[23.04.19]
Quando Jeongguk chegou em casa naquela noite, o cheiro de Taehyung estava por todos os cantos de sua pele. Ele quase ainda podia senti-lo dentro de seu corpo — sua imaginação fértil o ajudava a se lembrar daquela sensação indescritível.
Hoseok chegara realmente apenas quase à noite, com duas chaves no bolso e pedindo muitas desculpas por ter levado as duas. Como percebera o que fizera apenas no trabalho, não pudera sair para devolver a chave, mas pedira para ser liberado mais cedo. Quando viu os dois de cabelos molhados, sorriu e disse:
— Não parece que foi tão ruim ficarem trancados aqui, né?
Jeongguk imediatamente corou e se engasgou com a comida que Taehyung preparara.
No saldo final do dia, o violinista não só havia perdido seu encontro, como também as aulas, e ficou imaginando que odiaria chegar em casa e encarar o pai, mesmo que este só viesse a saber mais tarde que o filho faltara às aulas. Para sua sorte, porém, o pai estava trabalhando até mais tarde e apenas sua mãe estava em casa. Ela viu o filho sorrindo e comentou:
— Alguém teve um dia bom, não é?
— Ótimo — Jeongguk respondeu sorrindo, dando-lhe um beijo na bochecha. Pegou uma maçã e correu escada à cima. Trancou-se no quarto e se jogou na cama, sentindo o coração bater no estômago e lhe causar um frio de animação, ansiedade e alegria.
Jeongguk olhou o teto e riu consigo mesmo. Uma risada de "meu Deus, eu não acredito no que fiz, não acredito que aconteceu mesmo". É, ele tinha feito a melhor coisa de todos os seus dias até então. E só de lembrar achava que ia morrer.
Os dedos pousaram sobre a boca como se quisessem sentir os lábios deliciosos do roqueiro.
Tinha vinte e três anos, mas se sentia um adolescente.
Jeongguk queria muito ter passado a noite com Taehyung, como este havia praticamente implorado, mas não podia simplesmente sumir ou seus pais teriam um ataque cardíaco.
Suspirando, puxou os travesseiros e escondeu o rosto, repassando cada momento em sua cabeça. Puxou o discman que ficava escondido embaixo do travesseiro e o ligou, precisando tirar aquelas coisas da cabeça, mas não adiantou muito, porque a música que preencheu sua mente foi "Like a Prayer", da Madonna. E cada linha daquela música fazia Jeongguk se sentir com Taehyung outra vez. "Ouço você chamar meu nome e me sinto em casa", era assim mesmo que se sentia...
Ficou imaginando como Taehyung se sentia com ele e corou sozinho.
Abriu os olhos e se levantou em pulo. Sentia-se mesmo um adolescente idiota na puberdade, mas ele queria tanto fazer aquilo...ia gravar um CD para Taehyung com todas as músicas que lembravam-no dele!
Ridículo, mas o que ele podia fazer? Não ia conseguir dormir se não fizesse aquilo. Então pegou o celular e discou o número. O roqueiro atendeu com a voz rouca e levemente assustada de quem estava dormindo até aquele momento.
— Alô...?
— Oi! — Jeongguk sorriu para o nada.
— Ah, sentiu saudades, foi? — Taehyung riu do outro lado, o timbre grosso praticamente atravessando cada espaço do corpo de Jeongguk. — Se arrependeu por não ter ficado para dormir comigo?
Jeongguk balançou a cabeça, mordendo os lábios para conter o sorriso bobo que insistia em aparecer.
— Eu quero gravar um CD para você — anunciou sem se importar com o quanto aquilo era extremamente piegas.
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sobre todas as bandas de rock que eu não conhecia antes de conhecer você
FanfictionTAEKOOK ⇔ RETRÔ!AU É início dos anos 2000, mas Kim Taehyung está preso em algum ano entre 1970 e 1980. Com seu mullet, suas jaquetas de couro, suas calças jeans e seus coturnos, cada pedacinho dele exala décadas passadas e Rock N' Roll. Ele parec...