PUTA SEM CARÁTER

119 22 0
                                    

Nik me acorda carinhosamente e escutar sua voz tão doce me faz pensar que estou sonhando. Tomamos banho juntos, depois descemos e tomamos o café da manhã. Ela está linda com uma calça preta justa, saltos altos, uma camisa branca de botões e alguns deles estão abertos deixando uma parte de seus seios à mostra. Nik me deixa na porta da escola e pela primeira vez desde sexta-feira não sei como devo reagir. Ela sorri de lado e percebendo minha situação fecha os vidros do carro e se aproxima para darmos um beijo de despedida em seguida fala:

– Boa sorte com a Darla.

– Obrigada. – Continuo com o beijo, não quero que ele termine, mas daí me lembro de Darla. – Meu Deus, me esqueci completamente da Darla. Eu não liguei sexta-feira e o nosso encontro nem passou pela minha cabeça.

– Desculpe, a culpa foi minha.

Coloco meus dedos em seus cabelos e digo:

– Não se desculpe, você não tem nada a ver com isso.

– Tenho sim, foi eu que te prendi lá em casa durante todo o final de semana.

– Eu faria tudo de novo se fosse possível. Com você eu ficaria preso naquela casa durante a semana inteira, ou melhor, um mês. Não um ano ou até mais.

Nik me presenteia com seu lindo sorriso e me beija com seus lábios macios, enquanto sua mão acaricia meus cabelos.

– Vai logo ou você irá se atrasar.

Desço do carro e entro na escola. Me apresso indo direto para a sala de aula e do contrário de todos os dias, me sento nos fundos. Darla entra e se encaminha para o seu lugar de sempre me encarando, em seu olhar vejo raiva e surpresa.

– O que é que você está fazendo sentado aqui?

– Eu quero ficar perto de você.

– Já eu quero você o mais longe possível de mim, então volte para o seu lugar, agora.

– Me desculpe, por favor, por ter furado com você.

– Benjamin, olha bem para a minha cara, acha mesmo que eu me importo por você não ter me ligado? Se for por isso que você está aqui pode voltar lá pra frente, pois eu não estou nem aí para você.

– Preciso me sentar aqui, porque amanhã já é o dia da prova e se eu deixar para sentar aqui só amanhã, a professora pode desconfiar.

– Você está querendo dizer que vai deixar eu colar de você?

– Sim, é o mínimo que eu posso fazer, já que não temos mais tempo para estudarmos juntos.

Ela se senta ao meu lado e não diz mais nada.

Depois da aula volto direto para casa. Mamãe se preocupa por eu ter passado o final de semana trabalhando, mas depois que eu digo que foi tranquilo e que passei mais tempo no quarto dos empregados estudando do que trabalhando, ela fica mais tranquila, ainda mais quando falo que hoje não preciso ir. Val invade meu quarto e falamos sobre qualquer coisa, menos de Theo. Passo o dia estudando e as vezes desenhando. À noite meu pai quer saber se eu estava trabalhando mesmo ou na vagabundagem. Ele diz que só irá acreditar quando eu lhe passar o dinheiro.

Darla senta ao meu lado, mas não me cumprimenta, a professora começa a distribuir a prova e antes que ela chegue em nós, digo cochichando:

– Não assine a prova por enquanto.

– E por que não? – ela também cochicha.

– Você vai entender. Mantenha a calma e não tente olhar a minha prova antes que eu termine, entendeu?

O APRENDIZTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang