Segundas Intenções. (Série Família Portinari)

Capítulo 42

Só para reforçar.  Mesmo explicando  o motivo  de não  postar com frequência, ainda estou sendo questinada por capítulos. Cooperem! Por favor!

Théo

Queria fazer uma surpresa para a Luna e não sabia como. Sei que ela tem vontade de viajar e nunca teve condições. Só saiu de Saquarema para o Rio.

Quero muito sair do Rio com ela. Ficarmos uns dias apenas nós dois. É como se eu pudesse recuperar o tempo  perdido. E ela merece isso. Precisamos  de um tempo só para nós e nossos bebês. 

Liguei para dona Edna e perguntei qual lugar a Luna sonhava em conhecer. Então, fiquei sabendo que a pequena é apaixonada por Salvador. E cá estamos, na Bahia.

Consegui esconder o destino da nossa viagem. Ela só descobriu quando estávamos saindo do aeroporto. Aquele bambuzal não é comum nos lugares.

A levei para ver o pôr do sol na Barra. Desde que me lembro, é o mais bonito que já vi. Ela amou. Estou satisfeito por ver que ela está feliz por está aqui comigo. Que tudo de ruim passou.

Estou me esforçando muito para fazer com que ela confie em mim. Quero mudar de verdade e ela está me ajudando. Passo a maior parte do tempo com ela e aproveitarei minhas férias para mimá-la muito. Preciso me redimir de tudo que a fiz passar.

Não saímos ontem a noite. Dormimos cedo. A Luna estava cansada e depois da gravidez, só pensa em dormir. Está manhosa e muito dengosa. E sem contar que a gravidez a deixou mais linda e sexy para caramba.

Hoje acordei mais cedo e aproveitei pra correr na orla. Voltei uma hora depois e encontro a minha mulher se deliciando com o café da manhã. Tão empolgada que não me viu chegar.

Passamos o dia conhecendo alguns pontos turísticos. Quer dizer, mostrando para Luna, já conheço tudo por aqui.

A cada lugar que chegávamos ela ficava deslumbrada com tudo o que via. Parecendo uma criança na Disney. Outro lugar que a levarei em breve.

O lugar que ela mais gostou foi o Pelourinho. A cada rua que entrávamos  ela se encantava  mais. Comprou  lembranças para todos.

A noite voltamos para o hotel. Comemos e depois do banho deitamos para descansar. Se ela estiver bem, saíremos. Tudo depende dela.

Acordo com a Luna me chamando e me sacudindo. Não! Ela estava me batendo mesmo. Sento na cama assustado e olho para ela sem entender.

Desorientado, vejo que ainda é noite. Ela está com o rosto vermelho e bastante zangada. O que foi que fiz?

- Pára amor! Isso dói. - falo.

- Não me chame de amor. Falso! - diz nervosa.

Levanto sem entender o que está acontecendo e a abraço.  Não posso deixá-la exaltada. Ela me empurra.  Decido não  insistir no gesto com medo dela ficar  mais nervosa e passar mal.

Respiro fundo  e olho para ela por um momento, sem falar nada.

- Antes de qualquer  coisa. Seja o que for, me dê  sempre o benefício  da dúvida. Me diz, o que houve.

Ela volta para a cama e pega meu celular, mexe por um instante. Vejo as lágrimas caindo e fico deseperado sem saber o motivo.

- Amor, não  chora. Pelo amor de Deus, me diz o que está acontecendo.  - suplico me aproximando. 

Ela me fuzila com o olhar e empurra o celular  com toda a força em meu peito.  Mais uma vez, respiro  fundo. Não  posso perder a calma, não com ela. Procuro o motivo desse comportamento. Vejo uma ligação  de Mabel e em seguida uma menagem no wattsapp.