prologue

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- Pois frequentemente quando algo precioso se perde, ao voltarmos a encontrá-lo, pode não ser mais o mesmo

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- Pois frequentemente quando algo precioso se perde, ao voltarmos a encontrá-lo, pode não ser mais o mesmo. - Cassandra Clare

[...]

Quando ele tocou meu rosto, me encolhi involuntariamente, eu senti falta daquilo durante um ano inteiro. O primeiro ano depois de toda a nossa confusão, mas agora não era nada pra mim. Nada, além de uma lembrança vazia, nada além da mão de um estranho tocando quase que carinhosamente o meu rosto.

- Perdão, Emma. - Ele sussurou depois de me fitar por tempo demais.

- Você me destruiu, a pessoa que eu mais confiei na vida acabou comigo. E agora você volta, achando que eu vou te perdoar só porque já faz muito tempo, ou porque é passado? - retirei sua mão do meu rosto e o encarei séria, deixando transparecer toda a minha mágoa.

- Eu sei que não é fácil para você, sei de tudo que eu fiz e sei o quanto isso te machucou, doeu em mim também! Mas, eu voltei porque te amo, porque preciso de você, Emma. - ele colocou a mão sobre o meu rosto novamente e me fitou com intensidade enquanto pronunciava as últimas palavras.

- Te amar foi luz do sol, foram os meus dias de paz, o meu pequeno paraíso na terra. Descobrir sua traição foi um baque tão forte, Noah...
Te ver ir foi como perder uma parte de mim, e ter você aqui de novo é confuso e vai acabar me enlouquecendo. Não posso abrir mão da minha sanidade mental por você outra vez. - sussurrei enquanto ele assistia com o cenho franzido minhas lágrimas escorrerem pelo meu rosto livremente, ele não sabia lidar muito bem com pessoas chorando.

Ele não reagiu inicialmente, apenas me encarava sem saber muito bem o que fazer. Depois de alguns minutos, ele acariciou minha bochecha e me trouxe para perto, foi um abraço longo e carinhoso, do tipo que eu sou recebia de Katrina, mas eu não me importei.

Eu não iria cair nessa novamente, eu conheço Noah como a palma da minha mão.

Deixei que ele me abraçasse por quanto tempo quisesse, e quando ele finalmente me libertou, eu o encarei por longos minutos em silêncio, abri a a boca e fechei inúmeras vezes antes de finalmente conseguir dizer algo.

- Adeus, Noah.

Ele hesitou, pensando no que faria a seguir, percebendo que não adiantaria ficar ali. Com a cabeça baixa, se afastou aos poucos.

Eu o assisti ir embora, com o coração doendo, como se fosse a primeira vez.

Mas não era, ele já havia ido embora uma vez, e eu superei.

Não vai ser diferente desta vez, não pode ser diferente.

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