11º Capítulo

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— Acha que isso irá dar certo?

Depois da noite com Micael, a loira adiantou seu processo sobre jantar com Aline. Recebeu mensagens nas noites anteriores, e claro, comunicou seu amigo Clark.

Clark era o par ideal, se não combinassem tanto assim. Tinha olhos claros, cabelos negros, a pele branca, forte, cheio de músculos. Arrumava sua blusa de botões em frente ao espelho, tinha que estar refinado.

— Tem que dar certo. — Visualizou o amigo.

— Eu não sei, esse jantar me parece... Babaca demais. — Virou-se a Sophia. — Podíamos pedir uma pizza e fazer cookie de Snickers.

— Deixamos para outro dia. — Pausou. — Eu preciso que você me ajude, a amizade de Aline é especial para mim. — Arrumou os cabelos. Usava um vestido na cor vinho, justo, até os joelhos, nada muito exagerado. Nos pés, o salto curto Saint Laurent, preto, com detalhes de camurça. Uma bolsa Gucci no mesmo tom que o vestido. Pronto! Estava lindíssima para quem quisesse vê-la. Respirou fundo vendo Clark incomodado com o colarinho da blusa.

— Por que é tão especial? — Buscou a chave de seu Sandero 2008. — Só porque ela usa roupas de classe alta que você não pode comprar?

— Eu posso comprar, mas compro de segunda mão. — Saíram do apartamento.

— Se pode comprar, por que compra de segunda mão? — Clark conseguia ser imprevisível às vezes.

— Para poder economizar, é um gasto a menos.

— Eu não entendo essa sua vida. — Entraram no carro. — Você transa com homens casados, ganha dinheiro á beça e depois compra bolsas da Chanel de segunda mão? Não dá para te entender!

— Clark, só dirija. Tudo bem? — Irritou-se. Buscou seu IPhone na bolsa procurando o endereço que Aline havia mandando, mostrou ao amigo que franziu o cenho.

Trinta minutos e estavam no quarteirão de prédios luxuosos, Clark estacionou o carro em três quarteirões atrás, Sophia tinha pedido, era o medo de Aline saber que seu carro não era um Porsche, ou uma Land Rover da atualidade. Conversaram com o porteiro que os deixaram subir, até a cobertura. Pegaram o elevador e esperaram as portas serem abertas.

— Temos tempo de desistir?

— Por favor, Clark. — Sophia cerrou os olhos. — Eu juro que pago á você alguma coisa, depois que sairmos daqui.

— Eu opto pelo cookie de Snickers.

Sophia sorriu quando a porta de madeira maciça foi aberta, Aline apareceu, com um vestido dourado e um pouco solto, os cabelos em rabo de cavalo. Abraçou Sophia e cumprimentou Clark, que estava divino naquela blusa de botões.

— Ainda bem que veio, eu estava ficando preocupada. Você não chegava nunca! — Sorriram.

Sophia analisou o apartamento que era enorme, a sala então, indiscutível. A vista das janelas, as escadas, sua cozinha perfeitamente planejada, até reparou no piano Yamaha.

— Clark teve um imprevisto. Á propósito. — Apresentou o marido falso. — Este é meu marido. Amor, esta é Aline. Minha amiga. — Todos sorriram.

— Um prazer em conhecê-lo, Clark. Sophia disse muito de você em nosso café. — Caminharam até a sala de jantar posta. Os pratos de porcelanato, os talheres de prata, as taças com detalhes. Sophia procurou um lugar para sentar-se junto com Clark.

— Ela realmente me ama. — Clark sorriu, encarou Sophia.

— Então. — Aline juntou as mãos. — Desculpe o atraso, meu marido é um pouco... — Gesticulou com as mãos, Sophia riu leve. — Ele já está descendo.

Perfume de Mulher - MiniFic Onde as histórias ganham vida. Descobre agora