"Jamais alguma flor será mais bela que tu, Xu Minghao."

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─ Olha só, mais um sonhador. Por isso é que vocês os dois se encaixam tão bem.

Jun e Minghao sorriram com o comentário do doutor e entreolharam-se confidentes, como se soubessem exatamente os sonhos um do outro e prometessem realizá-los juntos.

O restante do tempo durante o jantar correu razoavelmente bem. De quando a quando Junhui tentava animar o ânimo da mesa com piadas, totalmente sem graças, e Minghao, como o bom namorado que é, não ria. Lançava-lhe um olhar ladino de 'Por favor, cala-te.' e sorria minimamente, mais pela vergonha alheia do que qualquer outra coisa.

Durante toda a conversação Taehyun analisava Minghao, tanto quanto Junhui, com o seu olhar de psicólogo. Toda a sua experiência lhe dizia que agora sim, Jun havia chegado ao ápice da felicidade e que os pilares da sua vida eram sustentados maioritariamente por Minghao. Percebeu também que Minghao vibrava a cada fala do seu namorado, como se cada palavra que dele saía fosse uma sensação nova. Do seu ponto de vista, tanto de homem, como marido, e psicólogo, era lindo. O amor é lindo.

Após terminada a refeição e todos os tópicos de conversa já terem sido revirados, os dois casais decidiram seguir para fora do restaurante. Gentilmente, Taehyun e Chaesung ofereceram-se para pagar a conta e, sem muitos protestos, os dois chineses agradeceram alegremente.

─ Bom, ─ Chaesung começou enquanto desciam a rua lado a lado. ─ Espero que vos corra tudo bem rapazes. Acredito que tenham uma bela vida pela frente. Juntos.

─ Muito obrigada, senhora Sook. ─ Minghao sorriu fazendo uma reverência. ─ Eu também acredito que sim. ─ Proferiu apertando a mão de Jun na sua.

─ Ah, o amor jovem. Como é deslumbrante. ─ Taehyun riu do seu próprio devaneio. ─ Enfim, parece que é aqui que nos separamos. Até para a semana, Jun. E foi um prazer conhecer-te Minghao, cuida bem do Junhui.

Minghao apenas assentiu despedindo-se do homem. Assim que todas as despedidas foram feitas, Minghao e Junhui seguiram até ao seu carro que estava estacionado a poucos metros de onde se encontrava. Agora sim, uma das melhores noites das suas vidas iria começar, porém apenas Junhui sabia disso, o que lhe causara alguns tremeliques de nervosismo.

Sentados no carro, e antes de arrancarem, Jun fez um pedido.

Hao, podemos passar num lugar antes de voltar para o dormitório?

Claro. ─ Minghao sorriu, totalmente inconsciente do que estava por vir. ─ Onde?

Eu coloco aqui no GPS, espera.

Discretamente, e para que Minghao não se apercebesse da exata localização, Jun colocou a localização de um mercado perto do hotel, o seu verdadeiro destino. Um pouco confuso com o facto do seu namorado querer ir a um mercado que nem sequer ficava a caminho do dormitório, Minghao olhou desconfiado para o mesmo. Jun, de forma desleixada, deu a desculpa que era apenas naquele mercado que forneciam algo que ele precisava. Minghao não protestou muito, não era que já não estivesse habituado à esquisitice de Jun.

O caminho seguiu alegre e energético, a noite ainda permanecia uma criança como dizem. Perdidos no meio de cantorias, gargalhadas e beijinhos ocasionais o casal chegou à sua destinação. Jun saiu rapidamente do seu carro, pouco importado com a possibilidade de magoar o braço, ainda engessado, e abriu a porta do lado do outro.

Jun! Cuidado! ─ Minghao advertiu o mais velho.

Está tudo bem. Vamos.

Desejoso, Jun pegou na mão do namorado e seguiu em direção ao hotel. A rua escura, iluminada com os já gastos postes de luz, trazia àquele cenário um pouco mais de romantismo. As mãos suadas de Jun, por outro lado, faziam parecer que se tratava de um filme de terror. Na caminhada acabaram passando reto pelo mercado, e foi aí que Minghao percebeu que algo a mais se passava ali.

Jun, o mercado era ali atrás. ─ Minghao avisou, mas Jun apenas lhe respondeu quando parou, uns passos mais à frente.

Eu sei.

E com esta resposta, o mais novo desviou o olhar do outro e dirigiu-o para o edifício à sua frente. Embasbacado, piscou os olhos freneticamente, esperando que fosse um sonho, mas para sua surpresa era bastante real. Virou-se de novo para Junhui, que apenas sorriu carinhoso antes de sinalar para que ambos entrassem. Os olhos de Minghao resvitaram todo o local com curiosidade, enquanto Jun tratava de pegar a chave do quarto na recepção.

Vamos? ─ Perguntou aproximando-se do mais novo e acariciou-lhe o braço. ─ Tens um belo quarto à tua espera.

Subiram rapidamente até ao seu quarto e Jun deu graças por ter memorizado o caminho, de outro modo ficariam um bom tempo às voltas como baratas tontas. Cuidadosamente, Jun abriu a porta do quarto e deixou que Minghao entrasse primeiro. Antes de sair do hotel, o mais velho pediu para que um dos funcionários do estabelecimento acendesse algumas velas no seu quarto algum tempo antes de chegarem, para adicionar mais uma pitada de beleza a todo aquele romantismo.

Minghao sentiu o seu interior revirar de felicidade e tudo o que parecia conseguir fazer era sorrir de forma apaixonada olhando para todas as pétalas e velas. Não proferiu uma palavra, não conseguia. Caminhou mais um pouco pelo caminho de pétalas brancas e vermelhas, dando de cara com o ramo de flores que Jun lhe havia comprado. Quase chorou com tamanha perfeição, eram as flores mais bonitas que alguma vez havia visto. Pegou no cartãozinho que as mesmas seguravam e sorriu ainda mais, se era sequer possível, com a mensagem escrita por Jun.

'Estas plumérias podem até ser bonitas, mas jamais alguma flor será mais bela que tu, Xu Minghao.'

Minghao virou-se para Jun, que até agora apenas seguia calado, porém tão ou mais sorridente que o mais novo. A sua troca de olhares teve mais importância do que qualquer outra palavra e tudo o que Minghao fez foi atirar-se ao mais velho, da forma mais desastradamente romantica, e abraçá-lo com todo o amor que em si cabia.

Obrigada. Obrigada. Obrigada... ─ O mais novo repetia freneticamente enquanto lágrimas de felicidade se apoderavam dos seus olhos.

Ainda não acabou, Hao. ─ Jun levantou o rosto do outro, acariciando-lhe as lágrimas para longe e beijando-o breve e carinhosamente.

Não?

Minghao questinou e Jun apenas negou com a cabeça olhando na direção da varanda. Percebendo o que o seu namorado queria, Minghao seguiu o resto do rastro de flores até à varanda, quase caíndo para trás quando deu de caras com as pétalas no chão formando a frase pela qual ele tanto esperou.

Com uma mão sobre a boca e outra sobre o coração Minghao chorava de alegria naquele quarto de hotel luxuoso. Jun chegou perto de si, com o cuidado de quem se aproxima de um gatinho de rua, e pegou em ambas as mãos do namorado com a única que tinha. Minghao assentiu freneticamente com a cabeça, tentado formar palavras que nunca chegavam a sair, assinalando que sim, que aceitava, que estava mais feliz do que algumas vez esteve, que queria gritar ao mundo que ama Jun com todo o seu coração e muito mais.

Jun não precisou de palavras, tinha ali a sua resposta. Tinha ali tudo o que precisava. Tinha Minghao. Abraçou-o com a força de sete mundos, como se jamais o fosse largar, e sentiu o copo do mais novo balançar à medida que este chorava.

Eu amo-te, Xu Minghao.

Eu amo-te, Wen Junhui.

🌧️

Um mês de desaparecimento? Onde está o meu profissionalismo? É óbvio, nunca existiu. Agora sério, peço imensa desculpa, eu sei que vocês amam a fic e também sei que é chato ficar sem atualização por muito tempo.

Não vou prometer nada, já que, aparentemente, não consigo cumprir nada. Vou apenas tentar esforçar-me mais, tanto na Inocence como em futuras fics.

Por falar em futuras fics. Já foram ver a minha nova fic? A Abscence? (Também não voltei a atualizar, mas isso são outros quinhentos.)

Vão lá ver e dar amor. E dêem amor a essa também. Quero que saibam que eu leio todos os comentários e adoro tudo o que vocês dizem, nem que seja apenas um 'kkk'.

Love you all babies <3

╺ innocence. 𝘫𝘶𝘯𝘩𝘢𝘰.Where stories live. Discover now