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O dia de hoje até que não estava tão ruim.

A aula de filosofia foi a única coisa que salvou o dia. Tivemos um ótimo diálogo sobre um filme que a professora havia passado, assim, querendo saber a opinião de todos. Eu fiquei feliz em poder falar tudo o que eu pensava sobre o filme, mas nem todos concordaram com o meu ponto de vista.

Estava saindo da escola, preparada para encontrar o Daniel e irmos para a sua casa. Como não tivemos uma aula ontem, hoje eu teria que rezar para que ele tivesse com vontade de prestar atenção. Não vai demorar muito para que a sua prova venha, e ainda estamos em um assunto que eu já deveria ter terminado há alguns dias.

Antes que eu procurasse o carro do Daniel pelo estacionamento, outra pessoa, em cima do capô de um carro cinza me chamou atenção. Trevor acenou alto, para que eu pudesse vê-lo. Ele estava lá para falar comigo, ele não conhece outra pessoa nessa escola, a não ser eu e o Daniel. Sem ter certeza se o assunto era mesmo comigo, comecei a desviar o meu caminho para aonde ele estava.

— Oi — cumprimentou sorridente. — Como você está?

— Muito bem — respondi, segurando as alças da bolsa que estavam nos meus ombros. —, e você?

— Bem nervoso — ele esfregou as mãos e desceu do capô. — Posso te dar uma carona?

— Por que? — perguntei, franzindo a testa.

— Eu queria falar uma coisa para você. Então eu poderia fazer duas coisas ao mesmo tempo: te levar para casa e conversar. — explicou.

— A carona não vai ser possível hoje. — avisei e ele concordou. — Mas eu ainda gostaria de saber o que tem para me falar.

Ele deu um sorriso nervoso e esfregou as mãos novamente. Eu não estava entendendo porque ele estava tão nervoso daquele jeito, que nem conseguia disfarçar. Ele ficou me olhando por um tempo, e eu estava em silêncio, esperando o que ele tinha para me dizer.

Certa parte do meu pensamento estava rezando para que o Daniel não estivesse vendo que eu estava falando com o Trevor. Conhecendo sua curiosidade, tenho certeza de que ele faria perguntas.

— Eu queria te chamar para sair. — disse, me deixando bem surpresa.

Eu deveria aceitar?

Bem, eu não o conheço. Não posso dizer que seria bom ou ruim. Não posso dar uma redação específica sobre como seria aquele encontro. Até mesmo porque, eu não converso muito com ele quando estou com o grupo todo.

— Sei que você deve estar estranhando — ele continuou. — Eu fiquei com receio de você não aceitar. James me ajudou com alguns conselhos, April também. Percebi que vocês estavam bem amigos e achei que seria legal pedir alguns conselhos. — eu continuei em silêncio, tentando digerir tudo e perceber que eu realmente não estava em um sonho. Então ele completou depressa: — Mas se não quiser aceitar, não se preocupe.

— Eu posso pensar? Mando uma mensagem para você o mais rápido possível. — avisei. Dessa vez, quem estava com um receio era eu.

— Claro. Claro. — ele repetiu, sorridente por não ter levado um não logo de cara. — Vou esperar sua mensagem então.

— Tudo bem. — falei, juntando minhas mãos atrás. Ele deu um último sorriso e caminhou para entrar no seu carro. Assim, acenei e segui para o estacionamento a procura do Daniel.

5 PEDIDOS || CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora