Capítulo 35

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Leonardo Martínez

O caminho que me leva para as indústrias é oposto ao caminho da nossa casa. Odeio deixar Sara sair sozinha, é possessivo demais eu sei, mas é mais forte que eu. Não é porque eu não acredito nela, ou quero controla-la, tenho medo de qualquer brecha na sua segurança e que num pequeno descuido, aquele miserável ataque minha mulher.

Estou paranóico, não posso agir o tempo todo assim, eu sei! Mas desde que aquele monstro apareceu, não consigo dormir em paz, minha preocupação tem triplicado e minha angústia aumenta dia a dia, só terei paz quando vê-lo morto, ardendo no fogo do inferno, longe da minha mulher e de toda minha família.

O motorista dirige em alta velocidade para podermos chegar logo a empresa, no entanto, a velocidade é diminuída drasticamente quando chegamos a via de acesso ao centro da cidade. Congestionamento terrível, me dá uma impaciência, uma inquietação que não consigo explicar. Enquanto o carro para, pois o trânsito encontrasse travado nesse momento, pego o celular para ligar para Sara.

Foi a pior ligação de toda minha vida, o barulho ensurdecedor de carro sendo explodido e o pavor na voz de Sara. O celular cai, eu continuo apavorado gritando, mas a ligação cai.

Nesse momento sinto-me completamente descompensado, perdido, desnorteado e possesso de ódio. Abro a porta do carro e desço, ouço as vozes dos seguranças, nada disso faz mais sentido. Preciso ir atrás de Sara antes que seja tarde demais.

— Senhor, por favor, entre no carro!

— Não posso, temos que voltar, Sara está em perigo, temos que pegar um carro desse voltando, eu preciso tirar minha mulher das mãos desse filho da puta.

Vejo Amadeo e Oliver descerem dos seus carros, com as expressões assustadas, eu corro até eles. A barulho de buzina começa a surgir, que se fodam todos os carros! Que passem por cima!

— Vocês trouxeram dinheiro? Muito dinheiro? Precisamos parar um carro desse e correr contra o tempo, ele não pode fazer isso!

— Leonardo você está doido? Não está falando coisa com coisa, acalme-se e tente falar novamente! - Amadeo segurava meus ombros, tentando me acalmar, mas eu o empurrei descompensado, mas fui barrado por Oliver, que era bem maior e tinha muito mais força.

— Diogo explodiu os carros da segurança e pegou Sara.

Todos arregalaram os olhos, e imediatamente a ficha começou a cair.

— Olívia! - Os dois falaram juntos.

— Não sei, eu estava com ela no celular quando tudo aconteceu, o alvo dele é única e exclusivamente Sara, mas não sei o nível de loucura que ele se encontra. Rebeca! Meu Deus! O u não sei se ele quer levar minha filha também!

Amadeo chuta o ar e passa as mãos pelos cabelos, em total desespero.

— Agora eu mato ele!

— Josh! Traga a maleta que está dentro do meu carro! - Oliver grita. — Vamos resolver isso agora, sem pânico, ou iremos por os pés pelas mãos.

Oliver, embora nervoso, parecia o mais calmo de todos nós. Josh surgiu com a maleta e o entregou.

— Volte para o carro, leve May para minha casa. Não deixe ela na faculdade, pode ser outra emboscada, diga que estamos indo resolver um assunto muito sério. Não tire os olhos dela e não fale ainda o que está acontecendo!

Ele se volta para nós e fala:

— Vamos tentar parar um carro desse.

O trânsito está intenso, porém menor, do que a entrada da cidade. Não foi uma tarefa fácil parar um carro, cinco homens gigantes dando com a mão para os carros pararem como loucos, depois de alguns minutos, um Audi preto freia bruscamente e desce pelo acostamento, saímos correndo em direção a ele, o motorista assustado o vidro do motorista.

Prisioneira do Tráfico (Livro 2) CONCLUÍDO ✅ Where stories live. Discover now