Capítulo 1

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  Não havia muito o que fazer

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Não havia muito o que fazer. Minha mãe precisava viajar a trabalho e sei que isso demoraria muito tempo. A ideia de morar com meu pai não era bem o que estava planejando. Mudar de escola, largar os amigos e começar de novo. Meu pai é basicamente um cretino. Mal nos vemos e ele acha que apenas encher a droga da minha conta bancária faz dele um pai excelente, mas não é bem assim.

– Pegou tudo filha? — minha mãe estava me ajudando com a mala.

– Acho que sim. Por hora não lembro de nada que esteja esquecendo. — olhei bem a minha volta analisando para ter certeza de que peguei tudo.

— Vai ficar bem, não é? — ela segurou as minhas duas mãos. Ao contrário de Richard Stendall, meu pai imprestável, minha mãe sempre preocupou comigo. Trabalhou muito para me dar sempre do melhor, hoje vivemos uma vida tranquila, claro que meu pai vive muito melhor. Jatinhos e carros de luxo é algo que faz parte da rotina dele.

— Vou sim mamãe. Não se preocupe comigo, preocupe apenas em fazer um trabalho extraordinário. — coloquei uma mecha ruiva de seu cabelo atrás da orelha. Felizmente a minha aparência se parecia mais com a minha mãe, olhos verdes e cabelos ruivos.

Ela me levou até o aeroporto no seu Mercedes novo. Eu sabia que a despedida seria difícil, só não imaginei que seria tanto. Minha mãe e eu estávamos sempre juntas e agora ela tinha que trabalhar na Europa durante um tempo indeterminado, o trabalho aumentara desde que ela subiu de cargo na empresa Castilho. Evitei ao máximo olhar para trás, odeio despedidas. Fiz meu check-in. Faltava um tempo para meu embarque. Peguei meu celular e fiquei mexendo no Instagram enquanto aguardava, até de repente aparecer uma foto do meu pai, acompanhado de uma modelo. A legenda dizia: Empresário Stendall assume romance com modelo Vitória Audrey.
Era só o que meu faltava, meu pai namorando. Ele parece um velho perto dela. Deveria procurar alguém da idade dele.

Finalmente o meu embarque foi chamado. Me dirigi até o portão 5005 e depois de apresentar os documentos necessários, entrei no avião e guardei a mala no compartimento de cima. Finalmente. Sei que da Flórida até Lós Angeles são mais de quatro horas de avião. Fiquei feliz por lembrar de trazer o fone, provavelmente iria passar duas horas escutando musica e duas horas dormindo, o que é bem minha especialidade.

_**_

Acordei com a comissária de bordo me chamando.

— Senhorita, já chegamos! — sua voz doce e preparada conseguiu diminuir o meu mau humor sempre que acordo.

— Ah sim! Obrigada. — lhe agradeci por me acordar, tentando ser o mais gentil possível. Gentileza não é bem o meu forte quando desperto.

Peguei a minha mala e deixei o avião. Meus pés finalmente estão tocando o chão de Los Angeles. Esfreguei bastante os olhos tentando fazer ir embora qualquer vestígio de sono. Quando saí de dentro do aeroporto, chamei um táxi. O motorista era um velhinho que parecia ser gente boa. Fui até a mensagem que meu pai havia me mandado o endereço e mostrei a ele.

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