Se nervosismo matasse, Jun estaria estendido naquele chão carissímo de hotel naquele momento.
[Uma hora depois]
Já no seu quarto de dormitório esperava que Minghao acabasse de se vestir no quarto-de-banho. O mais novo queria tanto que as vestimentas de ambos fossem surpresa que nem ousou olhar para Jun quando o mesmo entrou no quarto.
─ MINGHAO, DESPACHA ESSE CU LINDO! NÃO ME QUERO ATRASAR! ─ Jun gritou para o outro que já demorava uma eternidade para sair.
─ JÁ VOU! ─ Minghao gritou de volta, abrindo a porta momentos depois.
─ Uau... ─ Foi tudo o que Jun conseguiu dizer.
Minghao usava uma camisa branca básica, com dois botões desabotoados, expondo a pele branquinha do seu peito. Umas calças azuis escuras com o casado de finas riscas a combinar. Mas o que deixou Jun sem palavras, foi o quão bem aquele choker preto lhe havia assentado no pescoço.
─ Fecha a boca ou ainda te entra algo. ─ Minghao brincou beijando a bochecha do outro. ─ Pareces um príncipe, mas com esta gravata... ─ Sussurrou no ouvido do mais velho enquanto puxava a bendita gravata. ─ Que pedaço de mau caminho.
Todo o corpo de Jun pareceu estremecer e aquecer naquele momento. Minghao estava, finalmente, a dar mais passos em frente e a perder toda a sua inocência. Jun sorriu para o mais novo e puxou-o para um beijo escaldante, cheio de desejo e malícia, ao qual foi correspondido com muita vontade. Minghao parecia faminto, o que não era habitual, mas era muito bom de sentir.
─ Por mais que eu adore o rumo que isto possa levar. ─ Jun disse, após cessar o beijo, e encostou levemente os seus lábios ao do mais novo. ─ Ainda temos um jantar para ir.
─ Eu sei, eu sei. ─ Minghao pendurou-se nos ombros do mais velho, acariciando-lhe a nuca. ─ Mas depois vais me recompensar por não me teres dado atenção hoje, certo?
─ Claro que sim. Já tenho a tua surpresa pronta.
─ Adoro surpresas. ─ O mais novo sorriu. ─ Vamos.
Saíram do dormitório rapidamente, passando por alguns dos seus amigos e explicando onde iam. Seguiram até ao parque de estacionamento, mais precisamente onde o carro de Minghao se encontrava. Jun insistiu que pagaria um uber, mas Minghao achou mais privado levar o carro, para ambos poderem conversar normalmente durante a viajem.
O restaurante era relativamente perto, no centro da cidade, onde as luzes nunca se apagam e o silêncio não consta nos dicionários. Após os vinte minutos de viajem terminarem, Minghao estacionou na rua do restaurante e ambos desceram do carro casualmente, já que ainda tinham um tempinho até à hora marcada.
Caminharam pela vasta rua lado a lado olhando para cada loja por onde passavam. Minghao, com todo o seu amor por moda, paráva para olhar para, literalmente, todos os conjuntos de roupa expostos nas montras. Jun apenas ria do mais novo e puxava-o para continuar a caminhada.
─ Estamos quase lá. ─ Jun disse porém estranhou quando Minghao parou repentinamente. ─ O que foi?
Minghao nem se dignou a respondeu, estava ocupado demais a brincar com o cachorrinho de um estranho aleatório. O cão era um shiba, provavelmente fêmea, muito alegre e sociável e Minghao parecia uma criancinha apaixonada.
─ Ela acabou de ter uma ninhada e estava a pensar dar para adoção os cachorrinhos. Está interessado? ─ O dono do shiba informou e Minghao olhou para Jun na hora, com os olhos mais brilhantes do que o céu naquela noite.
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╺ innocence. 𝘫𝘶𝘯𝘩𝘢𝘰.
Fanfiction"Ah e como era bom, os seus lábios eram quentes e molhados. Estranhamente, sabiam a morangos e cigarros. Era viciante."