Capítulo 15

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Bora para mais um capítulo? Comentem bastante meus amores ♥ e lembrem do aviso que dei, os capítulos são pequenos .
Sem Revisão*


Ansel

São poucas as vezes que canso de ser quem sou, todo o trabalho, toda falsidade e negócios a se fazer. Posso ser impiedoso, cruel, um monstro como muitos me chamam, eu sou tudo isso e um pouco mais. Fiz coisas que ninguém aprova, e não me sinto culpado.

Como agora, rodeado de pessoas tentando obter minha atenção. O restaurante não está na minha folha de pagamento, aqui é um lugar comum, onde pessoas comuns entram para apreciar uma boa refeição. E é por isso que estou atento a cada movimento. Não uso seguranças no dia a dia, por sair mais no período noturno eu sou como uma sombra. Porém de dia a situação é totalmente diferente.

— E como anda a nova coleção de carros automáticos? Irá faturar milhões!

E eles voltam a bajular. Minha atenção se vai para onde Danielle passou. Esta mulher será uma pedra no meu sapato, mas preciso dela por enquanto, depois disso ela estará livre para seguir em frente, se permanecer viva até lá. Pelo pouco tempo que convivência percebi que ela não é fácil, vou moldá-la ao meu bel prazer. Ela é bonita, não vou negar, mas ainda não atiçou minha vontade de fode-la até ela cansar, e se em algum momento ela relutar, irei fazê-la sofrer.

Olhei para o relógio no meu pulso, três minutos que ela saiu. Dispenso os urubus com um aceno e levanto. Segui para o banheiro feminino, uma conhecida passou por mim e sorriu. Um negócio antigo. Foi quando ouvi meu nome, um grito de desespero.

Corri até o final do corredor, tentei abrir a porta mas a mesma estava trancada.

Foi necessário dois chutes para que a porta cedesse, e o que vi me deixou furioso.

— Um recado para...

A faca que sempre carrego comigo atravessou o pescoço do homem. Ele cambaleou e caiu de joelhos, o sangue manchando o chão branco.

Danielle está caída no chão, parece aérea, a peguei e segui para fora do banheiro. Depois de me certificar que ela estava bem mandei uma mensagem para Daryl, ele saberia o que fazer com o corpo e resolver a questão.

Ela apagou contra o meu peito. Suspirei frustado. Ela corria perigo, eu esperava por isso, todos com laços ao nome Devonshire estão neste risco. Liguei para Marlon, ele levaria Danielle para o apartamento, onde o médico da família já estava.

Minutos depois ele chegou, expliquei a situação e o mandei ir.

Um outro carro chegou, era Lukas que também já estava a par de tudo.

— Tão rápido assim? — questionou ríspido. — É difícil cuidar de uma mulher, porra?!

— Foda-se você. Isso não te diz respeito.

Notei as mãos dele ficarem brancas conforme apertou o volante.

— Algum problema, Lukas? — pergunto.

— Nenhum.

O restante do caminho foi feito no maior silêncio, se Lukas cogitasse a possibilidade de ter algo com Danielle ele teria um inimigo pior. O celular de Lukas tocou, ele passou a ligação para o Bluetooth do carro. Era Daryl.

— O que encontrou?

"O nome dele era Agustín Levier. Trabalha para o Corvo, nosso contato no México."

— Outro tolo. — Lukas diz, o sorriso estranho em seus lábios. — Onde o Corvo está?

" Na residência Parker, a festa de casamento dele."

Ótimo.

— Verifique Becca por favor, tenho que fazer uma coisa e depois vou para lá.

"Tudo bem."

A chamada foi encerrada. Lukas mudou a rota para a residência Parker, uma mansão onde a sociedade dos ricos/criminosos realizam todos os tipos de coisas.

— O que fará agora?

— Um espetáculo.

***

As luzes brancas e douradas iluminam a entrada grandiosa da mansão. Passei pelo arco de flores para ser recepcionado por mais luxo ainda. Mulheres e homens trajados em roupas de gala, champanhe e charuto. Uma música mexicana soava baixo, casais dançando apaixonados.

E tudo isso parou quando notaram minha presença. Abriram espaço até onde o Corvo se encontrava, o braço ao redor da cintura da bela e viúva esposa.

— Acho que já sabe porque estou aqui.

Nenhum dos soldados dele se aproximou, e os meus fizeram um círculo ao redor, todos portando fuzis. Um passo em falso e tudo explodiria. Eu não gosto de mentiras e traições, menosprezo quaisquer tipo. E todos que trabalham comigo sabem disso.

— É questão de tempo até todo o seu império cair!

O Corvo foi um dos melhores narcotraficante que tive. Por anos ele serviu bem, mas é como dizem, quanto maior o poder, maior a ambição. Nos últimos meses percebi os olhares dele, a forma como respondia a mim.

— Tenho certeza que isso não vai acontecer. — respondi. Fui até ele. A esposa já derramava lágrimas, de medo ou felicidade, eu não sabia. Mas quando tiro a glock do terno e disparo duas vezes na cabeça dele, uma vez no peito e outra na perna todos ali sabem que uma guerra começou. Qualquer um que ousasse se aproximar de um Devonshire sofreria.

— Recado dado. — guardei a glock e olhei para a viúva. — Sinto muito, siga com a festa.

Existia um rei por detrás do possível assassinato de Danielle, e o Corvo foi só uma peão.

BJS e até o próximo ♥

Ansel - Trilogia Sombras da Noite #1 ✔️Where stories live. Discover now