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— Você vai passar o 5 pra esse lado e vai ficar men... Daniel, você tá prestando atenção?

— Você viu que pegaram a roupa do Ivan do vestiário masculino e ele saiu correndo pela escola? — Daniel desvia o olhar do celular com um sorriso e encara meu rosto, que não tinha uma expressão nada legal.

— É, eu vi. — digo tentando não demonstrar interesse, já que eu queria muito rir porque foi definitivamente bem engraçado ver ele tentando correr e segurar a toalha ao mesmo tempo. As garotas com certeza queriam que aquela toalha caísse, mas a dúvida era: ele passaria vergonha e seria lembrado pelo resto da vida, ou as garotas lembrariam disso como se fosse a melhor coisa do mundo? Eca! Imaginar isso é pior do que falar. — Agora presta atenção. Sua prova está chegando e não vai cair questões sobre quem pegou e como pegaram a roupa do Ivan.

— Se caísse seria divertido. — ele disse ainda dando risada, mas ficou sério quando eu arqueei uma sobrancelha e cruzei os braços.

— Já se passaram 30 minutos da nossa aula, e você aprendeu o que?

— Esqueci. — diz fazendo uma careta, que até foi fofa.

— Se estivesse prestando atenção, não esqueceria. — forço um sorriso e ele relaxa na cadeira, soltando uma longa respiração.

— É um tédio tudo isso. — ele comenta, decidido em continuar a dizer sobre a vida dele não ter graça alguma. Eu não queria saber, mas estava tão no tédio quanto ele. — Eu não posso jogar até passar nessa maldita prova. Ficar nessa biblioteca estudando é pior do que não jogar.

— Então começa a ver vídeo aula. — sugiro, fechando os livros, mas a sua mão me impede de continuar.

— Não estou dizendo isso por você. Na verdade, é até divertido ver você perdendo a paciência com a minha falta de atenção. — ele sorri. — Estou dizendo pelo fato de eu não conseguir ficar a vontade nesse lugar.

— Uma pena.

— Vamos estudar na minha casa. A próxima aula. — sugere rapidamente, como se fosse mesmo uma boa ideia.

— Na sua casa? — ele anui. — Eu e você? Mas nem pensar!

— Por que não? — pergunta franzindo a testa.

Porque não.

— Qual é, Samantha. Pensa pelo lado de — ele faz uma pausa, analisando meu rosto calmamente. — se estudarmos na minha casa, vou estar mais a vontade como eu disse e vou prestar mais atenção no que você explicar. Quanto mais rápido eu aprender, mais rápido você se livra de mim.

— Fechado! — disse sem pensar duas vezes. Por certa parte, até que isso era uma coisa bem pensada. Quando eu terminasse com os estudos desse ser humano, pensaria o que eu poderia fazer para sair do tédio. Agora que estou criando novos amigos, até que vou poder chama-los para dar uma volta. — Amanhã, depois da escola vamos pra sua casa. — ele sorriu vitorioso e eu guardei meus livros na bolsa rosa. Me levantei da cadeira de madeira escura, mas antes que pudesse continuar parei para lhe perguntar. — Vai ter alguém na sua casa ou...

— Meus pais estarão trabalhando. Apenas os empregados. — contou tranquilamente. Respirei fundo e concordei com um aceno, pensando pelo lado de que, eu não estaria naquela mansão sozinha com ele. — Eu não mordo, Samantha. — consegui ouvir a sua voz dizer, mesmo distante.

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— E por qual motivo, eu, April Fisher deveria parar de beber? — a garota loira sorriu para mim, enquanto levava o copo de suco com pitadas de álcool até a boca.

5 PEDIDOS || CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora