dezesseis

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ITÁLIA, SICÍLIA

VALENTINA MONTANARI

NOVE ANOS ATRÁS.

Depois de tudo que ocorreu no café da manhã as coisas ficaram melhores. Meus pais conversaram com Petrus normalmente enquanto eu estava explodindo de felicidade por dentro. 

Agora nada podia nos atrapalhar e podíamos aproveitar um ao outro.

Hoje está um sábado lindíssimo. Não vejo a hora de sair com ele e podermos ficar sozinhos, depois de uma semana sem o ver, quero poder se aproveitar daquela boquinha linda que ele tem. 

Depois de uma longa conversa com meu pai, ele finalmente foi liberado e assim podemos sair

Enquanto andamos em direção ao carro, alguns seguranças nos olham, inclusive Pierre, e seu olhar transmite algo que não gosto nenhum pouco, mas resolvo ignorar.

Vejo um porsche 911 prata estacionado na porta, e porra, eu simplesmente sou apaixonada nesse carro. A potência do motor é incrível, são mais de 400 Kw. Já pedi um desses a meu pai um milhão de vezes mas ele nunca me deu porque minha mãe nunca permitiu. Uma pena.

— Me deixa levar, por favor? — peço a ele com a melhor cara de pidona que sei fazer. Ele me encara analisando meu rosto.

— Deixa eu pensar se você merece... — ele fala colocando a mão em seu rosto fazendo uma cara de pensativo mas logo em seguida me passa a chave e eu dou um gritinho de alegria pulando em seu colo, ele me segura quase caindo pra trás. 

Olho em seus olhos e beijo sua boca, é tão bom poder fazer isso assim. Em público.

— Obrigada amore, meu sonho dirigir uma belezinha dessa. — falo enquanto desço de seu colo e dou a volta no carro indo para o banco do motorista.

Ao ligar o motor sinto uma excitação incrível. 

A sensação de poder por as mãos nesse carro é demais. Acelero e puta merda, que maravilha.

Quando saímos da mansão posso sentir realmente a potência do carro, me divirto com a adrenalina que tô sentindo ao ver a velocidade que estou.

— Vamos com calma Piccola, não quero morrer agora. — ele fala em um tom divertido.

— Você com medo... Que surpresa senhor Forchhammer. — falo enquanto dou uma rápida olhada para ele e logo depois volto minha atenção para a pista. Não posso perder o foco.

— Todo homem tem medo de algo... — ele diz, agora em tom mais sério, como se estivesse pensando em algo.

— Profundo... Você não disse para onde vamos. — digo com a intenção de fazê-lo dizer. 

— Siga as minhas coordenadas que logo chegaremos. — ele fala sendo misterioso com o local que iremos. 

— Ok, senhor misterioso! — falo quando olho para ele por cima dos óculos escuros. 

Sigo todas as suas coordenadas até chegarmos na praia de Mondello, uma das mais lindas daqui, sou simplesmente apaixonada por ela. 

— Por que você não disse que viríamos para a praia? Eu teria colocado um biquíni. — digo um pouco chateada, faz tanto tempo que não vou a praia, seria um ótimo momento para aproveitar esse verão incrível.

— Não vamos ficar aqui, vamos para outro lugar, lá deve ter algum biquíni que sirva em ti. Vamos? — ele fala, me puxando para fora do carro e me levando por um caminho que não conheço, até chegarmos em um píer onde andamos até um iate, e nossa, que iate. 

Não tinha ninguém para dirigir, então pude presumir que ele mesmo ia nos levar ao tal destino. 

Ele tirou o barco da âncora e me ajudou a entrar, e se colocou no lugar do motorista. 

Senti quando ele ligou o motor e me olhou por cima de seus óculos escuros, eu pudia sentir a radiação passada através deles. 

Sai de perto dele e fui para frente do barco, pude sentir seu olhar ainda preso em mim. 

Quando ele acelerou mais, pude sentir uma liberdade incrível ao ver aquele mar tão imenso e lindo na minha frente. Uma sensação maravilhosa. 

Passamos cerca de 15 minutos no mar até eu avistar uma casa de praia nenhum pouco estranha.

Só poderíamos estar indo para lá, afinal, ele estava indo nessa direção. 

Ao pararmos na frente dela pude a admirar mais ainda, dava pra ver daqui toda a decoração luxuosa e pude perceber que estamos sozinhos. Sem ninguém. 

Ele me ajuda a descer, e me segurando pela cintura me guia até a casa.

— O que você acha dessa propriedade? É da minha família já faz alguns anos, quis passar um dia longe do mundo com você aqui... — diz, beijando minha mandíbula e subindo até minha orelha sussurrando a última parte.

— Acho que já vim aqui quando era mais nova, não me recordo muito, mas é maravilhosa — falo, virando de frente pra ele, agarrando seu pescoço e o beijando novamente, agora do jeito que eu quero. 

Ele me empurra na parede, me prensando nela. 

Nosso beijo fica mais necessitado e posso sentir quando ele faz impulso para mim subir em seu colo, e eu aceito de bom grado. 

E ali, naquele momento, ele me tocou de uma forma de ninguém nunca tinha feito, e meu Deus, eu gostei demais.

FRAGILE | ✓Where stories live. Discover now