Capítulo 3 - Código vermelho

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RUBY NARRANDO

Eu mal cheguei e já estou preparando a casa pra fazer um jantar depois de amanhã com todos os meus amigos aqui de Avonlea, eu sei que convivo com as meninas sempre, mas está se tratando apenas da Anne e da Diana, já que a Tillie está se revezando pra viajar com seus dois amores, a Josie já está de mudança pra Paris, e a Jane foi viajar.
Ouvi minha mãe murmurando que esse jantar ia dar um baita trabalhão e que era melhor contratar alguém pra fazer, eu sabia que ela estava fazendo esse meu capricho por conta da saudades, mas que ela ia reclamar O TEMPO INTEIRO.

Ruby: Mamãe, não reclame, é um direito MEU.. - Disse cheia de direito, revirando meus olhos.

Sra. Gillis: Ruby, você pode ser a melhor modista do mundo, mas não pode falar assim com quem te colocou no mundo.

Ruby: Modista? Estilista mamãe! Eu passo seis meses fora de casa, e olha como isso aqui fica.

Eu sai bufando de lá, e resolvi que eu não ia nem avisar, eu tava me mandando pra casa da Diana, eu ia dormir lá, e só que poderia me impedir eram os pais dela.
Cheguei na casa da Diana, e ela estava na sala, então na primeira batida, ela já abriu, mas quando me viu, desanimou.

Ruby: Desculpa se eu não tenho um metro e setenta e três, não me chamo Jerry e nem falo francês, Diana Barry. - Eu estava super estressada.

Diana: Ruby, por favor, ao menos sente antes de começar com seus murmúrios.

Reparei que ela estava desanimada, e só então, minha raiva foi deixada de lado, pra mim ser a Ruby amiga.

Ruby: Diana, o que houve?

Diana: Eu fui lá Ruby, eu tentei conversar com ele...

Ruby: Eai?

Diana: Ele aparenta não sentir mais nada por mim, ele aumentou o tom de voz dizendo que eu já tinha acabado com esse assunto, que não seriamos como antes, ele não soube conversar, então eu vim para casa.

Ruby: Ai amiga, meu coração de amiga doi por você. - Abraço ela. - A Anne sabe?

Diana: Ela estava dormindo, acredito que não.

Ruby: Ela precisa vir pra cá, AGORA.

Ligo sem parar para Anne, até que ela atende, com voz de sono.

No telefone:

Anne: Ruby, por favor, seis meses foram o suficientes para não termos saudades agora.

Ruby: Você precisa vir pra casa da Diana, código vermelho.

Anne: Código vermelho? Estou com sono demais pra lembrar o que significa esse...

Ruby: Coração partido.

Anne: Okay, estou indo... - Ela fala ainda sonolenta, mais percebo que ela estava se levantando.

Foi questão de 20 minutos pra Anne chegar, geralmente ela leva 10, mas com certeza ela passou no mercado por conta do código vermelho. Eu, Anne e Diana tinhamos esses códigos. O código vermelho, era o de coração quebrado, quem vinhesse primeiro, trazia sorvetes, filmes, doces, e coisas que nos consolassem. Código azul era pra felicidade, era só um código para " vem correndo pra cá, vamos comemorar ". E o código laranja, era de cansaço, combinamos que quando precisássemos de um descanso, de todo tipo de cansaço, físico, psicológico a última a chegar tinha que levar filmes, pipocas e doce, esmaltes, e etc... Assim colocavamos o papo em dia, e descansavamos juntas.

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