38º Capítulo

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Micael estava agachado no vaso sanitário, soltava todo o jantar que havia comido. O estômago lhe doeu fazendo ter mais uma convulsão, era agonizante demais. Respirou fundo quando parou de passar mal, estava um pouco trêmulo, entrou debaixo da ducha fria relaxando seus ânimos.

— Olha só, tomando banho frio. Pelo visto odiou o jantar. — Sophia apareceu na suíte, vendo Micael que ainda passava um pouco mal.

— Agora não, tudo bem?

— Tudo ótimo. — Tirou o robe entrando junto com ele ao box. O homem tinha o cenho franzido.

— O que quer agora, hein? Eu já fiz de tudo para você!

— Eu acabei de menstruar. — Sorriu falsa. — Quero que me limpe.

— Nem fodendo.

— O que disse?

— Nem fodendo. — Chegou mais perto.

— Então terei que visitar Aline. — Cruzou os braços. Micael estava odiando aquilo, revirou os olhos e buscou o sabonete líquido, Sophia o parou. — Me limpe, com a língua.

Ok, em termos isso seria caso de enjoos e nojo horrendo, e Micael sentiu isso, ainda estava com o gosto de comida de gato na boca, só de lembrar o dava náuseas. Ele abaixou-se entre as pernas de Sophia, abriu e apoiou sua boca na intimidade da mulher, que estava em sangue vivo. Sentiu nojo, ânsia, ela era cruel, não tinha nada de divertido naquilo. Cruel e nojenta!

— Eu não sou obrigado á isso. — Levantou-se. — Você está abusando de mim.

— Você abusou de mim primeiro, nada mais justo. — Pausou. — Ande logo, volte lá para baixo e me chupe.

— Você que se limpe, sua nojenta de merda. — Saiu do box, enrolou uma toalha na cintura.

— Você quer mesmo que eu conte para Aline? Quer mesmo que eu acabe com esse mundo colorido que está vivendo?

— CONTE A ELA SE QUISER. — Gritou. Tinha perdido a paciência. — Eu não tenho medo de você! É só mais uma prostituta barata que entrou na minha vida. Uma medíocre!

— Reveja o tom como você fala comigo.

— Eu falo do jeito que eu quiser. — Vasculhou sua gaveta, atrás de sua cinta. Enrolou nas mãos deixando Sophia encurralada. Ela sentiu medo, encolheu os ombros enquanto se escondia, no canto da parede. O flashback na mente de Micael apareceu, em minutos conseguiu ver Aline ali, em meses atrás, chorando pelo que o marido faria, em minutos depois. O homem largou a cinta, Fechou os olhos e esmurrou a parede.

— Você é doente. — Sophia estava chorando, ainda encolhida. — Você precisa se cuidar, o mais rápido. Seu doente!

— VOCÊ É DOENTE! — Gritou novamente. — Se quer me manipular, pelo menos aprenda isso antes. — Pausou. — Estou cansado disso, eu não sou nada seu, e posso muito bem bota-la para correr.

— Você não seria capaz, precisa de mim.

— Eu preciso de você? Quando? Me diga, essa eu quero saber.

— Estúpido. — Saiu do closet deixando Micael sozinho, com suas mentes perturbadas. Voltou á suíte tomando um banho, chorou nele, lavou suas partes, enrolou uma toalha no corpo quando saiu da ducha quente, procurou um O.B fincando em sua intimidade, vestiu o robe e aquietou-se, enrolando no edredom.

Micael saiu do closet com sua bermuda de pano, sem camisa, aconchegou-se ao lado de Sophia.

— Meu erro foi trazer você para cá. — Disse calmo, sem ter contato visual com ela. — Eu não deveria ter achado uma mulher como você, eu sou casado. — Pausou. — As palavras que você me disse ainda estão doendo, acredite! Você é cruel quando quer. — Lembrou-se. — Todo o dinheiro que eu tenho não dá para comprar a infância que eu tive. Na verdade, eu nunca tive uma infância normal. Você acha que é fácil ver a sua mãe chorar, todos os dias? Ou escutar a sua mãe chorar todas as noites? Eu escutei, Sophia. Escutei minha mãe chorar por esses longos anos, e ela morreu sem ao menos saber da porra de uma liberdade. — Segurou as lágrimas, sua infância foi muito cruel. — Meu pai não tinha mais um alvo, e então, ele me achou. Eu apanhei dele, minha adolescência inteira. Nunca contei para Aline pois ela achava que ele era um exemplo de homem, mas eu apanhei. E sabe por quê eu faço isso quando sinto raiva? Porque me lembro do meu pai, e minha magoa apenas aumenta. — Cerrou os dentes. — Por isso sou um homem frio, sem coração, odeio quase tudo. Minha vida foi muito difícil, chegar até aqui onde cheguei, foi muito difícil. E não será você que vai atrapalhar as minhas vias, uma estúpida qualquer que vai acabar com tudo isso.

Sophia estava quieta enquanto escutava Micael falar, tinha lágrimas nos olhos. O homem virou-se a ela vendo sua face.

— Me desculpe. — Seus lábios carnudos silabaram a palavra que Sophia decretou que nunca iria escutar, vindo dele. — Pode me condenar, mas quero que me desculpe antes. — Os olhos castanhos estavam sem vida, tristes. Ela apenas assentiu, colou seu corpo com o dele sentindo as respirações de perto, beijou delicadamente seus lábios, o tendo só para ela, com gana. — Inferno, está menstruada! — Grunhiu entre os beijos.

— Você é homem demais para sentir nojo de alguém assim. — Voltou a beija-lo, tirando a calmaria e entrando em guerra. Micael alisou as mãos no corpo de Sophia, procurando a alça de seu robe, abaixando, tocou os mamilos túmidos antes de espremê-los com os dedos. Ela arfou, precisava dele antes de gozar em seu O.B. Micael achou um jeito de ficar nu rapidamente, encaixando o membro ereto na entrada de Sophia, depois de ter tirado o objeto de algodão, um pouco úmido. Movimentou-se em Sophia, dando estocadas um pouco leves, afagou o cheiro da mulher, o perfume lhe deixava louco, mais louco do que já era. Urrou enquanto a possuía, observando todas as partes, uma por uma.

— Garota, eu odeio. Você. — Urrou antes de chupar um mamilo, Sophia estava manhosa demais para aquilo. Mexeu-se agora um pouco mais rápido, os gemidos vieram a aparecer. Quanto tempo! Estava precisando de Micael, desde o momento que passou por aquela porta maciça, em sua empresa. Estava com saudade das mãos fortes lhe possuindo, ele sabia tocar uma mulher, era hábil. Um tremendo homem.

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