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Eu quase não estava mais conseguindo andar de tão assustada que eu estava

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Eu quase não estava mais conseguindo andar de tão assustada que eu estava. Andava eu na frente com um dos caras e os outros dois atrás. Estávamos saindo do túnel, eu não sabia para onde estavam me levando, só rezava para cair um meteoro na Terra e matar todo mundo incluindo eu nesse momento.

Imediatamente após sairmos do túnel, um cara de macacão vermelho e azul aparece do nada dando um golpe nos dois caras que estavam atrás de mim. O cara estava de máscara, mas já tinha visto ele na tv, era um dos heróis da cidade, Homem Aranha estava aqui para me salvar.

O cara do meu lado pega a arma e mira no garoto. Não podia deixar ele atirar no único herói de Queens, sei lá se ele iria morrer com um tiro, só sei que não quero ficar como uma princesa indefesa na torre e descobrir se ele morre ou não com um tiro. Enquanto ele mira no Aranha, seguro ele pelos ombros e dou uma joelhada no saco. O cara cai pela trás deixando a arma cair junto. Piso forte em cima da arma, a quebrando inteira.

Fico em choque olhando para o cara, estava muito feliz por dentro, sempre quis ajudar alguém, to feliz por ter me defendido no final de tudo. Sinto uma mão no meu ombro e me encolho com medo.

— Ei, fica calma, eles te machucaram? - a voz tava meio abafada, olho para trás e era do garoto aranha.

— Não, só porque você chegou a tempo, se não... - olho o meu pulso que estava vermelho, o garoto segura minha mão para ver também - Não foi nada...- solto um suspiro cansada.

— Estava indo para onde, essa hora da noite? - ele larga a minha mão e me olha.

— Eu estava saindo "escondida", minha mãe é médica e trabalha a noite, quase não fica em casa, achei que não ia acontecer nada comigo, então marquei com minha amiga de irmos numa lanchonete - digo e abaixo a cabeça, ele bota a mão em meu ombro e eu crente que iria brigar comigo.

— Sou adolescente também, saio escondido toda hora, sei o que é isso, quer ajuda para voltar para casa?

— Não, obrigada, obrigada de verdade, se Deus quiser, não acontece mais nada, e se acontecer, acho que você irá me encontrar de novo - sorrio para você e boto uma mecha de cabelo atrás da orelha - Boa noite, Senhor Aranha - solto uma risada.

— Boa noite, senhorita - fico o olhando sair.

O garoto vai "pulando" de teia em teia indo para casa. E eu, volto andando, quase correndo de tanto medo que eu estava. Não conseguia parar de pensar em quem devia ser o garoto aranha. Um adolescente. Será que era bonitinho? Acho que não, muita sorte minha se for. Será que é alguém que eu conheço? Ai que nervoso. Quero muito saber quem é.

Chego em casa, ligo para Liz e explico tudo que tinha acontecido, não com todos os detalhes, mas mesmo assim falo para ela não contar para ninguém. Depois, esquento minha comidinha no microondas e como ela reprisando tudo que acabará de acontecer. Fico feliz em ter conseguido dar um golpe num dos caras pelo menos.

Lavo toda a louça, boto meu pijama e fico vendo tv no momento que não consigo pegar no sono. Estava vendo um desenho que acompanhei muito na infância ICarly, eu poderia também ter um amigo agora feio que nem o Fred e no futuro eu poderia dar uns pegas nele. Rio de meu próprio pensamento. Volto a ver tv e caio rapidamente no sono.

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— Abrindo o livro na pagina 93! - professor diz, ele achava que eu estava dormindo, então não dei sinal nenhum de vida - Stephanie acorde! - ele grita para eu acordar e levanto da mesa com uma cara de sono

Todos riem de mim, mas nem ligo. Abro meu livro lentamente. Vou folheando o até achar a querida pagina 93, a acho e a encaro, na página tinha dever, dever, dever e mais dever. Suspiro ainda encarando a página, mas minha atenção é tirada pela inspetora Tânia que entra na sala pedindo a todos para botarem as agendas em cima da mesa. À obedeço igual ao resto da turma. Vou vendo a reação do pessoal conforme ela foi colando os bilhetes, estavam todos empolgados com as notícias.

Quando ela passa por mim e cola o bilhete, o leio, e fala sobre as informações sobre os eventos que iam acontecer esse mês.

A escola estava completando 50 anos, muito tempo, uma das escolas mais velhas de Nova York. Irá ter uma festa, com direito a tudo, bebida, comida, pista de dança. A única coisa chata é que vai ser aberta para o pessoal de fora, mas vai ter um show de talentos para os alunos, com certeza eu irei participar, não sozinha mas eu vou.

Durante a aula, converso com a Liz, ela aceita se apresentar comigo, eu vou criar a coreografia e ela vai ajudar a escolher a musica. Vamos dançar Holding Out For A Hero, da Bonnie Tyler, mas vamos fazer a versão de um seriado antigo, Glee.

Passo a aula inteira, viajando em como seria a nossa apresentação. Logo, bate o sinal e fico conversando com a Liz sobre os ensaios, a roupa, essas coisas. Já nos escrevemos também. Vou de trem para a casa. Chego toda animada para dar a notícia a minha mãe, mas quando entro ela esta com um monte de boletos de contas para pagar. Computador aberto em sua frente no site do banco. Olhava preocupada.

— Mãe? Aconteceu alguma coisa? - pergunto a olhando, então olha para mim com o lápis atrás da orelha

— O hospital está demorando para pagar o salário, vão me passar para outro, mais longe daqui... - ela diz e abaixa a cabeça

— Teremos que mudar de cidade novamente? - a olho com um olhar triste

— Não, vamos continuar aqui, só terá que se virar mais tempo sozinha, tem problema? - ela diz

— Tem problema nenhum - forço um sorrisinho e ela sorri para mim

Vou para o meu quarto e me sento na escada externa do meu apartamento, fico pensando com o vento gelado das ruas de Queens batendo em meu rosto. Estava animada para começar a ensaiar, com tudo que está acontecendo minha mãe não vai conseguir ir me ver dançando daqui a uns dias, mas eu peço para alguém gravar e eu amostro, sei que não é a mesma coisa de assistir ao vivo, mas.... fazer o que?

Ela vai trabalhar e fico sozinha em casa, nem almoço pois estava com preguiça e sem fome. Penso no que poderia fazer para ajudar minha mãe.

Abro a conta dela e consigo hackear o banco para pegar dinheiro "emprestado" do banco. Mas logo penso duas vezes. Tenho que usar minhas habilidades para o bem, roubar é errado, dinheiro que vem rápido, sai rápido também. Desligo o computador rápido com medo de meus pensamentos. 

O silêncio é quebrado pela campainha.

Vou correndo atender, com medo pego um guarda-chuva. Mas abro a porta e vejo que é só meu vizinho Peter. Suspiro ao ver ele e não a polícia.

— Oi, Peter que susto você me deu - tiro o guarda-chuva de trás de mim, ele me olha estranho

— Aconteceu algo? - diz ele me olhando ainda

— Não, não aconteceu nada, tá precisando de ajuda?- boto uma mecha de cabelo atrás da orelha

— Ahn... é que... sua mãe, falou para minha tia que você estava sozinha, para tomar conta... essas coisas, então, estamos te convidando para lanchar, quer? Temos bolo - sorrio na hora que ele fala bolo

— Claro, só vou pegar um chinelo e guardar o guarda-chuva - encosto a porta enquanto faço essas coisas que faltam

Saio e vou direto para a casa dele. Foi legal Tia May fez um interrogatório gigantesco sobre minha família, também falou muitas coisas sobre a família deles e também falamos sobre a escola. Falei sobre o show de talentos que irei participar com Liz, Parker até gostou da ideia. O tempo passa direto que até chega a hora de eu voltar para a casa. Estudo um pouco e vou dormir.

A Stark Trouble (Tony Stark's Niece) Where stories live. Discover now