Capítulo 14

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Oie meninas. Antes de ler o capítulo eu gostaria de agradecer por todas as orações, por todo o apoio. Mas infelizmente minha mãe faleceu, e com ela parte minha se foi. 😭 para quem não sabe, minha mãe era a pessoa que junto comigo criava as histórias e tudo mais, e é por ela que vou continuar a escrever ❤ eu pensei em desistir, mas ela sempre me apoiou em tudo, não seria justo. Eu não sei como será a frequência de capítulos, peço paciência.

Obrigada a todas e boa leitura. 💕

Sem Revisão*

Danielle Marshall

Nem tive tempo de fechar a loja, Ansel me puxou pelo braço, me jogando dentro do carro que já estava com a porta aberta. Meu coração batia feito um louco, temendo pelo que viria a acontecer.

Ele entrou no carro e saiu cantando pneu pela rua calma. Devagar eu coloquei o cinto de segurança, prudência da minha parte, pois durante todo o percurso Ansel dirigiu feito um maluco.

Deus, o que ele faria?!

— Você não irá mais trabalhar no hospital. Nunca mais. — ele diz. Pelo retrovisor eu vi seu olhar, algo feroz. Engoli em seco.

Eu poderia questionar, mas isso só traria mais problemas. Uma pontada surgiu na minha cabeça, prenúncio de uma bela e horrível dor de cabeça. Suspirei fundo quando o carro parou, olhei pelo vidro e vi o cartório da cidade.

Eu sai antes que ele me tirasse, meu couro cabeludo ainda doía. Abracei meu corpo, uma brisa fria vinha de todas as direções. Entrei ao lado de Ansel, tudo foi muito rápido, assinamos alguns papéis, as testemunhas também. E enfim eu estava casada com Ansel Devonshire, o meu pior pesadelo.

A aliança pesava no meu dedo, e não era em um bom sentido. Eu já pensei em casar, uma cerimônia bonita onde eu reuniria as pessoas que amo, estar no altar com o homem que um dia eu amaria. Nesse dia eu estaria feliz, radiante!

Porém hoje não foi nada disso.

Ao sairmos do cartório voltamos para o carro e seguimos para um restaurante chique.

Outra encenação, não sei se Ansel viu, mas havia alguns fotógrafos do lado de fora, ou se viu não demonstrou. Na verdade ele não demonstrou nada durante o tempo que passamos juntos, nem uma palavra sequer. Melhor assim. Só de estar na presença dele já é ruim o suficiente.

Aproveitei o momento em que alguns homens viram Ansel e fui até o banheiro feminino do restaurante. Usei uma das luxuosas cabines, até sofá branco tinha. Revirei os olhos mentalmente.

— Essa é sua realidade agora, Danielle. — falei para o nada. Me limpei e rapidamente sai da cabine. O espelho enorme mostrou minha situação, cabelos opacos e cheios de frizz, olheiras horrorosas.

Lavei minhas mãos e as passei pelo pescoço, eu precisava cuidar de mim, da minha aparência. Eu não seria uma tola, eu seria forte.

Pelo reflexo do espelho eu observei um homem entrar e trancar a porta suavemente. Continuei a lavar as mãos, usando a calma. O que eu faria?

— Este banheiro é o feminino. — digo o óbvio. Notei o homem dar alguns passos para frente. Cabelo loiro, camisa jeans e calças escuras, eu o acharia bonito em outra ocasião.

— Então estou no lugar certo.

Fechei a torneira, peguei algumas tolhas de papel e enxuguei as mãos.

— Faça bom uso.

Deixei minhas pernas andarem até a porta, ao passar ao lado dele fui envolvida pelo pescoço. O braço duro pressionou forte, arranhei ele tentando me soltar. O ar sumindo dos meus pulmões.

— A putinha do Devonshire mais velho.

— Me solta!

Em questão de segundos meu fôlego estaria escasso. Reuni alguma força e pisei no pé dele com tudo. Houve uma brecha, e foi nisso que consegui me soltar.

— ANSEL!

Porra. Corri em direção à porta, e outra vez fui pega. Dessa vez fui jogada no chão, ouvi um zumbido agudo, minha visão rodou. Olhei para cima e vi o homem, ele segurava uma arma apontada para mim, seus lábios moviam, contudo eu não entendia nada.

E então ele caiu de joelhos, uma faca alojada no pescoço, o vermelho fluindo.

Bile subiu na minha garganta, meu estômago apertou. Outra sombra surgiu na minha visão, Ansel segurou em meus braços e me puxou para cima. De algum modo estávamos no carro.

— Consegue me ver?

Abri os olhos, aos poucos consegui ver Ansel, ele estava a poucos centímetros de mim.

— Sim.

— Ouve-me bem?

Acenei com a mão. Senti meu corpo mole, um gosto estranho na boca.

— Concussão...

— Talvez. Chamarei um médico de confiança. — Ansel diz.

Deslizei pelo banco até deitar em algo duro, um cheiro agradável vinha dali.

Quase fui assassinada. A informação é processada, e eu tremo. Será sempre assim? Ser esposa desse homem trará tantos perigos na minha vida? Terei um alvo nas costas?

Bjs e até mais ♥

Ansel - Trilogia Sombras da Noite #1 ✔️Where stories live. Discover now