eight

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Então, por que o amor foi embora?Eu simplesmente não consigo entenderPensei que fosse eu e você, babyEu e você até o fimMas acho que eu estava errado

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Então, por que o amor foi embora?
Eu simplesmente não consigo entender
Pensei que fosse eu e você, baby
Eu e você até o fim
Mas acho que eu estava errado

Eu me lembro de tudo que você afirmou
Você disse que estava seguindo em frente agora
Talvez eu devesse fazer o mesmo
O engraçado nisso é que
Eu estava pronto para te dar meu nome
Pensei que fosse eu e você, baby
E agora, é tudo uma vergonha

Eu definitivamente não tenho sorte na vida.

Eu odeio ser tão negativa assim as vezes, mas isso é muito real. Temos sete dias na semana, 24 horas em um dia, 60 minutos em uma hora e 60 segundos em um minuto, mas mesmo assim meu corpo resolveu ficar doente logo hoje.

Poderia ser a noite, quando eu já estivesse chegando em casa, mas não.

Aconteceu exatamente 35 minutos antes de eu sair pra trabalhar, eu definitivamente tenho que pedir perdão ao destino por algo muito grave que eu fiz, pra ver se assim ele para de me castigar.

Eu estou numa banheira cheia de água gelada faz exatos quinze minutos, mandei uma mensagem para Becky pedindo que ela avisasse que eu não poderia ir para a revista hoje, mas que eu com certeza iria fazer essa entrevista.

É algo que eu realmente não perco por nada.

[...]

Chequei minha aparência pela última vez no retrovisor do carro e desci, ainda estava com febre e algumas (muitas) dores, incluindo uma dor de cabeça que estava quase me convencendo a jogar meu cérebro na calçada.

Conversei com a recepcionista e ela me pediu para subir, avisando que Noah já me aguardava em sua sala.

O prédio era organizado, não muito luxuoso, mas também não era simples. Cores como marrom e tons pastéis coloriam as paredes, me vendo agora no espelho do elevador poderia dizer que minha cara não enganava muito meu triste estado doente.

Quando as portas do elevador abriram, busquei seu nome em alguma das portas daquele andar e bati. Desde o acontecido na minha casa nós não nos víamos, e talvez eu estivesse realmente ansiosa para poder encará-lo mais uma vez.

Quando ele finalmente abriu a porta, desejei internamente ter vindo mais apresentável.

Porque Noah Blake definitivamente rompia os limites da beleza.

Parados na porta agora, cada um de um lado, olho no olho, eu sentia a habitual tensão entre nós que havia se tornado costumeira. De repente, a febre aumentou drasticamente e eu só queria deitar em uma banheira repleta de gelo para amenizar, além do calor febril, o aperto no peito que me atingiu assim que nossos olhares se cruzaram.

–– Tudo bem, Em? – questionou e eu despertei do transe, ajeitando minha postura e assentindo.

Ele me deu espaço para entrar e eu passei, analisando o local com atenção. Indicou uma cadeira e eu sentei, tirando o celular da bolsa e um bloco de anotações.

–– Podemos começar? – questionei atraindo sua atenção, ele demorou alguns segundos com os olhos em mim e finalmente respondeu.

–– Quando você quiser.

Depois de algumas perguntas, pedi um pouco de água e respirei fundo. Ele havia saído, então eu estava sozinha na sala agora, na sala dele.

Dei uma volta com o olhar pela extensão, tinha uma estante com diversos livros que julguei serem de Direito, passei os dedos pelos vários títulos ali e fui até sua mesa. Tinham fotos da sua família, no Natal, na festa de Ano Novo e na última, era uma festa da escola.

Era uma foto nossa, nossa.

Estávamos todos os alunos da turma daquele ano, então, num canto da foto, lá estávamos nós. Imaginei se ele havia colocado a foto ali propositalmente, apenas para que eu visse e achasse que ele se importava, ou lembrava.

Suspirei e me recostei em sua cadeira, fechando os olhos, a cabeça ainda latejando e as memórias passando sem permissão pelos meus olhos.

Senti sua mão fria pressionar minha pele e abri os olhos, ele estava perigosamente perto e eu conseguia sentir sua respiração sobre o meu rosto, o cenho franzido indicando que ele havia percebido que a minha temperatura não estava normal.

–– Não acredito que veio trabalhar doente, Emma. – murmurou e levantou-se, saindo da sala e voltando minutos depois. –– Vamos.

–– Vamos? Pra onde? – questionei me levantando e dando a volta na mesa, começando a guardar minhas coisas enquanto ele assistia pacientemente.

–– Para casa, você está doente. – revirei os olhos impaciente, ignorando o que ele disse e indo até a porta.

–– Obrigada pela entrevista. – sai em direção ao elevador, quase esbarrando em uma funcionária no caminho pela pressa.

Então, quando as portas do elevador estavam prestes a se fechar, ele entrou. Praguejei baixo, sentido a irritante agitação se formando no meu estômago.

–– Eu falei sério, honey bun. fechei os olhos, rindo amargamente. Ele jogava tão sujo comigo, por que eu ainda me surpreendia?

–– Pare de usar esse apelido ridículo comigo, e eu já disse, não preciso da sua ajuda. – disse, antes de sair do elevador. Ouvi seu suspiro, e senti sua presença aos poucos se formando ao meu lado.

Ele é tão insistente.

–– Ok, levando em consideração que eu sei exatamente onde você mora e posso ir até você mesmo sem permissão, acho que seria mais agradável se você apenas facilitasse pra mim e me deixasse ir, não? – questionou, encostado no meu carro, me impedindo de entrar.

–– Noah, saia.

–– Ok, eu prometo dar mais detalhes a você sobre o caso do Kent se me deixar ir. – testou e eu sorri pela sua cara de pau.

–– Tudo que eu queria saber, eu já perguntei. Tenho tudo que preciso aqui, obrigada. – disse, dando a ele mais uma chance para que saísse do meu caminho.

–– Bom, aposto que não levou em consideração a amante do Evans... Mas eu respeito sua decisão, até mais, honey bun. – infeliz manipulador, por que ele tem que ser assim?

–– Tudo bem, Noah. Você conseguiu, entra. – me dei por vencida, e indiquei o banco do passageiro para ele.

–– Onde vai me levar, Em? – questionou, se dirigindo até o seu assento, me aguardando entrar.

–– Vou te deixar no primeiro imóvel abandonado que eu encontrar. – disse, antes de entrar no carro e dar partida.

***

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