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[07.02.20]

oi, reservo meus agradecimentos ao epílogo :)

obs: a foto na mídia é o tal templo de Haeinsa

[...]

Quando Jeongguk saiu da loja de LP, enfiando de qualquer jeito a foto no bolso da jaqueta e provavelmente a amassando, esbarrou em alguém. O impacto forte fez seu ombro ser carregado para trás e obrigou-o a girar o corpo. Precisou de um segundo para reconhecer a pessoa à sua frente.

— Jeongguk? — Yugyeom ergueu uma sobrancelha, a cabeça se afastando um pouco como se precisasse de um ângulo melhor. O violinista coçou a pálpebra na tentativa de encontrar algo para dizer, no entanto, na ausência de qualquer coisa boa, ergueu o rosto segurando um suspiro:

— Oi.

O outro o encarou em silêncio e a boca se abriu para dizer algo que optou em não dizer. Jeongguk abaixou a cabeça, tirando as mãos dos bolsos e acenou.

— Hum, tchau — deu-lhe as costas.

— Espera — Yugyeom pediu rápido demais e Jeongguk demorou um segundo para olhar para trás. Encarou-o, esperando. A continuação saiu um pouco atrasada: — Você... não quer sair?

— Sair?

— Sim. Podemos ir comer algo... se você quiser.

— Agora?

— Hã, eu não ia dizer agora, mas... se você quiser — repetiu, dando de ombros.

Jeongguk olhou para o céu laranja em pleno pôr-do-sol e ponderou por dois segundos antes de assentir em um dar de ombros igual. Onde tanta indiferença levaria a humanidade?, se questionou ao responder um simples:

— É, tudo bem.

Então, várias horas depois, mais especificamente às dez da noite, os dois já haviam jantado e, certamente, bebido mais do que deviam. Yugyeom ficou minutos intermináveis contando sobre a faculdade e sobre como ficou na merda depois de Jeongguk sumir dizendo um simples "você sabia que eu não queria nada sério... e acho melhor você focar nos estudos". Aquilo fazia o violinista encher um copo de soju seguido do outro, porque cada palavra o lembrava de Taehyung, e aquilo o estava matando. Será que não tinha um segundo de descanso? Um único minuto em que sua cabeça não tivesse absolutamente nada. Silêncio, ele queria silêncio! Mas, em meio a tantos pensamentos, se pegou percebendo que era realmente engraçado o modo como tinha se metido em uma situação tão parecida com a de Taehyung sem ao menos saber a verdade. Agora sabia, e ter encontrado Yugyeom o fazia pensar que começava a, quem sabe, entender Taehyung.

Quer dizer... Jeongguk se sentira culpado por ver Yugyeom perder aulas para se verem, mas... bem, ele nunca pedira que faltasse às aulas, não é? Virou o rosto para o lado, revirando os olhos devagar. Por um segundo se tornou tão autoconsciente das próprias ações que se julgou: orgulhoso. Então sacudiu a cabeça e se recostou na cadeira. Talvez não tivesse bebido o suficiente ainda, concluiu pedindo mais uma garrafa ao garçom.

— E depois que eu não vi mais você, até tirei algumas notas máximas nas minhas provas — Yugyeom riu alguns minutos e várias frases depois, completamente bêbado. Nas mesas ao redor, as pessoas começavam a olhá-los incomodados.

Jeongguk balançou a cabeça, o corpo meio mole enfim. Colocou as mãos nos joelhos, fungou e entornou todo o resto da bebida. Havia tantas garrafas e ele estava tão bêbado que já não se lembrava direito como tinha parado ali. Fungou outra vez e disse com a língua enrolada:

sobre todas as bandas de rock que eu não conhecia antes de conhecer vocêOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz