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               No dia seguinte o sol iluminava meu quarto. Mesmo parecendo que com o céu azul estava calor, o vento era bem gelado. Passei os dedos no meu cabelo e sai da frente do espelho, satisfeita pelas ondas naturais que ele tinha.

Havia combinado com o Daniel de irmos para algum lugar. Ele virar meu uber, se transformou em uma pessoa para também tirar o meu tédio, já que pela carona que ele daria consequentemente já seria minha companhia.

— Aonde vai tão cedo? — minha mãe aparece na porta do meu quarto.

— Esqueci de avisar, desculpe. Eu vou sair com o Daniel. — comento, como se não fosse nada demais. Realmente não era nada demais, só que o sorriso largo que minha mãe tinha no rosto, era como se eu tivesse falado que teria um encontro com o meu namorado. — É apenas para que eu saía do tédio, dona Sanders.

— Ah sim. Claro que é. — sua voz tinha um pouco de ironia. — Só não chegue tarde.

— Não vou. — disse sincera. — Até mais tarde. — deposito um beijo na sua bochecha e desço para o andar de baixo.

Quando sai da casa, Daniel já me esperava em frente ao carro com os braços cruzados e seu óculos de sol preto. Sua expressão estava séria, e a jaqueta de couro que ele usava o deixava muito com a impressão de garoto metido badboy. Apesar, que ele era isso mesmo.

— Por que não buzinou? — perguntei, parando na frente dele.

— Primeiramente: Fala baixo por favor.

— Se estava de ressaca, porquê aceitou passar a tarde comigo? — cruzo os braços.

— Não sei. — ele da de ombros, mostrando que realmente hoje não estava ligando pra nada.

— Da pra você se animar um pouco? Se for pra passar a tarde com você totalmente desanimado desse jeito, eu dou meia volta e entro na minha casa.

— Vamos nos divertir muito hoje. — ele força a voz e um sorriso de animação, eu reviro os olhos e dou as costas, caminhando de volta pra minha casa. Não demorou muito para que ele segurasse meu pulso, virei-me para encarar seu rosto e ele tirou o óculos de sol com a outra não, analisando meu rosto com seus olhos claros. — Estou falando sério.

— Se você ficar com deboche, eu vou querer voltar pra casa. — avisei seriamente e ele concordou.

Entramos no carro e já tivemos uma breve discussão sobre ligar o rádio, Daniel acabou ganhando a discussão e o caminho estava bem sem graça sem alguma música pra animar aquele clima.

Eu também poderia puxar algum assunto para tirar aquele silêncio ridículo, mas a minha única idéia até aquele momento, era perguntar como havia sido a festa. Mas repensei bem antes de perguntar, não queria saber sobre as garotas que ele ficou ou ter paciência para que ele se lembrasse do que aconteceu, por com certeza ter terminado a noite bêbado.

— Pra onde você quer ir? — ele pergunta.

— Não faço idéia. Pode ser uma biblioteca. — sugiro calmamente, inclinando um pouco o rosto.

— Nossa! Seria uma tarde bem sem graça.

— Então sugere algo bonitão.

5 PEDIDOS || CONCLUÍDAWo Geschichten leben. Entdecke jetzt