Depois de ver a cena inadequada de Christian, fiquei até uma hora da manhã com Chelsea no Room's. O dono de lá deixou a gente ficar até depois do horário por que ele tinha que arrumar algumas caixas de mercadorias no depósito e iria demorar. Acabei dormindo na casa de Chelsea. De manhã, acordei cedo e ela me levou de volta até em casa para que eu pudesse tomar um banho e me arrumar para a escola.
Assim que entrei pela porta principal, me certifiquei de que não havia ninguém ali ainda. Devo estar horrível, não tomei banho ainda e dormi muito pouco já que fui dormir tarde e acordei cedo. Estava prestes a subir a escada, mas ao ouvir um comentário, parei.
– Olha... Pelo visto ela não é tão certinha assim. Chegando a essa hora depois de ter passado a noite na casa de Becky. – era Christian. Ele estava com uma calça de moletom e uma blusa preta.
– Não enche. – Subi um degrau, mas ele não parou por ali.
– O que o seu paizinho vai achar da filhinha dele se perdendo e chegando no outro dia? – ele tentou me ameaçar, estava cheio de si. Queria quebrar aquele sorrisinho dele. Já que não pode ser com um soco, vou tentar com as palavras. Desci o degrau que havia acabado de subir e me aproximei daquele rostinho bonito.
– Sabe como é, direi a ele a verdade. Cheguei em casa e peguei o filho da namoradinha dele, trepando com uma garota qualquer. – pensei que isso iria deixá-lo sem graça, mas não.
– Então ficou me vendo trepar no sofá ontem? – ele se aproximou tanto que senti minhas costas se encostar no corrimão da escada. Seu sorriso malicioso e aquela aproximação me deixou nervosa.
– Era impossível não ver, qualquer um poderia vê-los. – o nervosismo ficou evidente nas minhas palavras.
– Apreciou bem o que viu? – aquela imagem perturbadora passou na minha cabeça e desejei nunca ter visto ela. Não deu para ver nada com detalhes.
– O quê? Está maluco? Não sou tarada. – o empurrei com a mão direita.
– Por que simplesmente não subiu ao invés de dormir fora? – ele falou sem brincadeira dessa vez.
– Queria evitar um constrangimento. – fui sincera. Tinha pavor de ficar em situações constrangedoras. Eu sempre fico sem saber o que dizer ou o que fazer.
– Nem iríamos ver você subindo as escadas. Vai por mim... – ele me olhou com um tom sério, mas não sério demais. – Desculpe por isso... Vou tentar levar a diversão para o meu quarto ao invés da sala.
– Não tem que pedir desculpas, a casa é sua. – isso era verdade. Quis matar meu pai nesse segundo. Por que se eu estivesse na minha casa com certeza eu poderia ter expulsado eles do sofá.
– É, mas... você não é obrigada a ver isso. – eu sempre ficava indignada com a mudança de humor dele.
– Tudo bem. Já foi. – tentei amenizar aquele clima.
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Mesma Sintonia
RomanceHeader vivia a sua típica vida adolescente, sem muitas emoções, na Flórida, junto à sua mãe. As circunstâncias a obriga ir morar com o pai em Los Angeles, um empresário renomado. Ele, no entanto, está namorando uma modelo muito famosa e que tem um f...