Capítulo 17

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↞ Slytherin part.2. Capítulo 17 ↠

Na semana seguinte, Lucida deu tratos à imaginação buscando um meio de convencer Slughorn a entregar a lembrança verdadeira, mas não lhe ocorreu nada parecido com uma tempestade cerebral, e ela foi compelida a fazer o que ultimamente fazia, e com crescente frequência, quando se sentia perdida: examinava com atenção o livro de Poções, na esperança de que o Príncipe tivesse feito alguma anotação útil, como tantas vezes antes.

– Eu sempre achei que sua forma animaga seria uma cobra – disse Daphne, já tarde, no domingo à noite.

– Confesso que eu também.

– Luci, eu estive pensando, você tem certeza que o Draco não está afim de você? – perguntou Daphne enquanto folheava um livro de transfiguração.

– Tenho. Somos apenas amigos. - disse Lucida dando de ombros

–Você e Jorge também eram apenas amigos - disse Daphne

Lucida ignorou-a. Acabara de encontrar um encantamento (Sectumsempra!) escrito à margem, acima da surpreendente frase “Para os inimigos”, e se lembrou de Harry perguntando se Hermione conhecerá esse feitiço. Então, dobrou discretamente o canto da página. As duas estavam sentadas junto à lareira na sala comunal; além delas, as únicas pessoas acordadas eram outros sextanistas. Mais cedo, ocorrera certo alvoroço quando voltavam do jantar e encontraram um novo aviso no quadro, marcando a data para o teste de Aparatação. Os que completassem dezessete anos até a data do primeiro teste, inclusive, vinte e um de abril, poderiam se inscrever para aulas práticas suplementares, que teriam lugar (sob rigorosa supervisão) em Hogsmeade.
Rony entrara em pânico ao ler o aviso: ainda não conseguira aparatar, e temia que não estivesse pronto
para o teste. Lucida, Hermione e Daphne, que até então já conseguiram aparatar duas vezes, sentiam-se um pouco mais confiantes, mas Harry, que só completaria dezessete anos em quatro meses, não poderia fazer o teste, quer estivesse pronto ou não.

– Fred me convidou para um jantar em família nessas férias – Disse Daphne

– Esse namoro vai pra frente. Quero que um dos seus filhos tenha meu nome – Disse Lucida sorridente

– Mas eu não sei... A Sra. Weasley não parece gostar muito de mim...

Depois de ter gasto um bom tempo comentando suas preocupações em voz alta, Daphne agora se empenhava em terminar um trabalho passado por Snape, que Lucida já havia concluído. Lucida tinha plena certeza de que receberia uma nota alta, mas nem ligava: no momento, a lembrança de Slughorn era o mais importante.

– Só tem uma maneira de forçar alguém a fazer o que a gente quer, é a Maldição Imperius, que é ilegal... - disse Daphne

– É, eu sei, obrigada – disse Lucida, sem tirar os olhos do livro. – É por isso que estou procurando alguma coisa diferente. Dumbledore diz que o Veritaserum não resolve, mas talvez haja outra coisa, uma  poção ou um feitiço...

– Você está abordando o problema pelo ângulo errado – explicou Daphne. – Dumbledore diz que
somente você e Harry podem obter a lembrança. Isto deve significar que vocês podem persuadir Slughorn enquanto as outras pessoas não. Não é uma questão de dar a ele uma poção, pois qualquer um poderia fazer isso.

Lucida, que até então não encontrara nada que lhe servisse nas anotações do Príncipe Mestiço, correu os olhos pela sala; agora só restavam as duas ali, Nott tinha acabado de subir, xingando McGonagall e o trabalho. Os únicos ruídos eram as chamas crepitando e Daphne arranhando o último parágrafo sobre os dementadores com a pena. Lucida tinha acabado de fechar o livro do Príncipe Mestiço com um bocejo quando...

↞ sℓyτнєriท ⵢ Harry Potter↠『3』Where stories live. Discover now