Real e Verdadeiro. - Bônus.

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People, esse capítulo amorzinho é um presente dos dias dos
namorados pra vcs. Me senti tão
romantica hj que acabei escrevendo td isso, beijinhos, aproveitem!


Toquei a campainha do apartamento esperando pacientemente Oliver aparecer. Ultimamente ele estava vivendo mais aqui do que na nossa antiga casa, com a desculpa de que facilitava a vida dele já que era mais perto da Hawthorn.

No fundo eu sabia que era mentira, Oliver também sabia que por mais que a mansão fosse linda, tinha começado com algo errado.

O apartamento de dois andares parecia certo o suficiente para mim.

- Oi, Linda. - Oliver falou assim que abriu a porta me puxando para dentro logo em seguida.

- Linda é? - Sorri enquanto passava os braços ao redor do seu pescoço.  - Temos um Oliver romântico e normal hoje?

Os seus olhos verdes se reviraram de puro tédio antes dele me puxar para ainda mais perto, deixando um beijo gentil e rápido nos meus lábios.

- Se você for engraçadinha de novo, ele desaparece. - Ameaçou me fazendo soltar uma risadinha.

Engatamos uma conversa monótona de como tinha sido o dia de cada um e ele me arrastou até a cozinha, onde me deu uma tigela de salada enquanto terminava de fazer sei lá o quê no fogão. Como quase todas as vezes que estávamos em casa, Oliver estava sem camisa e eu me vi encarando suas tatuagens mais uma vez. Aparentemente cada marca em sua pele tinha um significado de muito valor, e era o que o fazia ficar ainda mais atraente.

Oliver era cheio de significado.

- Você tatuaria meu nome? - Perguntei curiosa enquanto ele estava de costas.

Sua postura ficou rígida imediatamente me fazendo ficar confusa, eu tinha dito algo errado?

- Você tatuaria o meu? - Ele recuperou a postura rapidamente, virando para me encarar com diversão.

- Acho que não. - Dei ombros sendo sincera. - E você?

- Não exatamente seu nome, mas eu tatuaria algo que me lembrasse você. - Ele deu ombros igual a mim.

- Você é mesmo o mais apaixonado da relação.

Zombei dando uma garfada na salada. Um pano de pratos foi jogado violentamente no meu rosto e eu ri, jogando de volta.


- Madson e aquele cara seu amigo terminaram. - Oliver comentou. - Ele deve ter recuperado o juízo.

Senti meu coração pesar assim que ele falou de Brady. Apesar de tudo, eu tinha errado muito com ele. Nós dois deixamos de nos falar e eu simplesmente o excluí da minha vida por estar ocupada demais com os meus problema.

- Madson vai mesmo voltar para o Japão? - Arrisquei perguntar sabendo da raiva que Oliver nutria por ela.

- Felizmente sim. - Ele resmungou. - Não aguento mais a pirralha atrás de mim. 

Dei uma risada baixa quando vi a carranca na testa dele. Eu ainda não conseguia acreditar como tinha me apaixonado por um homem tão rabugento e grosseiro.

Lembro do dia em que estávamos na nossa suposta lua de mel e demos o nosso primeiro beijo depois de uma conversa que meu fez lembrar de Brian. Naqueles tempos eu não imaginava o quão era sortuda por encontrar algo que eu tinha certeza que nem todo mundo tinha a chance de ter, um amor verdadeiro.

Achei que não conseguiria confiar mais em nenhum cara depois de ter minha cabeça enfeitada de chifres daquele jeito, mas eu confiava em Oliver, e pouco a pouco via a sua confiança crescer em mim. Ele era um cara que tinha passado metade da sua vida sozinho, e eu não podia exigir muita coisa, já que ele também não exigia de mim.

Eu era muito nova para saber na época, e com certeza as coisas foram dez mil vezes mais complicadas comigo do que qualquer pessoa, mas não restavam dúvidas de que Oliver Wado era o amor da minha vida. De todos os caras que gostei, de todo o amor que eu sentia por Brian, era tudo mil vezes superior com ele.

- No que você está pensando? - Ele perguntou colocando um prato elaborado na minha frente, se livrando da tigela de salada.

- No quanto amo você. - Falei instantânea e pela segunda vez na noite, seus ombros ficaram rígidos de tensão.

- Sei o quanto é caidinha por mim. - Ele sacaneou. - Percebi isso ontem quando você estava ajoelhada na minha frente.

A minha boca se abriu em puro espanto e eu agarrei uma maçã, acertando em cheio o seu peito.

- Você é um imbecil. - Falei olhando para o prato envergonhada.

Ele riu e contornou o balcão, me tirando da cadeira alta que eu estava para se sentar e me colocar no colo em seguida.

- Vamos comer colados igual casais cafonas? - Perguntei passando o braço pelo seu pescoço.

- Lide com isso. - Ele respondeu indiferente, enchendo o garfo da comida que tinha preparado e colocando na minha boca sem quase nenhuma delicadeza.

O gosto do queijo e de sei lá o quê ele tinha colocado me fez arregalar os olhos. A comida estava simplesmente maravilhosa, roubei o garfo da sua mão e continuei comendo sem sequer esperar quem tinha feito essa comida deliciosa.

- Uau, amor, a porcelana não se come.  - Debochou assim que terminei de comer.

- Você sabe cozinhar desde quando? - Perguntei ignorando sua provocação.

- Quando minha mãe ficou doente tive que aprender a fazer algumas coisas para nós dois. - Ele descansou a mão na minha perna. - Meu pai estava ocupado demais com a nova família dele e não queria um escândalo sobre antiga, por isso não contratou ninguém para ajudar. Minha mãe se recusou a receber uma quantia de dinheiro do meu pai todo mês, ela dizia que se sentia comprada.

Seu tom de voz ficou mais baixo e eu percebi que era um assunto delicado. Oliver era jovem demais quando isso tudo aconteceu e teve que lidar com tudo isso sozinho.

- Tive que ver ela morrendo. Nós não tinhamos nenhum parente além de uma tia minha que vinha para nossa casa uma vez por semana. Minha mãe era louca, ela sabia que iria morrer e não se mostrava nem um pouco abalada por isso. - Ele parou de falar de repente, abrindo um sorriso. - Ela me deu a minha primeira cerveja, sabia?

- Com cartoze anos? - Perguntei espantada e ele riu assentindo.

- Ela disse que não estaria aqui quando eu tivesse idade o suficiente para beber e que uma cerveja só não ia me fazer tão mal quanto todo mundo dizia. Naquele dia foi a primeira vez que eu pensei que ela ia morrer. Mas minha mãe sempre foi feita de aço, nós ficamos juntos até as férias do ano que eu e você nos conhecemos.

De repente senti o maior remorso do mundo. Eu sabia que não era minha culpa ter esquecido tudo, mas eu daria um rim para lembrar das coisas que eu tinha visto antes.

- Eu conheci ela? - arrisquei perguntar.

- Não. Mas vocês iriam se adorar caso se conhecessem. - Ele falou acariciando meu rosto.

Me reconstei no seu toque de uma forma carente. Oliver estava quente como sempre me fazendo me aconchegar ainda mais nele. Os braços de Oliver estavam me mantendo firme em seu colo e como dando a conversa por encerrada, ele abaixou a cabeça e pressionou a boca contra minha.

Ele me beijou lentamente, como se nós dois tivéssemos todo o tempo do mundo. Ele mordeu meu lábio inferior fazendo meu corpo ficar em chamas rapidamente. Eu tinha certeza que ele tinha percebido já que sorriu entre o beijo me fazendo ter vontade de estapea- ló por me conhecer tão bem.

Ele se afastou olhando para mim com os lábios inchados do beijo por um segundo e a expressão dele era matadora.

- Lá para cima? - Ele perguntou me fazendo assentir.

E foi uma das milhares noites que eu não consegui dormir antes das três da manhã.



AMO VCS!!!!!!

Contrato EscarlateOnde as histórias ganham vida. Descobre agora