cinquenta e seis

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MÉXICO, MONTERREY

VALENTINA MONTANARI

ATUALMENTE.

Saio de casa sem dizer a Giovanini pra onde estava indo, eu realmente estou apostando tudo em Adam, estou confiando nele.

A viagem até o México foi rápida, escolhi alguns poucos homens, que nem se quer sabem quem iremos pegar. Não podia deixar claro isso. Se eu ainda tiver algum traidor dentro, não poderia deixa-los saber o que eu estava indo fazer.

Observo a cidade de Monterrey, uma das mais bonitas do país, vim aqui uma vez a uns anos atrás, quando o México ainda fazia parte da cosa nostra.

Meus homens estão indo em direção ao hotel que Maltino está hospedado. Eu espero de verdade conseguir por as mãos nele. Eu sei que ele sabe de tudo. Tanta gente já foi prejudicada e morta, acho que chegou a vez dele.

Pego minha arma colocando as balas. Tão linda, me faz me lembrar de quando meu pai a me deu... Sinto tanta saudades dele. Talvez se ele estivesse vivo já tivesse pego o traidor. A muito tempo.

Sinto o carro parar de se movimentar. Isso significa que chegamos. Está na hora de Valentina Montanari entrar em ação.

Desço do carro junto com meus homens. Faço um sinal com as mãos para eles se espalharem ao redor do hotel, enquanto eu entro com quatro homens comigo.

— Boa noite! Queria saber se tem algum Enrico Maltino hospedado aqui. — pergunto ao recepcionista que aparenta está muito nervoso.

Eu nem deveria fazer essa abordagem, mas é divertido.

Gosto de dá a chance dos ratos fugirem.

— Boa noite! Eu não posso passar informações sobre nenhum hóspede senhorita... — ele diz olha de mim para meus seguranças logo atrás. Solto um sorriso sarcástico.

— Ah, é mesmo? Bom saber... Mas você não tem como da um jeitinho mesmo? — Coloco minha arma em cima do balcão dando a ele claramente a visão dela. Ele fica pálido quando a ver.

— É... Eu posso verificar sim. — fala enquanto digita algo no computador. — Quarto 232 senhorita. — Me entrega as chaves logo em seguida.

— Obrigada! Espero que você finja ser cego para o que vai acontecer Aqui... Caso contrário... — falo já saindo de seu campo de visão e indo em direção ao elevador.

×××

Já em frente ao quarto olho para meus seguranças que também me olham.

— O que vocês estão esperando pra abrir esse merda? — pergunto. Eles não exitam em fazê-lo assim que eu falo.

Já adentramos o quarto com as armas em punho. Quarto vazio. Mas uma porta está trancada, suponho ser a do banheiro. Peço aos meus para seguir até ela e abri-la.

Observo todo local e está nítido que tem alguém hospedado aqui, espero que seja ele.

Quando viro em direção a porta do banheiro meus seguranças saem com um Maltino de toalha. Chega a ser engraçado. Finalmente.

— Como vai Maltino? Estava ansiando por esse encontro. — falo indo me sentar na cama de frente pra ele. — Seus trajes são um tanto incomuns amigo... — ele me olha sem demonstrar nada.

— Você finalmente me encontrou né mesmo? Até que foi devagar... — Seu sorriso me diz que isso vai ser difícil. — Posso colocar uma roupa pelo menos? Ou você quer ver meu corpinho? Não me importo de mostrar pra você. — fala querendo avançar em minha direção. Os seguranças o prendem no lugar.

— Foi um processo lento mesmo... Mas te garanto que agora nosso momento juntos será longo. Vai ser divertido matar você lentamente. — Meu sorriso cresce ao ver sua cara assustada. — Ah, pode por uma roupa. Iremos viajar. Não gosto desse país de merda. — Saio do quarto esperando-o fora.

Aproveito para enviar uma mensagem para Adam confirmando que agora estou com Maltino em mãos e tudo será explicado facilmente.

Como não obtive nenhuma resposta vinda dele espero no carro e alguns minutos depois vejo Maltino e os seguranças saindo em direção ao o outro carro atrás.

×××

A viagem até Itália foi calma e eu sinceramente estou ansiosa para chegar no sub10. Irei descobrir ainda hoje quem é o filho da puta que está por trás de toda a desgraça na minha vida. E aí sim, o jogo finalmente sairá do pausa. Porque pareço está vivendo em jogo pausado. Mas isso será mudado. Assim espero.

Quando entramos no prédio, os seguranças o levam direto para a sala de tortura e eu sigo para meu escritório junto com Derek na minha cola.

— Finalmente senhora! Agora descobriremos quem é o tal traidor. — ele diz com expectativa.

— Sim Derek. Finalmente. — Falo ao me sentar em minha cadeira. Preciso entrar em contato com Adam. Com urgência. Ele precisa está aqui. — Você pode me deixar a sós agora? — falo e ele acena saindo.

Manda várias mensagens para ele, mas nenhuma é respondida. Inferno!

— ONDE CARALHO VOCÊ ESTAVA QUE NÃO PODIA ATENDER ESSA MERDA? — Giovanni entra na minha sala sem sequer bater na porta achando que pode falar comigo nesse tom.

— Primeiro, abaixe seu tom de voz! Você não está falando com sua mãe aqui. E outra, já disse que eu não tenho tempo para suas lamúrias Vitali. — Me levanto indo em sua direção. — Cuidado com a forma de falar maridinho... — ele sorrir falsamente. Ridículo.

Me pergunto o que eu pensei ao achar que ele tinha algo de Petrus. Estava muita chapada mesmo.

— Custava atender o celular? Eu estava preocupado. — fala dando mais um passo em minha direção, que eu desvio saindo de perto dele.

— Tenho coisas para fazer... Já viu que estou viva? Pode ir embora agora! — ele me olha com um olhar de interrogação.

— Pensei que você fosse pra casa... O que você vai fazer agora? — Seu olhar é curioso.

— Peguei Maltino e finalmente descobrirei quem é o filho da puta que começou com tudo isso. — Seu semblante muda. E eu não gosto do que vejo. — O que foi? — pergunto. Ele me olha sem falar nada indo em direção a parede de vidro.

— Que bom que finalmente o pegou. Ele só vai confirmar o que eu já sei. Adam é o culpado de tudo! — ele fala agora olhando em meus olhos. Não gosto dessa afirmação dele. E sei que Maltino não irá confirmar nada disso.

— Pode ser qualquer pessoa... Menos Adam! — Falo abrindo a porta da sala. — Espero que quando eu voltar você não esteja mais aqui.

Saio da sala deixando um Giovanni Vitali nervoso pra trás. Isso me intriga. Mas não me faz pensar no que é óbvio.

FRAGILE | ✓Where stories live. Discover now