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Justin POV

Nenhuma criança fica de pé no palco da escola e diz: “Eu quero ser um prostituto.”

Naquela época, eu costumava dizer que queria ser um médico. Meus amigos diriam policial, bombeiro, soldado… Esses são sonhos agradáveis, ​​também.

 Mas este é o mundo real… E os sonhos simplesmente não se tornam realidade. Eu sei disso agora.

 Eu sou um prostituto. Meu nome é Justin. Não há sobrenomes quando você é um prostituto, então eu não sou um Bieber agora. É hora de frisar isso.

Toda noite eu chego a ser um policial, um bombeiro, um soldado, Tarzan… de certa forma.

 Eu entro pela porta dos fundos, neste enorme estabelecimento chamado Fire. É um clube para mulheres, não há noite de homens, clientela gay não é permitida aqui dentro. Isso é uma coisa que eu nunca fiz e pelo menos eu tenho isso para me agarrar.

Sou apenas para as mulheres. E isso não é uma ostentação. E não se deixe enganar. Não são apenas mulheres bonitas e jovens que eu vejo. Todas as idades, jovens, de meia idade, até mesmo as idosas me perseguem aqui. Sou sempre bom com todas elas.

As mulheres são tão excitáveis quanto os homens, mais ainda, eu acho, desde que eu vim trabalhar aqui.

Imaginei que as mulheres seriam suaves e gentis comigo. Imaginei errado. As mulheres  vem aqui para ficarem bêbadas e acariciar os homens seminus.

 Era raro eu encontrar uma que me acariciava suavemente, em vez de me agarrar forte. Seus gritos me deixavam surdo às vezes. Eu sempre acho graça quando ouço alguém chamando as mulheres de sexo frágil. Errado. Elas são poderosos, fortes, e insaciáveis. Eu sei disso.

Depois de bater meu cartão, eu vou para o corredor para ver onde eu vou estar esta noite. É só 17:00, o sol está se pondo. A parte mais triste do dia para mim. Isto é, quando o meu dia como o normal Justin Bieber termina… e eu me transformo no que estiver escrito na minha caixa na mesa.

Sob o meu nome, eu vejo a palavra “Vampiro” escrita em preto. Merda.  É outubro de novo?

Ryan sentou-se em sua cadeira de metal na frente de seu espelho e sorriu sacana para mim.

─ Homem vampiro! – ele provocou. ─ O Halloween está chegando de novo!

 Em seguida, ele soltou seu silvo de vampiro comum, enquanto eu sorria de volta para ele, andando por trás de sua cadeira para chegar à minha, que estava do lado.

Eu nunca fui de reclamar das minhas atribuições ali, ou do meu trabalho. É por isso que Claire parecia gostar de mim desde o início. Oh, Claire é a chefe aqui. Os outros caras gostavam de reclamar sobre coisas estúpidas, mas eu não queria pôr em risco o meu trabalho aqui. Eu preciso dele. Então fiz o que me foi dito e calei minha boca.

 ─ Eu não me importo de ser um vampiro. – eu disse, e coloquei minha mochila no chão, perto dos meus pés, abrindo minha gaveta e tirando meu recipiente de plástico que tinha “VAMPIRO” sobre ele. ─ Mas, a maquiagem é uma porra para sair.

 ─ Eu sei. – Ryan concordou. ─ Pelo menos você é branco o suficiente e não tem que colocá-la em todo o seu corpo! Tive um belo bronzeado uma vez e tive que me cobrir com essa porcaria branca.

 Eu bufei, agradecendo a Deus por esses pequenos favores enquanto eu tirei a minha camisa, jogando-a na mochila aberta aos meus pés, não querendo arruinar a maquiagem nesse processo.

Eu tentei fazê-la sutil, mas ainda capaz de ver que eu era um deles. Eu fiz um pouco de maquiagem ao redor dos meus olhos e me usei um pouco de vermelho escuro para os meus lábios, para que se destacassem um pouco e o suficiente para que não saísse se eu beijasse alguém.

Red Lines [ Tradução ]Where stories live. Discover now