setenta e oito

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ITÁLIA, PALERMO

VALENTINA MONTANARI

ATUALMENTE.

"Porque se eu te quero, eu te quero, amor
Não vou recuar (recuar), não vou pedir espaço
Porque espaço é apenas uma palavra
Inventada por alguém que tinha medo de ficar muito perto..."

Nick Jonas feat tove lo | close.

Me olho no espelho pela milésima vez, nada que eu coloco parece ficar bom, também, eu não tenho uma roupa que não seja no tom preto. Preciso renovar meu guarda roupa com urgência.

Agora estou com um vestido curto, rodado na saia e apertado no busto. Também não gostei muito desse, vou até o guarda roupa novamente atrás de outro.

— Valentina? — escuto dona Antonieta me chamar e logo depois aparecer na minha frente. — Como você está linda! — ela diz sorrindo pra mim. — Petrus está lá embaixo te esperando.

— Eu sei... O problema é que não encontro uma roupa boa! — falo nervosa enquanto olho os poucos vestidos que tenho aqui.

— Valentina... Você está linda! Você só está nervosa porque vai sair com ele... — ela diz se aproximando de mim. — E você não tem ideia de como estou feliz com isso. Ver você assim, feliz, me deixa em paz, me faz lembrar daquela garota de anos atrás. — toca em meu rosto. — Se você não descer agora, vão se atrasar para o jantar. — diz, tentando me fazer ir com essa roupa.

Me olho novamente no espelho. Eu realmente estou bem. É só nervosismo, apenas.

— Você está certa... Vou descer, não quero fazer ele desistir. — falo pegando minha bolsa em cima da mesinha.

— Se tem uma coisa que ele não vai fazer é desistir de você. — ela diz me abraçando. — Fica calma! — conclui beijando minha testa.

Desde a morte de minha mãe, ela está sendo um porto seguro.

— Você está certa... — falo saindo do quarto e descendo as escadas.

O vejo de costas olhando a vista da cidade. Com um terno azul escuro todo alinhado, contrastando com sua pele clara. Eu o amo tanto que chega ser um sonho o ver assim, me esperando. Pronto pra mim.

— Oi... — falo descendo o último degrau.

Ele se vira na minha direção, colocando a mão no bolso de sua calça.

— Oi... Você está perfeita! — ele diz se aproximando de mim. — Nunca vi algo tão belo assim na minha vida. — toca em meu rosto, me deixando nervosa.

— Você também não está nada mal... — falo me aproximando de seu rosto e beijando seus lábios. — Vamos? Estou morrendo de fome. — tento descontrair um pouco.

— Vamos... — ele diz me dando espaço para ir na frente.

Eu realmente estou muito nervosa com esse jantar, primeiro porque faz anos que eu não saio para fazer passeios como esse. E segundo, porque é com ele, e eu sinceramente tenho medo da sua nova versão não gostar de mim.

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