Capítulo 10

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Estou agora numa boate barulhenta, arrodeada por pessoas que exalam forte cheiro de álcool. Parabéns Sara, não era isso que você queria? Provocar seu homem? Pois agora aguente a barra.

Certeza que a gravidez me mudou, os hormônios estão à flor da pele e a única coisa que eu quero é transar, forte, duro, suado, gostoso e a noite toda.

Estamos na parte de cima da boate, olho ao redor. A música eletrônica muito alta, Léo continua conversando um assunto interminável com Oliver. Amadeo e Olívia se comem com os olhos. Todos estão tomando um drink e eu, por conta da gravidez estou saboreando um delicioso drink sem álcool.

O tiro saiu pela culatra, estou putassa por não estar fazendo nada que eu quero.

Durante o caminho, Léo veio dando um sermão a respeito da minha irresponsabilidade, facilitando que os inimigos chegassem perto. Ele está coberto de razão, mas .... porra sempre o mas...

Eu queria sair, ver gente, transar, eu devo está virando uma pervertida do caralho!

Passo a mão na minha barriga e sorrio, converso silenciosamente com meus bebês. É meus bebês, parece que foi uma péssima ideia vir para esse lugar irritar o papai de vocês, desculpem a mamãe, fiquei tão infantil, não sei o porquê.

Já ia chamar Léo para voltarmos para casa, quando uma batida musical no qual eu conheço muito começou. Sorrateiramente, desço as escadas, Léo não percebe, já que estava envolvido com Oliver.

Digo ao segurança que irei ao banheiro, três "armários" me acompanham. Sigo firme pelo meio das pessoas, homens lindos, cheirosos, gostosos estavam espalhadas pelo caminho. Porra eu preciso de sexo! Muito mesmo!

A batida do brega funk invade o salão de vez. Arrisco uns passos no meio do salão, em questão de segundos, deixo a música me envolver e os passos tímidos, dão lugar a passos elaborados, sexy e envolvente.

Algumas pessoas se arriscam a dançar comigo, mas o funk, ritmo tão julgado, é muito brasileiro e só quem tem essa ginga somos nós, brasileiras.

Danço a música inteira, empolgada não me dou conta de mais nada. Sempre foi assim minha relação com a música, ela é meu refúgio, esqueço de tudo, problemas, dores, mágoas, tudo... nessa hora somos apenas, eu, a música e a dança.

A famosa rodinha é formada, adivinhem quem está no meio dela? Ela, a própria: Sara Martínez! Estou descendo até o chão, quando sinto meu corpo sendo impulsionado para cima, não sabia que eu tinha super poderes.

Meus olhos encontram os olhos negros mais lindos que tive o prazer de ver. Mas eles não estão nada contentes.

- Dança comigo amor meu? - Danço esfregando meu corpo no dele e sinto seu membro enrijecer imediatamente.

- Chega de showzinho Sara. - Ele fala bravo e fica tão lindinho.

Ele solta uma  lufada de ar, viro de Costa para ele e lentamente vou descendo, a música grita "diabinha" e é assim que me sinto provocando meu homem. Passo as mãos nos cabelos rubros, e balanço a cabeça, as pessoas ao redor vibram, o que me inspira a provocá-lo ainda mais. Porém sou impedida por um Léo furioso, que me puxa para cima com tudo, nossas bocas ficam tão próximas que sinto seu hálito quente com cheiro de uísque.

- Uau! Que pegada bebê...

- Você bebeu escondida Sara? Não é possível que você esteja sóbria...

Prisioneira do Tráfico (Livro 2) CONCLUÍDO ✅ Onde as histórias ganham vida. Descobre agora