27º Capítulo

712 46 37
                                    

Sophia estava no banheiro, achando um jeito de manter aquele esperma intacto, sem o derrubar. Tinha que pensar em algo, rápido. Colocou a cabeça para fora, viu que Micael dormia, ainda nu, e Aline, a mesma coisa. Merda! Tinha que achar um jeito de acordar Aline e dar á ela uma chance, para o seu sonho. Sophia foi até a cama, em passos calmos, tocou o ombro nu de Aline que franziu o cenho.

— Venha comigo. — Sussurrou muito baixo, Aline só conseguiu entender porque Sophia estava fazendo sinais. As duas foram até á suíte, trancaram a porta. — Fique tranquila, irá dar certo.

— O que vai fazer? — Tinha o cenho franzido.

— Eu vou injetar o esperma do Micael dentro de você, e quando a médica vir para te dar a injeção, eu tomarei no lugar.

— Isso não irá dar certo.

— Claro que vai. Eu estou com um calendário, vou começar a contar quando fizer efeito. Pelos meus cálculos você estará grávida daqui á três semanas, se o esperma de Micael for tão ágil quanto parece.

— Ok! Se esse for o lado certo da coisa. — Aline respirou fundo. Deitou no chão frio da suíte e abriu suas pernas. Aquilo não seria o modo mais higiênico do mundo, Sophia tinha pensado, mas não sabia reproduzir. Não era fácil quanto parece, geralmente nos filmes as pessoas se dão bem, tudo dá certo, mas na prática, não era tão fácil! A loira esterilizou a seringa de plástico, enfiou o esperma de Micael lá dentro e abriu as pernas de Aline, aplicando fundo. A morena remexeu-se, se fizesse isso do modo tradicional, nunca iria acontecer, já que Micael não gostava de transar com Aline.

— Pronto! Vai me prometer que irá ficar calada.

— Eu não irei contar. — Aline sorriu. — O que eu faço agora?

— Fique quieta, tome um banho quente e deite-se. Eu vou lá em baixo. — Saiu da suíte, Micael havia se remexido na cama. Sophia vestiu seu robe e desceu as escadas. Preferiu tomar banho no outro banheiro, o que ninguém usava. Tirou o robe de seda e tomou um banho na ducha quente, estava aliviando seu corpo, e feliz por seu procedimento na suíte ter dado certo, ela tinha pensado que faria tudo errado, outra vez. Lavou os cabelos com um shampoo e condicionador que havia achado, durou mais alguns minutos no banho e saiu, enrolada em uma toalha.

Procurou algo para comer, mas antes, vasculhou sua bolsa Chanel na procura de seus anticoncepcionais. Tomou um, com suco de maracujá, voltou para a sala ligando a grande TV embutida na parede, procurou por canais que a atraíssem, era difícil. Escutou passos pesados vindo da escada, só podia ser ele. Sem sono, com a bermuda de pano na cor preta, os cabelos bagunçados. Aquele homem não podia existir, ele era o segredo das mulheres ficarem loucas.

— Sem sono? — Andou até ela, sentou-se no sofá, ao seu lado.

— Um pouco. — Trocou os canais da TV. — Você deveria arrumar o pacote da sua TV, está péssimo. — Micael riu. — Por que ri?

— Eu tenho cara de quem assiste TV? — Foi sarcástico.

— Deveria. Seu humor é péssimo no dia a dia. — Largou o controle, deixando em um filme sem pé e nem cabeça. — Eu soube o que você fez com Rose, a filha do seu amigo.

— As notícias correm.

— Não gosta de crianças. — Remexeu os lábios. — Um grande problema á você.

— Exatamente. — Pausou. — Você deveria parar de se intrometer na minha vida, acaba com o seu encanto, aquele que você proporciona.

— Eu proporciono? Do jeito que você fala, pareço uma bruxa.

Perfume de Mulher - MiniFic Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin