Seis meses depois do nascimento dos gêmeos.
Leonardo Martínez
Sentado na minha poltrona no escritório, mãos unidas e pensamento distante. Seis meses se passaram desde que os gêmeos nasceram, nossa vida tinha mudado drasticamente, para melhor claro.
Embora Sara não quisesse babá, eu fiz questão de cada criança ter a sua, pois se uma criança só dá trabalho, agora imagina quatro.
Na verdade, nos referimos a eles como trigêmeos, a pouca diferença de idade, dias na verdade os deixam nesse patamar. Pego os dois porta-retratos sobre a mesa, são fotos de Sara com os bebês em idades diferentes.
Héctor, o qual chamamos de Thor com um mês de vida
Dominic, o caçula da turma que chamamos carinhosamente de Dom. Na foto com quase três meses.
Essa mulher é essas crianças são o centro da minha vida. Devolvo-as para o lugar e pego a foto que Sara registrou assim que cheguei a Sydney. Segundo Sara, ela registrou esse momento, pois sentiu dentro do seu coração que seria pai da Isabela, assim como sou pai de Rebeca.
Olha como é a vida, tanto ódio, desavenças, brigas e intrigas, eu acabei gerando amor pelas filhas do meu irmão monstro. Elas são crianças inocentes, e para mim, não há diferença nenhuma entre os meus filhos biológicos e as minhas filhas de coração.