Prólogo

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↞ Slytherin part.1. Prólogo ↠

O verão na casa de Lucida tem sido um tanto bom. Tirando o fato de que a garota voltará a ter pesadelos e voltará a escutar a mãe cantando.

- Filha... Está tudo bem é apenas um sonho - dizia Amélia todas as noites em que a garota acordava gritando e chorando.

Lucida acabara de acordar, suando e tremendo, não ficará supresa, não era a primeira vez desde que chegou a sua casa que ela acordara deste jeito.

A garota se levantou, tentou esquecer o sonho, queria ter o dia mais calmo que pudesse. Ela se vestiu, se olhou no espelho e viu a fininha cicatriz em forma de raio que se encontrava quase coberta pela manga do vestido. Ela analisou o próprio rosto, parecia mais sardento que o normal, ela  amarrou os cabelos e desceu para tomar café.

- Bom dia - disse ela sorridente e se sentou a mesa junto de Alexander e Amélia

- Bom dia filha, dormiu bem? - perguntou Alexander

- Sim, dormi muito bem - disse Lucida passando geleia na torrada

- Filha, você se importa de ficar sozinha hoje? Terei que ir ao trabalho com seu pai - disse Amélia

- Não me importo, aliás, estou indo lá na casa dos Durleys - disse Lucida se levantando

- Está bem querida - disse Alexander

- Tchau e boa sorte no trabalho - disse Lucida saindo de casa e fechando a porta.

O dia de verão mais quente do ano estava chegando ao fim e um silêncio modorrento pairava sobre os
casarões quadrados da rua dos Alfeneiros. Os carros, em geral reluzentes, estavam empoeirados nas entradas das garagens, e os gramados, que tinham sido verde-esmeralda, estavam ressequidos e amarelos, porque o uso de mangueiras fora proibido durante a estiagem. Privados das atividades de lavar carros e cortar gramados, os habitantes da rua dos Alfeneiros haviam se recolhido à sombra de suas casas frescas, as janelas escancaradas na esperança de atrair uma brisa inexistente. As únicas pessoas do lado de fora era um adolescente e uma adolescente deitados de costas em um canteiro de flores à frente do número quatro.

Um deles era um garoto magricela, de cabelos pretos, a aparência macilenta e meio doentia de alguém que cresceu muito em pouco tempo. Suas jeans estavam rotas e sujas, a camiseta larga e desbotada, e as solas dos tênis se soltavam da parte de cima. O garoto era Harry Potter. A outra era uma garota de cabelos avermelhados, olhos de cores diferentes, sardenta, corpo magro, porém bonito, tinha a pele muito pálida como de alguém que ficará muito tempo dentro de casa sem vê o sol, além de algumas olheiras que mostravam o quão mal a garota estava dormindo, mas mesmo ela continuava bela e estonteante. Seu vestido amassado, a meia branca estava suja de terra, o tênis parecia ter sido esfregado muitas vezes para ser limpo. A garota era Lucida Black.

A aparência de Harry Potter e Lucida Black não os recomendava aos vizinhos, que eram do tipo que achavam que devia haver uma punição legal para sujeira e desleixo, mas como eles se esconderam atrás de uma repolhuda hortênsia, esta noite eles estavam invisíveis aos que passavam. De fato, a única maneira de localizá-los era se Válter ou Petúnia metessem a cabeça pela janela da sala de estar e olhassem diretamente para o canteiro embaixo.

No todo, Lucida achava que deviam receber parabéns pela ideia de se esconderem ali. Não estava, talvez,
muito confortável, deitados na terra quente e dura, mas, por outro lado, ninguém estava olhando para eles.

- Mais tarde terei que ir, meus pais estão quase chegando - disse Lucida - Se você quiser dormir lá em casa hoje, sabe que será muito bem vindo

- Eu sei, mas acho que os Durley não deixariam - disse Harry

- Que se dane os Durleys, que se dane tudo isso. Sabe Harry, as vezes eu tenho tanta vontade de fugir, para vê se todos esses problemas somem de vez, para vê se todos esses pesadelos acabem - disse Lucida

Harry segurou a sua mão como sempre um fazia com o outro quando estavam tristes, com raiva e outros sentimentos.

- Luci, tem algo que eu não lhe contei - disse Harry

Lucida virou a cabeça e olhou para ele, Harry olhava atentamente para o céu.

- No dia que você entrou naquele labirinto no Torneio Tribuxo, alguns minutos depois eu senti a minha cicatriz arder, ela doía muito e eu acabei desmaiando, Rony e Hermione me levaram para enfermaria onde eu descansei. Quando desmaiei eu vi você, era como se eu tivesse ali também, era como nos sonhos que eu e você temos com Voldemort... Era como se eu e você tivéssemos...

- Uma espécie de ligação - completou Lucida - Eu sei Harry, já faz um tempo, não sei exatamente o por que, mas acho que tem haver com os dois terem sobrevivido. Quando eu te conheci, senti algo estranho, já faz anos, mas eu ainda me lembro muito bem, de olhar para aquele menino magrelo e pensar " Nossa que menino feio" - disse Lucida dando risada

- Ei! - exclamou Harry indignado

- Estou brincando - disse Lucida sorrindo - Naquele dia eu senti uma espécie de...

- Ligação - completou Harry - Eu também, você é como uma irmã para mim Luci

- Você também é como um irmão para mim Harry 

Os dois se olharam e sorriram.

- Eu estou aqui para qualquer coisa que você precisar, saiba disso, se você quiser fugir eu vou estar aqui pronta com o meu malão arrumado, se você quiser... sei lá, matar alguém, estou aqui pronta para acobertar e ajudar - disse Lucida sorrindo

- Eu estou aqui com você para tudo - disse Harry

Um estalo alto e ressonante quebrou o silêncio como um estampido; um gato saiu desabalado de baixo de um carro estacionado e desapareceu de vista; um grito, um palavrão em voz alta e o ruído de louça se espatifando ecoou na sala de estar dos Dursley, e, como se fosse o sinal que estiveram aguardando, Lucida e Harry se puseram de pé com um salto ao mesmo tempo que Lucida puxava uma fina varinha do bolso do vestido, como se desembainhasse uma espada, mas antes que pudessem erguer completamente os corpos, Harry bateu com o cocuruto na janela aberta dos Dursley. O barulho resultante fez Petúnia dar um berro ainda maior.

- Harry seu idiota - disse Lucida em sussurro

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