trinta e um

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ITÁLIA, PALERMO

VALENTINA MONTANARI

ATUALMENTE.

Quando meu pai faleceu as coisas não foram fáceis, não iria conseguir ser respeitada dentro da cosa nostra se não fosse casada, primeiro por ser muito jovem e segundo por ser mulher

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Quando meu pai faleceu as coisas não foram fáceis, não iria conseguir ser respeitada dentro da cosa nostra se não fosse casada, primeiro por ser muito jovem e segundo por ser mulher.

Eu era a primeira mulher depois de décadas a ocupar esse lugar e os capos não estavam concordando comigo dentro. Foram contra e tentaram de todas as formas me tirarem do poder, afinal, para eles, eu era frágil, eu era fácil de ser destruída.

Os capos não teriam poder algum sobre mim, se fosse só um, mas os filhos da puta se reuniram para tentar acabar comigo.

Sabiam que eu tinha perdido meu noivo a pouco tempo e que eu ainda era apaixonada por ele.

Sabiam disso. Sabiam que que não ia aceitar um absurdo desses. Mas fizeram. Me deram o ultimato.

Eu só podia assumir meu cargo se fosse casada, e com alguém de dentro.

Eu entrei em desespero, eu não sabia o que fazer. Não queria entrar em um casamento, me relacionar com alguém, não queria nada disso.

Foi aí, que surgiu a ideia mais louca da minha vida. Pensei em Adam, ele seria o par perfeito, não iria querer relações sexuais comigo, nem nenhum sentimento. Juntos, poderíamos acabar com o filho da puta.

Mas ele não aceitou. Infelizmente.

Ele afirmou que não iria fazer isso com a memória de seu irmão, perante a máfia, isso seria uma traição. Uma traição a família e ao sangue. E eu o entendi.

Mas quem poderia aceitar um casamento de fachada comigo? Desde muito jovem todos os homens da máfia queriam me ter, e eu sei que seria no sentido real.

Nenhum homem iria querer se casar comigo sem ter algum tipo de relação. Mas eu precisava de algum.

Eu precisava de alguém que aceitasse as minhas condições com urgência.

Foi quando ele surgiu.

Giovanni Vitali.

Um cara respeitado, que também tinha perdido o pai a pouco tempo.

Ouvi meu pai falar algumas vezes dele. Sempre fazia elogios a família e então eu pensei, por que não? Talvez ele aceitasse minha proposta, sua máfia ia se tornar mais poderosa, ele teria mais dinheiro, mais negócios e principalmente, a mim do seu lado. O don da cosa nostra.

Ele tinha posses, dono de uma empresa de engenharia, muito conhecida, ele era um verdadeiro playboy na vista dos civis, tudo que eu precisava para minha imagem.

FRAGILE | ✓Where stories live. Discover now