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DANIEL

— Como você ficou sabendo?

— Conheço pessoas daquela escola, Daniel. — contou ela, me olhando com uma cara nada boa. — Eu acabei de sair daqui, você não vai entrar e acabar com o aniversário dela.

— O Liam disse que se eu não contar, ele vai — avisei. — Eu preciso muito falar com ela.

— Você não precisaria se preocupar com nada se tivesse colocado a mão na consciência — lembrou-me zangada. — Eu esperava qualquer coisa de você, qualquer coisa, menos isso.

— Me ofendeu — apontei.

— Dane-se, Daniel. Dane-se — disse pausadamente. — Você não vai entrar lá. Você vai para a sua casa e ignorar se ela te mandar alguma mensagem porque a melhor coisa vai ser ela ficar longe de você.

— Pensei que era a minha amiga.

— Só porque sou a sua amiga não vou passar pano para você e muito menos deixar estragar o dia de alguém com isso — apontou. — Mas apesar que de qualquer forma, contando agora ou não, vai estragar o que vocês iriam ter.

Naquele exato momento, quando Giulia terminou de jogar coisas na minha cara o portão fez o barulho de se abrir. Quando foi aberto vi Angeline saindo de lá com uma cara nada boa.

— O que você está fazendo aqui? — perguntou com a voz fria. — Você não vai falar com a Samantha. Vai embora!

— Angeline...

— Por sua culpa eu vou ter que fazer de tudo para não deixar ela chegar perto do celular e ver o que as pessoas do colégio estão dizendo — disse com raiva. — Tiraram foto da garota saindo do seu quarto logo após o Liam entrar, e eu espero mesmo que ele tenha te dado um soco.

— Eu sei que não deveria ter feito aquilo. Estava com a cabeça completamente em outro lugar — expliquei. — Eu só preciso conversar com ela antes que ela veja alguma coisa. Ela precisa ouvir de mim. Eu preciso muito falar com ela, por favor, me deixe entrar.

— Eu já disse não! — vociferou. — E não ouse tentar ligar para ela ou mandar mensagem, se não eu mesma me prontifico para te dar um soco.

— Daniel, vai embora — suspirou Giulia. — Fica longe da Samantha hoje.

— Me deixem falar com ela, droga! — alterei um pouco a voz. As meninas apenas reviraram os olhos. Giulia deu as costas para mim e caminhou em direção ao seu carro, enquanto Angeline entrou e fechou o portão.

Suspirei e soquei o capô do carro, logo entrando no mesmo e dando partida.

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— Você é o único amigo dele que eu gosto, o resto eu tenho certeza que usa drogas — comentou Gina. — Liam sempre teve dedo podre para amizades, não entendo porquê. Você não usa nada, né querido?

— Não, imagina — respondi depressa, tomando um pouco do chá que ela me serviu. — Inclusive, eu amo chá. Está uma delicia.

— Que b...

— O que você está fazendo aqui? — ouvi a voz de Liam.

— Daniel veio fazer uma visita, querido — Gina sorriu. — Vou deixar vocês sozinhos. Tenho mais quadros para pintar. — avisou, me enviando um beijo no ar quando saiu da cozinha.

— Eu falei para você não falar comigo nem aqui na cidade, é surdo? — perguntou.

— Eu sei que o que eu fiz não foi certo...

5 PEDIDOS || CONCLUÍDAWhere stories live. Discover now