Capítulo 7

23.5K 2.2K 252
                                    

Sem Revisão*

Danielle Marshall





— Ah meu senhor!

Mordi o lábio fortemente. Meu corpo arrepiando a cada toque da língua de Antony. Ele sugou meu clitóris, agarrei seus cabelos, impulsionando meu quadril, querendo tudo o que ele podia dar. Senti os dedos dele tocarem minha entrada, preenchendo meu canal com seus longos dedos.

— Antony...

— Gosta assim?

— Gosto.

Gemi alto quando gozei, Antony continuou a me chupar, eu não sentia minhas pernas, tudo mole. Ofeguei outra vez.

— Doutor Fears, emergência na sala B7.

Como se saísse de um transe, Antony levantou a cabeça no meio das minhas pernas. Contrariado me ajudou a vestir a calcinha e a calça. Segurou meu rosto e uniu nossos lábios.

— Almoça comigo hoje? — ele pergunta. Desço da maca e ajeito meus cabelos.

— Claro, sinto sua falta.

— Eu também, meu amor. Preciso ir. — me beija de leve. Vejo o loiro de um metro e noventa sair da sala.

Antony e eu estamos juntos há sete meses. Um relação não oficial, só sexo e nada mais. Ele já revelou estar apaixonado, o sentimento infelizmente não é mútuo. Gosto dele, porém não consigo imaginá-lo no meu futuro. E a família dele é ridícula, quer o filho prodígio casado com alguma mulher da sociedade rica.

Apesar de ter quase quarenta anos ele ainda é um fantoche do pai. Nosso encontros são sempre furtivos pelas dependências do hospital, nada ético, mas minha boceta acha outra coisa.

Com os ânimos mais relaxados eu vou para a maternidade. Lá passo todas as doze horas do meu plantão.

Almocei com Antony e alguns estagiários, o hospital estava a todo vapor, houve um grande acidente e com a chegada de pacientes não tivemos como sair, almoçamos rapidamente no refeitório.

As quatro horas eu estava um caco, pelo que parece vários bebês planejaram nascer hoje.

Cheguei em casa e já fui direito tomar um banho. Hidratei meus cachos, massageando e modelando até que ficassem perfeitos. Eu tinha ligado para Ellie avisando que não compareceria na floricultura hoje. Passaria o dia com minha irmã e meu pai.

Livy sorriu quando entrei no quarto dela, pelo rostinho marcado pelo travesseiro notei que ela tinha acordado recentemente. Ela ergueu os bracinhos e a peguei. Abracei e cheirei o pescoço dela, ela gargalhou e fiz de novo.

— Que tal brincar no quintal? Vamos tomar chá com a Penelope Charmosa e o Pernalonga.

Os olhos de jaboticaba brilharam. Ajudei ela no banho. Vesti um short rosa e uma blusa rosa, Livy é apaixonada pela cor. Enquanto ela pegava os brinquedos fui até o quarto de papai.

Um vegetal, é isso que papai virou. Dia após dia ele está do mesmo jeito, inerte na cama.

Samantha levantou da cadeira e veio até mim. Ela é a enfermeira que cuida de papai na minha ausência. Abraçamo-nos.

— Algum progresso? — minha pequena esperança se esvai quando percebo o sorriso triste de Sam. Balanço a cabeça. — Me ajude a levá-lo para o quintal.

Acomodamos papai na cadeira de rodas. Tirá-lo da cama é tarefa fácil, ele emagreceu muito.

Há três anos papai descobriu que estava com câncer na garganta, decorrente ao uso excessivo de tabaco. Através da panendoscopia foi possível ver dois caroços cancerígenos. Um muito perto das cordas  vocais, que tiveram que ser retiradas. Meu pai não fala mais, porém durante a radioterapia ele parecia firme. Foram longos meses de luta, até que veio o exame final, livre do câncer.

Ansel - Trilogia Sombras da Noite #1 ✔️Место, где живут истории. Откройте их для себя