Ansel - Trilogia Sombras da Noite #1 ✔️

Capítulo 21

Como já avisei no grupo, este capítulo será o que eu postaria no sábado. Mas como no sábado eu vou trabalhar, não terá como eu escrever, então já adiantei para não ter confusão como da outra vez. Então boa leitura e até domingo.

Sem Revisão*

Ps: Neste capítulo tem uma pequena referência da minha duologia, quem leu vai lembrar ;)

Danielle

Foram necessários dois dias para que Amy se recuperasse o suficiente. Ela não estava bem, dei uma medicação para febre, ela queimava. Duas noites sofridas para ela, entre vômitos e alucinações, cheguei a pensar que ela poderia ter morrido. Só sabíamos o primeiro nome dela, e algum tipo de relação com Lukas. Ele saiu assim que falei sobre a garota e que ela estava procurando por ele, depois não o vi mais. Daryl veio três vezes durante esses dois dias, trazendo roupas e remédios.

Hoje de manhã ela acordou. Sentei ao lado dela, o rosto voltou a uma cor saudável.

— Acho que temos uma longa conversa.

Amy me abraçou forte. Fiquei surpresa, mas logo em seguida a abracei de volta. Ela chorou contra o meu ombro. Afaguei seus cabelos escuros, tentando passar algum tipo de conforto.
— Meu bebê... me diz que ele sobreviveu.

A urgência em sua voz me comoveu.

— Ele está bem, seu bebê está vivo.

O choro ficou mais forte, só que dessa vez era de alívio. Assim que ela desmaiou na banheira eu liguei para Klaus, um médico amigo de Antony. Eu implorei por sigilo, quando Klaus viu Amy foi um choque de sua parte, perguntas vieram e eu tentei me esquivar de todas as maneiras. Um exame de sangue foi a primeira coisa que pedi. O estrupo foi confirmado, e no fim da tarde veio o resultado da gravidez. Foi um milagre, Deus tem um propósito para Amy e a criança. Ela está com dois meses de gestação, anemia foi confirmada também.

Eu cuidarei dessa garota, mesmo que eu tenha que passar por cima de todos.

***

Ansel

Aquela fisgada insistente me acompanhava enquanto eu descia a íngreme escada. Droga, aqueles filhos da puta foram destemidos, invadir uma festa com diversos tipos de criminosos, não era para qualquer um. Lukas disse que foi a máfia russa atrás de algum fugitivo da Bratva. O infeliz do Alek Seveskoy como sempre arrasando onde passa. Pensei que o desgraçado estava aposentado.

Soltei um suspiro pesado quando cheguei ao último degrau. Um tiro não era nada, mas a dor com certeza era.

Passei o cartão magnético na trava de segurança, o familiar clique ecoou por todo o porão. Então me tornei o monstro, o Ansel diabólico, como Lukas sempre me chamou.

Vê-la amarrada totalmente nua, chorando, isso era um colirio para meus olhos. Adentrei o grande espaço branco, o murmúrio que saiu dos lábios dela ao me ver foi satisfatório. Confiei a Kalie o meu bem mais precioso, e a vadia fez a estupidez de tocar no que não era dela.

— Eu só preciso saber o motivo. Somente isso e te deixo ser livre.

Tirei o pino de sustentação das corrente e Kalie caiu no chão como um saco de batata podre. Eu queria me abaixar para ver seu rosto, mas a fisgada disse outra coisa.