10° Capítulo

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Era noite quando Micael dirigiu-se ao flat, com sua Land Rover preta, na escuridão da cidade. Estacionou o veículo no mesmo lugar, subiu de elevador e esperou por Sophia. O uísque caro com duas pedras de gelo o esperava.

Esperou quarenta minutos, sentou-se no sofá que havia, encarou a janela e escutou batidas na porta. Deixou o copo de uísque e foi atende-la. Ele já sabia que era Sophia, não tinha dúvidas.

— Olá! — Sorriu calma. Optou por uma saia de couro e um cropped ousado, Louis Vuitton esbanjou em sua bolsinha de lado, quando adentrou o flat.

— Não estou gostando de suas demoras. — Disse duro, virou-se para pegar mais uísque.

— Tive problemas com os sapatos. — Remexeu os pés. A bota cano curto e de couro reluziu nos olhos de Micael, riu sarcástico.

— Mulheres. — Encostou o copo nos lábios carnudos.

— Gostamos de ficar... Bonitas. — Largou sua bolsa no pequeno sofá. — Opções para hoje?

— Eu não quero transar hoje. — Remexeu os lábios, sentindo o gosto do álcool. Encarou os olhos azuis de Sophia. — Mas, tire sua roupa. Eu quero ver você! — Foi a ordem mais sexy que recebeu na vida. Sophia remexeu os ombros, tirou as botas, desabotoou a saia de couro e por último abaixou o cropped do mesmo tecido. Os seios rosados ficaram á mostra.

Micael não tirou os olhos do corpo de Sophia, era encantador. Aquela mulher realmente existia? Por um milésimo de segundo, ele acreditava que não.

— A calcinha. — Apontou, ainda segurando o copo. Franziu as sobrancelhas e esperou que Sophia passasse a fina renda pelas pernas delicadas.

Micael sorriu com a cena final, estava satisfeito.

— Mais alguma coisa? — Abriu as mãos, esperando outra ordem.

— Por enquanto não. — Guiou Sophia até a cama.

A loira deitou no colchão confortável, com o lençol de seda impecável. Sentiu no corpo o prazer daquilo, os seios foram massacrados por travesseiros afofados e de primeira linha. Sentiu as mãos fortes de Micael percorrerem suas costas.

— Você sai com muitos homens? — Massageou o infra-espinhoso de Sophia, em círculos.

— Depende da noite. Mas você, está tirando minha clientela.

Micael sorriu, era música á seus ouvidos.

— E por que estou tirando os seus clientes?

— Estamos nos vendo quase todas as noites. Um pouco óbvio, não acha?

— Gosto de tê-la comigo. — Desceu os dedos pelo trapézio das costas.

— Está saindo caro, imagino.

— Se quisesse, eu poderia te comprar. — Virou a loira na cama, agora tinha as costas sentindo a seda do lençol. — Mas seria exagero, e eu, sou casado.

— Tem filhos?

— Não é da sua conta.

— Por que soa tão grosso quando tocamos em sua vida íntima? Meus clientes gostam de conversar comigo.

— Creio que seus clientes. — Saiu da cama, andou até a mesa que havia perto do local. — São tolos. Velhos tolos que mijam nos pés, e tomam viagra para poder te impressionar. — Buscou um gel, muito cheiroso por sinal, um massageador milagroso, tiraria toda a tensão de Sophia. — E depois disso. — Voltou á cama, fazendo Sophia virar novamente. — Te pagam horrores, querendo mais no dia seguinte. E você, como proporção, aceita os presentes enquanto os presenteia com seu corpo diabólico.

— Um corpo diabólico ruim ou um corpo diabólico bom?

— Um corpo diabólico bom. — Esfregou o gel na palma das mãos, antes de esfregar nas costas de Sophia. O cheiro inalou.

— Hum... Que ótimo isto! — Sorriu com o ato, nunca tinha sido tratada tão bem. — Você tem mãos de profissional.

— Vou aceitar como um elogio. — Continuou a massagem. — Por que seguiu com essa vida?

— Qual vida?

— Da prostituição. — Afogou as mãos nas nádegas de Sophia, massageando.

— Essa era a única vida que daria dinheiro para mim. Eu não tenho estudo, não tenho uma carreira e minuto menos uma Land Rover estacionada em minha garagem. Como pagaria minhas bolsas da Prada e Chanel? Eu precisava de um homem rico e sucedido. — Micael riu leve, Sophia tinha o ar da graça. — Está achando engraçado?

— Estou. Você deveria estar nas passarelas de alguma concorrente da Chanel, ou até mesmo, na própria passarela da Chanel.

— Você acha que daria certo? — Em um movimento brusco, sentou-se na cama, tinha as pernas cruzadas e encarava Micael que tinha um sorriso nascendo nos lábios.

— Eu acho. — Nunca falaria isso, estava agindo com sinceridade, para uma prostituta. Pela primeira vez.

— Eu gostaria de fazer um curso de moda, colocar os meus pés naquelas botas de couro e tarrachas, ou até mesmo, em saltos com pedras de diamantes. Suar dentro de um backstage. — Sorriu. — Eu não deveria estar contando isso para você, me desculpe.

— Está tudo bem. — Levantou-se novamente. Sophia foi junto.

Micael andou até a mesinha onde ficava seu uísque e gelo, despejou mais um pouco de álcool em seu copo, Sophia o observou preparar o drink e bebê-lo, calmo, sentindo o gosto do luxo, teve vontade de experimentar, e em um piscar de olhos, estava com as mãos no copo de Micael, tomando um gole.

— Importado. — Encarou o homem que teve a atitude da noite. Deixou o copo na mesa enquanto voava em cima de Sophia, com suas mãos ágeis, beijando cada centímetro de sua boca, sentindo o quão era bom se viciar nela. Levou a loira até a cama novamente, em seu colo, deitou o corpo diabólico bom nos lençóis e a beijou, como se fosse o último dia na terra. — Disse que não iríamos transar. — Sentiu graça quando os lábios carnudos percorreram os mamilos túmidos.

— E não vamos. — Desceu os beijos até o centro da barriga, passou a mãos nas entradas de Sophia. — Você é como uma droga para mim. — Abriu as pernas da mulher. — Eu me viciei muito fácil, por pessoas que já experimentaram você. — Passou o indicador em sua fenda. Ela remexeu-se. — E eu não admito. — Abriu, vendo o interior de Sophia, úmido e rosado. — Eu quero que você seja minha. — Roçou o nariz em seu clítoris, tirando gemidos da loira. — Mas infelizmente, eu também não posso.

Passou a língua entre os lábios maiores e menores, deu beijos calorosos e por último, circulou o buraco de Sophia, o mais lento que pôde. Escutou um gemido abafado dela. Sorriu.

— Goze para mim, Sophia! — Ordenou, em lentidão, um quase sussurro. — Sei que aí dentro, tem a mocinha em defesa, que só quer gozar. — Buscou os seios cheios da mulher e os apalpou, enquanto tinha o gosto dela em sua boca.

Micael sentiu duas sensações, a de estar dando prazer e a de estar recebendo o prazer. As mãos de Sophia invadiram seus cabelos, o motivando não sair dali, do conforto de suas pernas. O homem voltou á sua boca novamente, a beijando, tirando reviravoltas da mesma.

— Por que você faz isso? Não pode só ser um cliente normal e transar normalmente? — Ele riu, estava animado demais aquela noite. Rindo á beça. — Sua mulher deve... Ser uma mulher de sorte.

Micael assentiu, não queria falar de Aline com Sophia, achava íntimo demais. Apenas continuou seu desejo de satisfazer a prostituta, que por fim, gozou com seus beijos fervorosos, antes de iniciarem uma transa.

Perfume de Mulher - MiniFic Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt