Capítulo 36

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Alerta de gatilho!
Cenas fortes de violência física e sexual!!!
Se tiver sensibilidade, não leia!!!

Sara Martínez

Minha cabeça e o meu corpo doem absurdamente, me sinto presa a algo, não consigo me mover por mais que eu queira, meu corpo não obedece minha mente... apago novamente.

Sinto meu corpo sendo carregado, um arrepio gélido percorre minha espinha, uma vontade de pular desse colo asco, repulsivo e nojento, mas estou fraca, muito fraca, não consigo mover um dedo, acho que saímos do avião.

— Ela não pode passar tanto tempo desacordada, fará mal para ela e os bebês...

Ouço a voz a distante de Olívia, é um resmungo de Diogo. Tudo que tenho são flash de memórias. Algo distante, não consigo distinguir até onde é sonho ou realidade.

Ela não pode ficar aqui! Você vai deixar nós três no mesmo local? Você é mesmo um sádico!

Acredito ser Luna, desesperada falando alto com ele, ouço sons de briga, provavelmente ele deve ter batido nela, me agito. Algo ruim toma conta de mim.

Olha só o que está fazendo! Ela é minha mulher, minha esposa, mãe da minha filha! É ela! Sempre foi ela, eu a amo! Você e tantas outras, sempre foram diversão!

— Desgraçado! Você me paga! Eu nunca vou aceitar perder você para ela! Ela também é mãe dos filhos de Léo! Esses bebês dentro dela não são seus! Eles se amam! Quando você vai entender que eles se amam! Ela nunca vai te amar! Nunca!

Ouço o som de uma bofetada e um baque no chão, minha consciência vai retornando aos poucos, tenho quase certeza que estou acordada.

— Não puxe meus cabelos! - A voz é bem forte. Identifico sendo Luna. — Não me deixe! Diogo não me deixe, eu não consigo viver sem você! Me perdoe, eu juro que irei me comportar. Eu não vou falar mais nada, nada!

A mulher se humilha ao extremo, eu tento abrir os olhos, mas tudo ainda está muito nublado. Vejo Diogo agindo glorioso na sua repleta maldade, arrastando-a pelos cabelos porta a fora, enquanto ela suplicava perdão. Na soleira da porta ele para e saca uma arma da calça e coloca na boca da mulher.

— Você sabe o que eu faço com quem me desobedece e afronta?

Arregalo os olhos de pavor, tento me mexer mas meu corpo todo dói, e então percebo os acessos pelo corpo, acredito que é de soro, ou medicamentos.

— Eu não preciso mais de você, sua serventia acabou, já trepou com a metade dos seguranças do meu "irmãozinho" para descobrir o melhor momento de resgatar a minha mulher.

Ele retira o revólver da sua boca e desce pelo pescoço, eu quero gritar, mas estou fraca demais para conseguiu, minha garganta está seca, abro e fecho a boca repetidas vezes.

— Eu quero que me foda! — ela pede chorosa. 

Ali mesmo no batente da porta ele levanta seu vestido, tira o preservativo do bolso e coloca rápido no seu membro avantajado, levanta a perna direita da mulher, ouço um rasgado que acredito ser a calcinha e a penetra forte. Ela grita com a brutalidade do ato, Diogo é um homem grande, porém poucas vezes usou seu corpo para proporcionar prazer a sua parceira. Sempre foi egoísta, e só se preocupava com seu próprio prazer.

A mulher continua gemendo alto, para quem quiser ouvir, espero que ele tenha libertado minha filha junto com Olívia, para que ela não corra o risco de presenciar uma cena tão imunda quanto essa, fecho os olhos, como eu queria apagar agora, mas sinto todos meus sentidos voltando lentamente.

Prisioneira do Tráfico (Livro 2) CONCLUÍDO ✅ Where stories live. Discover now