GATA SELVAGEM

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Mamãe sai da cozinha quando entro na sala.

– Pensei que iria voltar para casa mais cedo.

Aproveitei que estava lá e fiz algumas coisas no jardim, já que voltarei lá só na segunda-feira.

– Seu pai deve estar chegando, vamos almoçar todos juntos.

– Está bem, mãe. – Dou-lhe uma beijo na testa e vou para o meu quarto.

Me jogo na cama e coloco os braços cruzados debaixo da cabeça. As lembranças do que eu e Nik fizemos me fazem sorri. Não sou mais virgem e para ser ainda melhor; perdi a virgindade com a mulher mais gata que eu já vi. Val entra sem bater na porta e pula em cima de mim como se fosse uma cãozinho de estimação.

– Senti sua falta. – Ela me beija a bochecha e se deita ao meu lado. – Como foi a festa, teve muitas pessoas bonitas?

– Sim, todas as mulheres eram lindas.

– E os homens?

– Os homens tinham cara de salsinha cozida.

– Mentira, seu chato. – Val me faz cosquinhas, depois fica debruçada em meu peito e olha o meu rosto. – Você está diferente, o que aconteceu?

– Diferente como?

– Não sei, mas alguma coisa aconteceu.

– Não aconteceu nada. – Me levanto e ela fica na cama me observando.

Tiro minha camisa e troco por outra.

– O Theo ligou ontem à noite, ele disse que uma banda irá tocar na lanchonete hoje, ele pediu para te avisar.

– Banda na lanchonete?

– Diz ele que foi ideia do seu pai para chamar a atenção dos jovens.

– Mas lá é muito pequeno para isso.

– A banda irá tocar do lado de fora da lanchonete, eles querem aproveitar aquele espaço ao lado da lanchonete. Vai ser muito legal, Ben, vamos!

– Vamos? Você quer ir comigo?

– Quero, estou precisando sair um pouco, mas o papai nunca deixa, mas se eu for com você, ele não tem como não deixar. – Ela se levanta e se pendura no meu pescoço. – Vamos maninho, por favor me leve para passear um pouquinho.

– Está bem, nós vamos, – Ela me beija as bochechas – mas só vou sair dessa casa quando eu terminar o meu trabalho de química, então caia fora do meu quarto gatinha. – Dou um tapinha em sua bunda quando ela sai correndo em direção a porta sorrindo.

Adoro ver minha irmãzinha feliz.

Pego minha mochila e coloco tudo que vou precisar sobre a cama, mas antes de começar a escrever, mamãe me grita. Sentamos todos a mesa e meu pai como sempre está de cara fechada. Não consigo entender como uma homem pode viver tão mal humorado ao lado de uma mulher tão dócil como minha mãe. Almoçamos em paz e antes de sair da mesa, meu pai diz que eu devo passar o dinheiro da compra do mês para minha mãe no máximo até terça-feira. Volto para o quarto e dou atenção ao meu trabalho, mas as lembranças dos momentos íntimos com Nik não me deixa concentrar. Sua boca macia, o cheiro de sua pele e aqueles cabelos negros e macios. Aquela boquinha linda e safada, sua voz ainda está tão nítida em minha cabeça. Pisco os olhos e tento desfazer o sorriso bobo ao me lembrar o quanto foi incrível quando gozei pela primeira vez dentro dela. Meu pênis está acordado e faz um baita volume em minha calça. Algumas horas depois, do jeito que deu, lutando contra as lembranças, consigo terminar o trabalho, assino o meu nome e deixo o espaço para Darla assinar o seu. Val entra com um copo enorme de vitamina e me entrega sorrindo.

O APRENDIZOnde histórias criam vida. Descubra agora