30

13.7K 531 331
                                    

Justin POV

─ Eu acho que você pagou pelo o seu pequeno lapso de julgamento. – Claire disse, amarrando o cinto do roupão branco, com um sorriso indulgente e doce nos lábios enquanto eu olhava para ela da cruz X, meus tornozelos e pulsos amarrados a cada poste de metal nas pontas, uma cinta de couro em volta do meu quadril nu, segurando-me firmemente a ele.

─ Amanhã, você pode deixar a boate pronta para a nossa pequena festinha de oito horas. – ela sugeriu. ─ Certifique-se de que chefs têm tudo o que precisam, limpe tudo tão meticulosamente como sempre e fique bonito. Eu vou deixar você saber por volta das seis que você irá usar.

─ Sim, Claire. – eu respondi, sentindo-me um pouco sujo já depois de alguns dias sem um banho, e o suor em meu corpo já tinha um mau cheiro. ─  Obrigado.

Agradeci a ela porque ela estava me deixando sem punição tão cedo e uma grande parte de mim estava paranóico com isso. Ela nunca me libertou tão rápido antes, e sem uma boa razão. Comecei a temer sobre o jantar que ela daria amanhã à noite. Eu acho que estou longe de saber de seus castigos. Este é apenas mais um jogo de mente que ela está jogando. Me deixar relaxado e, em seguida, jogar a próxima coisa sobre mim.

Odeio sentir essa incerteza o tempo todo. É como uma doença que está me matando lentamente… De dentro para fora.

Eu quero falar com Katie. Eu quero ver o Bob Esponja com ela novamente. Quero cheirar o cabelo da Skylar. Eu quero sentar na cozinha com Katherine. Eu quero tocar piano com Joseph. Eu quero tudo o que eu não posso ter.

Minha única fagulha de esperança renasceu das cinzas desejando que ela me deixasse vagar livremente em torno da boate durante o dia todo de amanhã, talvez até hoje.

Isso significa que eu posso encontrar o pano ensanguentado que escondi, pegar minhas coisas do meu quarto e correr. Talvez eu possa até achar minha amostra de sangue em algum lugar no escritório de Claire, se ainda estiver lá. Isso seria fácil demais, muito conveniente. Provavelmente está na casa dela em algum lugar, escondido e trancado. Eu não me importo. Eu tenho a prova de assassinato contra ela. E, finalmente, eu estaria livre.

Ela abriu minhas algemas, ambos os pulsos e tornozelos, então a da minha cintura e ordenou:

─ De quatro e rasteje atrás de mim, amor.

Obedeci, e rosnei internamente porque ela estaria me levando para fora daqui agora. E aqui é onde está o pano que eu preciso. Eu disse a mim mesmo que não tinha importância. Amanhã eu seria deixado aqui sozinho para preparar tudo, e isso incluía o porão. Ele precisava de uma boa limpeza, uma vez que eu estava vivendo aqui, constantemente sendo punido nos últimos dias. Eu tinha certeza que ela ia me dar a chave.

─ Sim, Claire. – eu disse em uma voz calma e comecei a rastejar lentamente atrás dela, e ela me levava para fora do porão.

A única outra maneira de voltar aqui seria irritando-a de alguma forma, e ser punido novamente. Se o plano A falhar, esse seria o plano B. Eu mantive meus olhos para baixo, mas eu a ouviela trancar a porta do porão, como de costume.

Ela estava caminhando até o salão e a música era alta, as clientes estavam lá em cima, gritando e aplaudindo. Eu estava completamente nu e quase hesitei enquanto rastejava até as escadas em direção a elas. Eu estava terrivelmente despenteado, barba por fazer, e malcheiroso e me senti mal por dentro de estar na frente de clientes desta forma, mas ela me disse para segui-la.

─ Não me perca no escuro. – ela olhou para mim. ─ Se você se perder, você estará por conta própria.

Então, ela pretendia me fazer rastejar atrás dela, nu, através da boate e de cada mulher lá. Porra.

Red Lines [ Tradução ]Where stories live. Discover now