Capítulo 17

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Luna

Depois  de algum tempo chorando silenciosamente por causa  da partida do Théo, resolvo entrar. Então  escuto  a voz que faz  meu coração  acelerar.

- Luna!

Me viro  devagar  achando que é coisa da minha  cabeça conturbada e me deparo com lindos olhos  azuis. 

- Théo! - falo surpresa.

Ele me abraça bem apertado como se nunca mais fosse me soltar.  Eu amo tudo isso mas fico sem entender.  Estava tão  absorta que nem o vi retornar.  Ele veio na direção  contrária da que foi.

- Porque voltou? - pergunto confusa. 

- Não consegui seguir pensando no seu olhar quando me despedi. Deixa eu dormir com você?  - pede  e me beija. 

Me aperta tanto que fico sem ar, mas não reclamo.  Me solta  e me abraça  fazendo carinho em minhas costas.

- Meu olhar foi  de tristeza.  Porque  sei que vou sentir muito a sua falta.  Foram dois  meses te vendo todos os dias, dormindo com você.

- Também  vou sentir  saudades.  Ainda  bem que Saquarema é perto. - ele diz sorrindo.

- Vamos entrar. Pode dormir comigo.  Aliás, deve. - pego em sua mão.

Minha mãe já estava no quarto.  Troquei  meus lençóis de cama enquanto  ele tomava banho. Passamos a noite nos curtindo.  Fazendo amor e conversando.  Ainda bem que não é ele que dirige na volta para o Rio.

- Você é linda! - diz de repente.

- Então, empatamos. Aliás, você ganha.

Ele sorri e me puxa mais para si. Respira fundo e sei que ele quer me dizer  alguma coisa. Incrível como já o conheço.

- Luna! Sei que sempre estou batendo na tecla de que não quero um relacionamento. Mas, esses 2 km que andei antes de retornar, pensei um pouco. - diz fazendo caricias em minhas costas.

- E? - pergunto com medo da resposta. 

Sei que ele vai dizer que é melhor pararmos por aqui e não estou preparada.

- Quero  continuar te vendo.  Ficando  com você. Podemos tentar aos poucos. Sem cobranças. Pode ser que lá na frente  dê certo. - diz.

Como assim  meu Brasil??! Não  é bem uma proposta de namoro, mas me pegou de surpresa. Minha reação é levantar a cabeça para olhá-lo.

- Théo. Nem sei bem o que isso significa, mas eu quero continuar com o que temos. - Falo.

- Tem um porém. Não  sei se estou certo ou errado, mas prefiro  que seja assim. Embora o relacionamento não  seja sério, como dizem por aí, também  não quero que seja aberto. - diz e fico mais chocada ainda.

- Eu não  vou ficar  com ninguém que não  seja você.  Isso não  me interessa. Mas, e você? - aguardo  a resposta suando frio.

- Também  não. Podemos nos ver aos finais de semama. Enquanto  sua mãe estiver  se recuperando, virei. Depois a gente  divide.  - fala sorrindo.

- Então, vamos ver no que vai dar. - encosto a cabeça em seu peito e adormeço.

Acordo primeiro que o Théo e fico olhado ele dormir. Tão lindo! Estou feliz por ele ter voltado.  Mais feliz  ainda por ele querer  manter algo comigo  mesmo  que seja um romance  sem maiores compromissos.  Mas que pode crescer. 

Segundas Intenções. (Série Família Portinari)Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora