"Afinal, namorados servem para quê?"

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Quando a música parou, Junhui apenas bateu palmas, com a boca tão aberta que poderia ter uma queinbrã no maxilar. Minghao corado, pelo cansaço e pela ação de Jun apenas se sentou ao seu lado.

─ Aquele almoço não vai sair barato.

[Presente]

Finalmente, foram concedidos aos estudantes dez minutos de pausa e Minghao aproveitou-os para ficar com Jun. Pegou na sua garrafa de água e sentou-se, ofegante, ao lado do mais velho. Olhou na sua direção e não pôde evitar sorrir radiante. Até com todas aquelas marcas mal saradas do acidente, o rosto de Jun era lindo.

─ Como está o braço?  ─ Minghao perguntou tocando no gesso do outro.

─ Está melhor, quero tirar esta merda o mais rápido possível. ─ Jun pegou na mão do mais novo e entrelaçou os seus dedos.

─ Mais uns dois mesinhos. ─ Minghao tentou reconfortar Jun. ─ Talvez seja menos se melhorares rápido e não fizeres esforços.

Não dá jeito 'pra masturbar. Fico muito cansado rapidamente.

Junhui! ─ Minghao bateu na perna do mais velho, repreendendo-o. ─ Não sejas um tarado.

É uma necessidade natural do ser humano. 

Bom, é verdade, mas... ─ Minghao viu-se sem argumentos e suspirou. ─ Para a próxima eu ajudo-te.

Ahn? ─ Pasmado, Jun piscou os olhos freneticamente. ─ A sério?

Claro. Afinal, namorados servem para quê?

─ Vamos retomar o ensaio! Rápido! ─ O professor interrompeu a conversa.

Minghao rapidamente levantou-se e deixou um beijo na testa de Junhui, que permaneceu boquiaberto no cantinho dele. Ouvir a palavra "namorados" sair da boca de Minghao era a melhor melodia alguma vez existente.

Manteve-se com a cabeça na lua o resto da aula de Minghao. Parecia um criancinha sorridente, de tanta felicidade que expressava. 

Esperou Minghao tomar o seu banho e se vestir, para depois ambos saírem e caminharem juntos até ao dormitório. Seguiram alegremente até à saída da faculdade de mãos dadas até que risinhos familiares foram ouvidos atrás do casal.

─ Podem ser normais uma vez na vida? ─ Minghao brincou olhando para trás.

─ Desculpa, mas a vossa fofura faz-me querer vomitar e ao mesmo tempo deixa-me tão feliz. ─ Soonyoung sorriu e seguiu para perto dos outros, seguido de Wonwoo e Seungcheol.

─ Tu precisas de arranjar uma namorada, credo. ─ Jun reclamou.

─ Mas eu já namoro. ─ Soonyoung afirmou repentinamente e ao se aperceber, tapou a boca instantaneamente. 

─ O QUÊ? ─ Disseram os quatro em coro.

─ Ele namora com ele mesmo, só pode. ─ Jihoon surgiu do nada e bateu no mais velho.

─ É, eu estava a brincar. Estou muito carente. ─ Soonyoung disfarçou.

─ Nota-se. Pobre, Hoshi. ─ Seungcheol riu. 

─ Pára de rir da desgraça dos outros. ─ Soonyoung  disse irritado e virou-se para Minghao. ─ Hao, o prof. Kang pediu para amanhã dar-mos uma aulas extra ao primeiro ano. 

─ Ah.. ─ Minghao suspirou desapontado. ─ Tudo bem. A que horas?

─ A partir das quatro da tarde. ─ Soonyoung respondeu e Jun fez um sinal positivo com a mão sem Minghao ver.

╺ innocence. 𝘫𝘶𝘯𝘩𝘢𝘰.Onde histórias criam vida. Descubra agora