Foi difícil controlar a curiosidade de Leonardo, o homem estava cada vez mais surtado, questionando-me a toda hora o porquê de eu ter inventado esse chá revelação.
- Isso é muito injusto Sara! Eu sou o pai, eu tenho direito de saber antes de todos! Você quer me enlouquecer é isso? Me matar antes dos nossos filhos nascerem? - Ele andava pelo quarto de um lado para o outro.
- Eu acho que não é para tanto, deixa de teatro Léo, amanhã à noite reuniremos a família e tenho certeza que a surpresa será maior, e que você vai gostar.
- Continuo achando injusto tudo isso.
- E eu continuo achando você gostoso, essa pose de pai preocupado está me deixando muito excitada.
É bem fácil domar a fera, ele virou a cabeça e enrugou a testa, pensando no que deveria fazer, não dei tempo dele pensar muito e o abracei deixando meus lábios na curva do seu pescoço, dei um beijo e subi até o lóbulo da orelha dando uma leve mordida. Senti seu corpo arrepia-se. O cheiro dele era fantástico, ainda bem que eu não tinha enjoado dele, muitas mulheres abusam seu homem quando estão grávidas, no meu caso é o contrário, eu fiquei ainda mais viciado no meu moreno.
- Você não vai me comprar com sexo dona Sara. - Mas sua voz lhe entregava, claro que eu poderia.
- É mesmo? Não é isso que o seu corpo lindo e gostoso está respondendo. - Ele sorriu nervoso e puxou meus cabelos para trás.
- O que eu faço com você? - Sua voz era rouca de desejo, eu aproveitei para rouba-lhe um beijo que foi retribuído com um beijo animal.
- Que me foda. - Respondi ofegante enquanto ele se esfregava em mim descaradamente.
- Mamãe. - As batidas suaves na porta e uma voz doce, foi um balde de água fria no nosso momento quente.
- Oi princesa. - Respondi me afastando dele e tentando acalmar as batidas frenéticas do meu coração.
- Eu quero tirar meu soninho da tarde com você. - Ela sabe me desmontar inteira.
- Ah meu amor, só um minutinho, a mamãe já vai abrir.
- Olha meu estado Sara. - Léo apontou para o volume dentro da calça, passei a língua nos lábios para provocá-lo.
- Vai ter que ficar para mais tarde, prometo recompensar, minha boca chega a salivar.
Ele apertou o membro sobre a calça visivelmente excitado.
- Você me paga, tenho medo até de esquecer que você está grávida.
- Na hora do sexo pode esquecer completamente, adoro.
Virei-me em direção à porta enquanto ele foi para o banheiro, tentar acalmar a fera. Abri a porta e deparo-me com uma meninazinha ruiva, com um sorriso sapeca no rosto e uma boneca de pano nos braços.
- Quem é esse bebê? - Aponto para a boneca.
- É Lili, minha filha.
- Filha? - Ponho a mão no coração. - Quer dizer que eu já só avó?
- E o papai vovô.
- Quem é avô? - Léo pergunta ao sair do banheiro.
- Você amor, Bebeca tem uma filha, começa nossa Lili.
Ele abre um sorriso lindo entre assustado com a ideia da menina e feliz por vê-la tão linda.
- Você não acha que é muito cedo para pensar nisso mocinha? - Ele a pega no colo junto com a boneca e lhe dá um beijo na face.