Capítulo 22

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Théo

- Você vai morrer delegado! - diz uma voz que não conheço e desliga o telefone.

Não costumo ter medo dessas ameaças veladas. Sempre tiveram e sempre terão. Mas dessa vez é diferente, me deu um medo sem sentido. Um arrepio ruim na nuca. Respirei fundo e fiz um pequena prece.

Quem quer que esteja planejando me pegar, não vai conseguir. Checo a segurança pelo pelo meu celular. Tenho 10 homens aqui. Sendo 2 na minha porta e mais 2 na entrada do meu elevador. Os outros ficam na porta de acesso da garagem e na recepção. Renan dentro de casa. Mas esse aí anda estranho há dias. Deve está com uma gata nova.

- Pára de olhar esse celular. Você ficou nervoso depois dessa ligação. O que houve Théo? - fala Mabel.

- Fui novamente ameaçado de morte Mabel. - falo.

- Théo. Por favor sai dessa profissão. Te pedi isso mil vezes. Abandona essa carreira. - pede aflita.

- Não Mabel. Não sou nenhum covarde e amo meu trabalho. Foi o que escolhi para minha vida. - afirmo.

- Tenho medo de um dia eles te pegarem. Vou conversar com sua mãe... - interrompi.

- Foi por isso que terminei com você. Por ser assim, incompreensiva e controladora. Não vai falar nada a minha mãe. - falo irritado.

- Só quero seu bem. Passei 5 anos ao seu lado e todos os dias com medo de você sair e não voltar. - fala.

- Sei disso. Agradeço sua preocupação. Mas destir, nunca. - falo.

- Vou fazer um chá para você. Está tenso. - diz e vai em direção a cozinha.

Que merda é essa? Não sei nem o que pensar. Será que são os mesmos da emboscada em São Paulo? Serão outros? Preciso ligar para o Renan. Onde ele se meteu?

- Renan. Onde você está? - pergunto.

- Delegado, hoje a partir da meia noite é minha folga. - diz debochado.

- Mas ainda são 22h. Então ainda trabalha por duas horas. - devolvo o tom de deboche.

- Sei. Mas te falei ontem que precisava sair mais cedo. Está tudo ok com a segurança e vou acompanhar tudo pelo celular. - diz.

- Alguém me ligou. Disse que vou morrer. - falo.

- Tem noção de quem foi? - pergunta.

- Não faço ideia. Não tive tempo. Ele falou: você vai morrer delegado. Então sabe bem quem sou. - explico.

- Vamos redobrar a segurança Théo. Reunir sua família. - diz.

- Não Renan. Não quero que minha família saiba. Já basta eu viver isso.

- Pelo menos todos andam com segurança. Mas me preocupo com uma pessoa. - diz.

- Quem? Todos andam com segurança. Louise que é mais rebelde tem dois. As gêmeas depois daquele maluco tem quatro. O Léo tem o James que vale por 10. - explico.

- Não estou falando da sua família. Me refiro a Luna. - diz.

- Não tenho nada com ela Renan. Não mais. - Então, ela não estará sob ameaça. - falo.

- Théo. Não misture as coisas. Com certeza ela foi vista com você e corre perigo sim. - fala irritado.

- Não pensei nisso. Escale dois seguranças. E não quero nem saber de mais nada. Cuide de tudo. Não quero aproximação com ela. - falo.

Segundas Intenções. (Série Família Portinari)Where stories live. Discover now