Capítulo 27

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Depois de uma manhã quente, chegamos ao hospital, sorrindo para o vento de tanto amor. Quando estamos apaixonado deixamos transparecer mesmo que sem querer, o sorriso bobo no rosto, o brilho no olhar, mãos dadas... e vale ressaltar, a loirinha acabou comigo, estou destruído fisicamente, porém nunca estive feliz em toda minha vida.

Vamos juntos para ala feminina, que é bem próximo da ala pediátrica. Preciso conversar com Diana, precisamos resolver nossas vidas, quero deixar tudo alinhado, não quero mais segredos, mentiras, nada que me impeça de ser feliz ao lado da minha loirinha.

Paramos na ala feminina, ela me encarou com aquele olhar doce, e ao mesmo tempo decidida.

- Acho que você precisa ter uma conversa séria com a mãe do seu filho, até quando ficarão enrolando para contar a verdade a André?

- Você tem razão. - Suspirei pesadamente.

- Ei. - Ela passou a mão no meu rosto. - Estou aqui, pode contar comigo para qualquer coisa.

- E se ele não gostar de mim? - era difícil expor meus medos, mas eu confiava nela.

- Ele já gosta, e tenho certeza que ele vai amar a novidade.

- Assim espero minha loira. Assim espero.

Nós demos um beijo casto e ela se foi, e eu fiquei babando pela minha mulher. Minha mulher... isso soava tão bem.

Dei três batidas suaves na porta e entrei, Diana estava em pé encostada na janela, olhando para fora. Era óbvio o quanto ela ainda estava abalada com a perda de seu companheiro. Aproximei-me devagar, tenho certeza que ela não ouviu as batidas na porta, estava completamente absorta em seus pensamentos.

- Um doce pelos seus pensamentos. - Sussurrei no seu ouvido. Ela se assustou e me deu um tapa no braço.

- Merda Amadeo, que susto! Estou operada esqueceu? - Tadinha, ela realmente se assustou.

- Desculpa Diana, não sabia que iria te assustar tanto assim. Me perdoa? - Fiz a minha melhor cara de cachorro arrependido, ela tentou ficar com raiva mas desistiu e deu um leve sorriso.

 Me perdoa? - Fiz a minha melhor cara de cachorro arrependido, ela tentou ficar com raiva mas desistiu e deu um leve sorriso

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Por Deus, ela é magnífica, se não estivesse completamente desesperado de amor pela minha médica, eu não a deixaria escapar.

- Idiota. - bradou.

- Sempre, nunca perdi esse costume. Vamos conversar?

Ela me olhou desconfiada, Diana deixou de ser aquela garota tímida, reservada e amedrontada que conheci na boate, embora muito jovem, carrega no olhar marcas profundas de quem precisou crescer por necessidade, a força. Eu, mesmo que involuntariamente contribui para esse crescimento sofrido. Deixei-a grávida, mesmo sem saber.

- Precisamos, já adiamos bastante essa conversa não é mesmo? - Ela respondeu.

Acompanhei-a até o sofá, onde eu a ajudei a sentar-se numa poltrona mais alta. Já devidamente acomodados, ficamos um breve momento nos encarando em silêncio, era uma conversa difícil, ela guardava muitas mágoas, e eu sinceramente não a culpava.

Prisioneira do Tráfico (Livro 2) CONCLUÍDO ✅ Onde as histórias ganham vida. Descobre agora