Capítulo 38

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Alerta de gatilho!!!⚠️

Nos encaramos por alguns segundos, Alejandra me olhava com ódio e em seguida voltou seu olhar para Diogo, mudando seu semblante para decepção. Engoli em seco, onde diabos me meti? Esses irmãos fazem rodízio de mulher, estamos rodando em círculo? Luna... Alejandra... eu...

— Por que Diogo? - A morena perguntou chorosa.

— O que foi que eu mandei você fazer? - Ele falou entredentes.

— Eu precisava ver se era verdade tudo o que Luna falou. Você arriscou tudo, foi buscar essa puta ruiva, que está grávida do seu irmão para nossa casa!

Diogo deu um tapa na mulher que caiu sentada no chão, eu tentei me desvencilhar do seu braço mas ele não permitiu.

— Ela não merece! - ele respondeu.

— Ela está grávida! - Gritei.

— Sério mesmo? Se você não tivesse falado não tinha nem percebido. - Ele debochou. - Seu mal é acreditar em todo mundo Sara, Alejandra não vale nada, nunca prestou. Essa aí é bem pior que Luna, que pelo menos não era fingida, sonsa e dissimulada.

A mulher continuou caída no chão, de cabeça baixa e chorando muito. Provavelmente Diogo não estava vem por cento errado, mas mesmo assim me compadeci com seu estado, a criança que está no seu ventre não tem culpa de nada.

— A sua sorte, sua vagabunda, é esse "golpe" que você carrega na barriga. Furou o preservativo e escondeu a gravidez até eu não poder fazer o aborto.

— Um filho seu! Esse filho é seu! - Ela levantou o rosto em desafio. — Diferente desses bastardos que ela carrega! Como você pode me trocar por ela? Eu sou a mãe do seu filho! Um filho homem e não uma mulher! - Ela berrava.

— Que deprimente você diminuir um grau de um filho pelo seu sexo. Bem se ver que você não é mãe, pois uma mãe de verdade jamais faria esse distinção.

Me doeu vê-la fazer essa comparação. Esse meio doentio é sujo, como essas crianças crescerão nesse meio?

— Mateus! - Diogo berrou.

Rapidamente um homem forte surgiu no final do corredor.

— Senhor!

— Não quero olhar para a cara de Alejandra tão cedo! Eu não a quero circulando pela casa enquanto minha mulher estiver comigo.

— Sim senhor.

Alejandra o olhou com ódio, tentando limpar as lágrimas que caiam na sua face. O tal Mateus a ajudou a levantar, enquanto Diogo me empurrava para o final do corredor, eu não conseguia parar de olhá-la.

— Vire-se para frente, Alejandra te mataria na mínima oportunidade, ela é uma cobra, não se engane.

— Mas ela está grávida!

— Um erro de percurso, ainda estou vendo o que farei com ela depois que a criança nascer.

— Você não vai matá-la como fez com a Luna não né? Pelo amor de Deus! Ela mãe do seu filho Diogo! - estava ficando desesperada e ele me empurrou na parede ficando frente a frente comigo.

— Eu não me interesso com ninguém que não seja você e a nossa filha, eu destruo qualquer pessoa que ousar a atravessar no nosso caminho. Sara, você não tem noção o que eu fiz até pegar você, e das minhas mãos você só sai morta.

Gelei imediatamente, doente! Ele é capaz de qualquer coisa e ele não está mentindo. Ele se aproximou do meu rosto, e eu o impedi.

— Rebeca! - Ele bufou, mas se afastou a contragosto.

Prisioneira do Tráfico (Livro 2) CONCLUÍDO ✅ Where stories live. Discover now