Capítulo 45

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— Iremos desembarcar na pista de pouso bem longe de onde eles estão, não podemos levantar suspeitas. Estamos perto de pega-los.

— E como chegaremos lá?

— Vamos de lancha, e outra equipe de carro, quando estivermos próximo iremos atacar juntos. Para isso precisa ser durante a noite para não corremos o risco de sermos pegos.

— O Diogo é meu! - Falo entredentes.

— Não prometo nada, a sede de vingança que eu estou não me permite te prometer nada. - Amadeo retruca.

— Frieza é necessário nesse momento. Não vamos meter os pés pelas mãos, o menor erro, ele tira a vida de Sara, lembrem-se que estamos nos dando com um sádico. - Oliver alerta.

************

Algumas horas depois chegamos numa pista de pouso meio abandonada, Oliver e seus contatos encontraram essa, mais uma hora de lancha estaríamos na casa onde Diogo está com Sara. É madrugada, perfeito para um ataque.

Os respingos da água do mar batem no meu rosto, eu os limpo, estou tão concentrado em pegar Sara e matar Diogo, que não me importo com o frio da madrugada. Além de nós três, dois homens de confiança de Oliver estão conosco na lancha, o motor é mais silencioso possível, porém teremos que desligar quando chegarmos perto, trouxemos remos para remar até a margem da praia, não pode haver erros, tenho que resgatar minha mulher.

— Desse ponto em diante é melhor desligarmos o motor, quanto menos barulho fizermos melhor, não estamos tão longe e cinco homens remando chegaremos rápido.

Concordamos com o homem que está pilotando a lancha, conforme nos aproximamos dar para ver melhor a casa que é bem próxima ao mar, tem luzes acesas, que supõe que provavelmente Diogo esteja acordado, meu coração bate forte dentro do meu peito. Nada pode dar errado nesse momento, faço uma prece silenciosa, nunca fui um homem de fé, mas essa foi uma das coisas que aprendi com Sara, agradecer antes de pedir, porém estou fazendo o contrário, espero que Deus atenda meu pedido e não me castigue por passar anos incrédulo.

— Conferindo as armas. - Amadeo me trás de volta dos meus pensamentos.

Pistolas com silenciadores, munição, canivetes, adaga... estamos partindo para uma guerra, onde espero sairmos vencedores.

— Leonardo, nós todos estamos com sede de vingança nesse maldito do Diogo, mas nós sabemos que você tem mais motivo que todos nós, só te peço prudência, qualquer passo errado, botamos tudo a perder. É hora de agir com a razão, um passo em falso, ele mata a Sara e seus filhos, e não é isso que queremos.

— Vai ser difícil, mas eu vou tentar, pelo bem da minha família, hoje eu mato aquele desgraçado.

— Ele não tem nada a perder, a morte para ele é um prêmio, eu queria ter mais tempo para fazer com que ele sofresse bem antes de morrer, mas do jeito que aquele demônio é escorregadio, eu me contento com um tiro certeiro na cabeça. - Amadeo está ativado no modo matador.

Nos aproximamos da praia, descemos da lancha e a empurramos para a beira. Está tudo muito escuro.

— Os óculos de visão noturna. — Amadeo distribui.

— Chefe. - Um dos australianos que está na missão por terra nos chamou no ponto eletrônico.

— Fala. - Oliver respondeu.

— Não temos notícias boas do interior da casa. - Meu sangue congela, Oliver e Amadeo me encaram.

— Prossiga. - todos nós estamos atento na mensagem do homem.

Prisioneira do Tráfico (Livro 2) CONCLUÍDO ✅ Where stories live. Discover now