sobre todas as bandas de rock que eu não conhecia antes de conhecer você

EU PREFERIA QUE TUDO FOSSE UM SONHO

[04.04.19]

A urgência dos toques era tão grande que Jeongguk podia sentir a pele queimando sob os dedos de Taehyung. Podia sentir a pele de Taehyung queimar sob seu toque, e só aquilo era suficiente para fazê-lo delirar.

Saber que podia causar aquilo no roqueiro e que ele o desejava era incrível demais para ser realidade — pelo menos para alguém de autoestima baixa.

Jeongguk agarrou a gola da jaqueta de couro de Taehyung e o ergueu junto a si enquanto saía do banco do piano. Colocou-o sentado no sofá e sentou-se em seu colo. As mãos de Jeongguk seguravam seu rosto com cuidado e não o soltavam. Sentia os dedos de Taehyung passearem pelas costas e lhe arrepiarem sob a camisa; quanto mais os círculos eram desenhados sobre a pele, mais Jeongguk se aproximava.

Taehyung traçou uma linha de beijos por seu pescoço e Jeongguk deixou a cabeça cair para trás, o coração acelerado.

Ele queria.

Podia não ter tido coragem dois dias atrás, mas agora Jeongguk queria. Queria sentir Taehyung por inteiro, cada centímetro de pele, cada parte do corpo, queria senti-lo preenchendo-o em todos os sentidos e matando-o lentamente de prazer.

Jeongguk ousou tirar a camisa de Taehyung e por um segundo prendeu o ar diante da visão. O roqueiro segurou seu rosto e levantou seus corpos do sofá, beijando Jeongguk e fazendo-o caminhar de costas até a parede, empurrando-o com força.

As costas batendo contra a parede foi como o universo inteiro explodindo.

Jeongguk seguro o rosto de Taehyung e sentiu-o pressionar seu corpo e tudo ficar ainda mais quente. Aquele beijo parecia lhe dar quinze mil sentidos a mais, sentidos que ele nunca imaginou existirem. Quando Taehyung chupou seu pescoço, Jeongguk se esqueceu como se respirava e tudo que pôde fazer foi segurar os ombros alheios com força e puxar Taehyung ainda mais para perto — o que era fisicamente impossível.

O roqueiro experimentava cada pedaço que podia de Jeongguk e este já não sabia mais o que saía de sua boca, apesar de jurar que fossem súplicas. Fechou os olhos ao sentir Taehyung passear a boca por sua clavícula, sentindo tudo como seda roçando a pele.

— Taehyung — foi o que saiu pela boca de Jeongguk como uma prece desesperada.

— Você não sabe como eu quero te sentir — Taehyung respondeu e Jeongguk não teve como raciocinar o que falar, porque já estava ao delírio.

— Taehyung, por favor — Jeongguk implorou novamente quando ele o puxa e fez sua cabeça pender para trás, cheirando e beijando cada espaço de seu pescoço e de seu maxilar.

Jeongguk percorreu a pele macia com a ponta dos dedos e Taehyung passou-lhe o cabelo entre os dedos e puxou-os para trás, o que o fez arranhá-lo instintivamente.

Meu Deus, eu nunca achei que fosse querer tanto alguém; eu nunca achei que fosse me sentir assim, nunca achei que fosse me sentir tentado dessa maneira — era só o que passava pela cabeça de Jeongguk.

E tentando era palavra certa, porque sabia que não podia avançar naquilo, se quisesse ganhar a aposta.

No entanto...

Cada toque de Taehyung era como um anúncio de deleite e o ser de Jeongguk era pura ansiedade por ele.

— Jeongguk... — Taehyung sussurrou-lhe no ouvido e mordeu-lhe o lóbulo orelha, o que imediatamente o fez gemer.

Jeongguk estava quase se humilhando aos pés de Taehyung e isso o fazia se odiar.

Então, como se dissessem que havia fogo no apartamento, Taehyung se afastou, os olhos conturbados e, em silêncio, foi para o quarto e se trancou.