2ª temporada, cap. 24

699 65 11
                                    

Saio do banheiro com o roupão do Fashion Show da Victoria's Secret desse ano, com uma toalha na cabeça.

—Como... você veio parar aqui?... Sem querer ser grossa, mas se quiser, não precisa me contar- digo abrindo minhas gavetas para pegar uma roupa.

—Sabe aquela prisão do governo, onde você resgatou a Zoe, Cole e Rina? Então...- ela diz, logo eu paraliso escolhendo minha calcinha.

—Ah não!- olho para ela assustada, me sentindo meio culpada.

—É, eu estava no subsolo, mas não é culpa de vocês. Estavam com pouco tempo, não daria para me resgatar mesmo, a minha jaula era a mais protegida- ela diz —Só que a HYDRA me pegou, aí fizeram mais experimentos comigo, até uns dias atrás me mandaram para uma missão. Eu incendiei um prédio, muitos mortos, seu tio me levou para a SHIELD. Iam me estudar, só que não tenho muito controle sobre meus poderes. Só uma pessoa conseguiria me ajudar...- eu a interrompo, bem que o rosto dela era familiar.

—Zoe, ela era sua irmã, desaparecida...

—Sim, desapareceu no dia em que eu apareci- a menor diz, então abaixa a cabeça.

—Olha, com certeza, ela não sumiu por causa de você, pode ficar tranquila...- digo, pego a roupa e vou para o banheiro me trocar.

Alguém bate na minha porta, abre de fininho.

—O almoço está na mesa crianças!- Tony diz.

—Estamos indo- falo do banheiro.

____________________

Entro no prédio da SHIELD, com meu tio e Emma. Funcionários andando de um lado para o outro, adultos com crachás, crianças andando em grupo por treinamento. E agente Hill para em minha frente.

—Stephanie, bem vinda de volta...- ela diz toda amigável, até abro um sorriso —... quero que me encontre em minha sala em cinco minutos- desmancho meu sorriso  e concordo balançando a cabeça.

Quando ela sai, me viro para Tony e Emma.

—É garota, de volta ao trabalho- Tony bate no meu ombro.

—Isso mesmo- suspiro.

—Eu vou estar com a Emma resolvendo umas coisas no quinto andar para baixo, quando acabar sua reunião com a Hill, passa lá, tem uma pessoa que está morrendo de saudades- Tony diz e Natasha vem em minha cabeça.

—Acho que sei quem é. Se eu não for mandada embora eu passo lá!- digo saindo de perto deles e vou para a máquina de café.

Depois de tomar um copinho para acordar, subo pelo elevador indo para a sala da Hill, no alto do prédio.

Bato na porta antes de entrar.

—Licença...- digo entrando.

—Sente-se.

Eu estava preparada para receber uns parabéns, mas ela me faz uma pergunta:

—Sabe qual é o significado da sigla SHIELD?

—Pera, deixa eu lembrar- demoro um pouco, mas respondo —Superintendência Humana de Intervenção, Espionagem, Logística e...

—Dissuasão- ela acrescenta —O que você acha sobre a ESEHA? O que significa?

—Empresa Secreta de Espionagem e Heróis para Adolescentes, eles são bem inteligentes, legais e dariam ótimos agentes- digo e logo me toco que não era para a Hill saber deles
—Espera um pouco...- arqueio uma sobrancelha  para ela tentando entender como ela sabia da existência deles.

—É, como uma empresa de espionagem descobrimos eles- ela diz, era o óbvio —Por que não disse sobre eles antes?

—Como eles são uma empresa secreta, achei que não era para ser divulgada, mil desculpas- digo abaixando a cabeça por me sentir meio culpada.

—A SHIELD costuma fazer uns testes de personalidade com cada agente separadamente, e mesmo você não contando deles para a gente, você foi leal à eles, mas conta uns pontos também- ela suspira, e começa a procurar uns papéis numas gavetas —Nossa reunião já acabou, seja bem vinda de volta e pode entregar esses papéis ao Cole, ele está no décimo andar se não me engano- ela me dá uns papéis.

—Boa tarde, Hill!- pego os papéis e vou ao elevador.

Entro e clico no décimo andar. O título da papelada me chama atenção, então, abro. Estava escrito que Cole tinha deixado de ser psicopata. Fico feliz com essa notícia, porque é meio que uma conquista dele e... me considero responsável por uma parte, só por tentar estar sempre do lado dele.

Logo, o elevador chega no andar. A porta abre e o Cole já estava parado na frente, ele vê os papéis na minha frente e me encara.

—Sabe o que está escrito aí, né?- ele entra no elevador, ao invés de eu sair, mais pessoas entram. Eu fico no canto com ele.

—O seu exame de psicopatismo- digo olhando para seu rosto.

—Essa palavra existe?- ele diz me fazendo rir.

—Não sei, só sei que a Hill descobriu o ESEHA e estou me sentindo meio culpada por isso...- digo abaixando a cabeça e entregando os papeis para ele.

—Não é culpa sua- ele olha o papel e logo sorri olhando o resultado —Ah... eu gostava de ser um pouco psicopata, me tornava diferente- ele diz e olho com ele.

—Você vai continuar sendo pirado da cabeça, isso é legal também- sorrio, ele me olha.

—Não podemos se beijar agora, né?- ele continua me olhando e eu solto uma risada.

—Não, não podemos, estamos no trabalho e tem um monte de gente a nossa volta. Deixa para depois- digo e logo para no andar que eu queria sair, o menos cinco —Tchau...

Saio do elevador e começo a andar pelo local procurando uma sala que meu tio, Emma e Natasha estariam.

Quando entro, Emma estava em uma ponta da sala, o resto dos adultos estavam no outro. A garota estava totalmente em formato de fogo, o que era estranho por eu nunca tinha visto algo do tipo.

Ela estava desesperada, não sabia o que fazer e provavelmente estava com medo, de machucar alguém ou si própria.

Quando Emma me olha, seus olhos enchem de lágrimas.

—Stephanie, sai da sala, eu posso te machucar!- ela diz se afastando.

—Não, Emma...- eu não sabia como ajudar
—Respire fundo- ando na direção da mesma.

—Se afasta- ela estica as mãos e sai uma bola de fogo em minha direção, mas eu desvio.

—Feche seus olhos...- digo, e a mesma me obedece —Respire, imagine um lugar calmo, com pessoas que você sente falta, tipo... a sua irmã!

Quando digo isso, Emma sorri e volta devagar ao seu estado normal.

—Agora, abre seus olhos- essa não era uma das melhores coisas a se apostar, mas a garota já tinha voltado ao normal.

Ela abre, seu sorriso desaparece, transformando em lágrimas. A envolvo em um abraço e acaricio seus cabelos.

—Respire fundo, mantenha a calma- digo, ela aperta mais o abraço e chora em meus ombros.

Havia muitas pessoas envolta da gente, apagando o fogo ou apenas observando.

A Stark Trouble (Tony Stark's Niece) Onde as histórias ganham vida. Descobre agora