Alguns dias depois...
Olívia infelizmente cumpriu o que ela havia prometido, para o meu total desespero. Ela simplesmente só aparecia nas horas das visitas médicas, junto com aquele filho de uma puta do doutorzinho. Estou enlouquecendo, sinto isso. Cada vez que ela surge meu coração dispara como se estivesse prestes a sair pela boca.
Mas ela agia da forma mais profissional possível, educada, polida, doce, meiga... não consigo desviar meu olhar do dela nem por um segundo. Em vários momentos ela fica constrangida, que se foda tudo isso, eu a quero, a quero mais que tudo, mais do que quis qualquer outra mulher. Mas eu sei que preciso resolver tudo isso, toda essa situação com Diana e com meu filho, que aliás, ainda não sabe que eu sou o pai dele. Estamos esperando ele se recuperar, por sorte a recuperação está indo de vento em polpa. Ambos estão na fisioterapia, reagindo bem ao tratamento, o difícil foi contar sobre a morte do José, Diana ficou desesperada, chorou muito, ainda está abalada com toda a situação. Devo admitir que o cara foi um super marido e padrasto, nunca permitiu que meu filho o chamasse de pai, e sim de tio. Pela criação que ele deu ao meu filho, ele sabe que tem um pai, que infelizmente não sabe falar com ele sobre a sua existência, pensa numa situação fodida.
Os dias se passaram rápido, e o destino sempre brincando comigo. Como Sara precisa de muita atenção, devido ao lunático do ex marido dela ser totalmente obsessivo, Oliver está nesse momento me acompanhando para vermos alguns imóveis, como o mundo gira, o australiano que me odiava, queria arrancar meu fígado com as próprias mãos, hoje é meu parceiro.
Se o meu bom faro, não estiver enganado, tenho certeza que essa mudança constante de humor, essa felicidade extrema, tem haver com rabo de saia. E pelo que vi, até desconfio de quem seja.
Entramos no carro, e logo seguimos caminho. Aquela cara de bobo apaixonado de Oliver já está me dando nos nervos. Eu, com as bolas doloridas e esse bastardo rindo para o tempo.
- Quando é que você vai parar de ficar rindo feito um veadinho? - Perguntei irritado, sim estou com racalque éverdade.
- Deixe-me ser feliz, que tal você tentar fazer a mesma coisa?
Ele dirige feliz, mas minha parte maléfica não permite isso, patético, sempre odiei isso, mas depois que conheci Olivia as coisas mudaram drasticamente.
- É só pedir para a sua irmã deliciosa abrir as pernas e parar de ser cabeça dura.
Oliver soca o volante e eu reprimo o sorriso, tenho coragem confesso, o cara é gigante e tem um ciúme absurdo da irmã. Mas o que sai da boca dele me surpreende.
- Se soubesse foder direito, tenho certeza que ela não ia te deixar a ver navios, nenhuma mulher consegue se distanciar quando o homem a deixa louca na cama.
Essa doeu, mas que filho da puta!
- Não era isso que ela gritava quando...
- Cale sua boca seu imbecil! Não quero saber das intimidades da minha irmã, mas o fato é, se tivesse feito direito ela estava com você.
- Não é sexo Oliver, ela está com ciúmes de Diana, porra não tem nada haver, eu e ela terminamos a anos.
- Talvez ela queira ter certeza que realmente acabou. - Oliver faz uma parada. - Olívia é muito certinha, ela não se perdoaria nunca se achasse que está destruindo sua família.
- Ela é louca? Meu filho tem oito anos, e eu só soube da sua existência quando ele já era grandinho e por um acaso. Diana já estava casada. Eu a ajudei sim, porra ele é meu filho, não queria destruir a vida do meu único filho. Mas é só, eu não tenho nada, absolutamente nada com a mãe dele.
