que tínhamos chegado. Ela assentiu dando-me as boas noites.

"Boa noite, India, até amanhã." Disse-lhe vendo-a sair do carro fechando-a em seguida. Acenando-me enquanto partia. Os meus pensamentos desta noite foram interrompidos

com o som do meu telemóvel a tocar e bufei. Peguei no telemóvel e reparei que era Max a ligar. Atendi em seguida.

"Sim?" Disse com uma voz de desinteresse

"Onde andas Meu? Fui ao teu quarto pois não te tinha visto desde manhã e tu não estavas no quarto!" Disse autoritário. Odeio quando ele se arma em paizinho comigo.

"Max, tu não tens nada a ver com a minha vida. Já pareces meu pai!" Resmunguei olhando a estrada para ver se ia passar alguém na passadeira e logo arranquei.

"Estas a conduzir?" Perguntou-me

"Caralho Max! Sim estou, porquê? Também vais reclamar de atender uma chamada enquanto conduzo." Revirei os olhos.

"Ok meu! Falamos quando chegares então!" Disse-me desligando a chamada.

Joguei o telemóvel para cima do banco onde a Indiana estava a minutos atrás. Já previa um questionário mal chegasse a Fraternidade, e quando contasse o motivo de não ter chegado mais cedo iria ouvir. Bufei frustrado.

....

Estacionei o carro em frente a fraternidade. Tirei a chave e sai trancando-o. Segui o caminho de pedra que dava até a entrada. Quando entrei as luzes ainda estavam acesas como de costume e ainda existia pessoas na sala de estar jogando cartas e bebendo vodka. Comprimento algumas pessoas que costumava conviver e subi as escadas para o segundo andar, que era o dos quartos. Quando ia abrir a porta ouvi a voz de Max a chamar-me e virei-me na direção da sua voz.

"Hey meu!" Disse cumprimentando-o

"hey." Respondeu-me enquanto abria a porta do quarto entrando e sendo seguido por max.

"Onde estiveste?" Perguntou-me jogando-se no pufe que tinha no quarto.

"Fui a Hollywood" disse simples descalçando as botas.

"Que foste fazer a Hollywood?" Perguntou incrédulo.

"Coisas Max, coisas! Agora deixa-me dormir!" Disse rude já desejoso de me jogar para a cama.

Ouvi-o a resmungar alguma coisa, mas não liguei, tirei o resto da roupa ficando de boxers e joguei-me na cama, segundos depois ouvi a porta do quarto a se fechar o que significava

que agora estava sozinho. Peguei no telemóvel e mandei outra vez uma boa noite a Indiana. Agora sim poderia ir dormir.

THE PAST  that brought us togetherWhere stories live. Discover now